Fascinante!
]]>Absolutamente verdadeiro. Não, eu sei, parece senso comum, óbvio, quando se pensa a respeito, mas não estou aqui para reafirmar o senso comum. Estou aqui porque eu já desenvolvi uma máquina de vídeo pôker. De fato, foi o primeiro programa que desenvolvi, com ainda menos de 20 anos.
Inicialmente a programei para ser aleatória, mas logo veio o pedido para que não fosse “tão fácil ganhar”. No caso da que eu programei, eu apenas verificava como estava o saldo da máquina e, se estivesse abaixo de um patamar determinado, as cartas antes de serem servidas eram reembaralhadas quantas vezes fossem necessárias para que não restasse a menor chance de sair qualquer jogo maior do que dois pares. Cada jogo tinha um patamar diferente, e o royal flush era basicamente impossível.
Se pensar bem, isso exige um bocado de processamento – reembaralhar várias vezes, simular todas as jogadas que o jogador pode fazer e verificar os resultados. O meu jogo rodava em um PC completo. A maioria das máquinas é muito mais simples, trabalhando com sequências de baralhos.
Aquele jogo era viciante pra caralho, mesmo para mim, que _sabia_ que ele era roubado. E certamente estava longe de ser o estado da arte da indústria – o que um adolescente poderia saber sobre como fazer jogos propositalmente viciantes, afinal?
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