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{"id":516,"date":"2015-07-27T17:56:03","date_gmt":"2015-07-27T20:56:03","guid":{"rendered":"http:\/\/finisgeekis.com\/?p=516"},"modified":"2019-02-25T14:54:45","modified_gmt":"2019-02-25T17:54:45","slug":"zero-eterno-eram-os-kamikaze-terroristas","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/www.finisgeekis.com\/2015\/07\/27\/zero-eterno-eram-os-kamikaze-terroristas\/","title":{"rendered":"‘Zero Eterno’: Eram os kamikaze terroristas?"},"content":{"rendered":"

Conven\u00e7\u00f5es de anime t\u00eam muito atrativos, mas poucos, na minha opini\u00e3o, s\u00e3o t\u00e3o legais quanto varar um estande de sebo ou livraria de mang\u00e1s e achar algo que n\u00e3o sabia que existia. Nesse ano, o \u201cachado\u201d foi Eien no Zero<\/a>, <\/em>ou Zero Eterno<\/em>, uma miniss\u00e9rie bonitona lan\u00e7ada pela JBC como parte de seu selo \u201cespecial\u201d, com direito a papel off-set e orelhas. Se o t\u00edtulo j\u00e1 n\u00e3o entrega, a capa sem d\u00favida o faz: Zero Eterno <\/em>\u00e9 uma mang\u00e1 sobre ca\u00e7as. Mais precisamente, sobre a segunda coisa que vem \u00e0 mente quando pensamos no Jap\u00e3o em guerra: os kamikaze.<\/p>\n

<\/p>\n

\"A

A primeira dispensa coment\u00e1rios<\/p><\/div>\n

O mang\u00e1 \u00e9 baseado em um romance bestseller do escritor Naoki Hyakuta, lan\u00e7ado em 2006. O \u00a0sucesso do livro foi t\u00e3o grande que inspirou tamb\u00e9m uma superprodu\u00e7\u00e3o cinematogr\u00e1fica<\/a> em 2013, que se tornou um dos filmes mais vistos da hist\u00f3ria do Jap\u00e3o. A trama\u00a0acompanha Kentaro, um jovem que decide pesquisar sobre a vida de seu av\u00f4, um piloto de Zero (o ca\u00e7a japon\u00eas da Segunda Guerra) que se suicidou em um ataque kamikaze.<\/p>\n

Tudo estaria certo, n\u00e3o fosse um encontro que tem com um jornalista. Segundo ele, os kamikaze n\u00e3o eram pessoas normais obrigadas a se matar por uma guerra sem sentido, mas guerreiros fan\u00e1ticos que se voluntariavam para servir ao Imperador. Eram pessoas doutrinadas a valorizar suas causas pol\u00edticas mais do que a pr\u00f3pria vida, n\u00e3o muito diferente dos militantes da Al Qaeda ou do Estado Isl\u00e2mico. Em suma, eram terroristas.<\/p>\n

Incomodado ao pensar no av\u00f4 como um predecessor dos homens-bomba, nosso protagonista parte em uma jornada entrevistando veteranos que o conheceram. O que ele descobre muda completamente sua vis\u00e3o. Kyuzo Miyabe, seu av\u00f4, era um piloto habilidoso, por\u00e9m tinha fama de covarde. Ao contr\u00e1rio de seus comandantes, que pregavam o sacrif\u00edcio pela p\u00e1tria, ele buscava sobreviver a todo custo. Sua mentalidade (ao menos \u00e0 primeira vista) era \u201ccontempor\u00e2nea\u201d: sua vida, e o bem-estar de sua fam\u00edlia, falavam mais alto que qualquer imperador.<\/p>\n

Contudo, o depoimento n\u00e3o entrega o\u00a0maior dos mist\u00e9rios: como um sujeito desses decidiu se voluntariar para um ataque suicida? Teria ele sido for\u00e7ado? Teria\u00a0ele mudado de ideia? Por\u00a0qu\u00ea?<\/p>\n

A complicada mem\u00f3ria japonesa<\/h3>\n

\"millenium<\/p>\n

Eu n\u00e3o me canso<\/a> de ler (ou assistir) japoneses falando sobre a Segunda Guerra. Na m\u00eddia ocidental, o conflito de 1939 a 1945 \u00e9 quase sempre retratado como uma luta simb\u00f3lica entre o bem e o mal, entre os defensores da nossa liberdade e os monstros respons\u00e1veis por todos os males do mundo, do aquecimento global \u00e0s flame wars<\/a> <\/em>do Facebook. \u00a0\u00c0s vezes, para efeito dram\u00e1tico, colocamos her\u00f3is superpoderosos do lado dos aliados e transformamos nazistas em zumbis. A diferen\u00e7a \u00e9 apenas est\u00e9tica: a Segunda Guerra foi um mortic\u00ednio, mas nem por isso deixou de ser a \u201cboa guerra\u201d, a \u201cguerra honesta\u201d, a guerra \u201cnecess\u00e1ria\u201d.<\/p>\n

\"captain-america-1\"<\/p>\n

J\u00e1 no Pac\u00edfico, qualquer obra sobre o conflito global \u00e9 um chute no vespeiro. Ao contr\u00e1rio da Alemanha, o Jap\u00e3o manteve seu imperador, vivo e no poder, at\u00e9 sua morte em 1989. Para quem viveu essa \u00e9poca, fica dif\u00edcil enxergar o fim da Segunda Guerra como um divisor de \u00e1guas. O fato dos anos 1980 terem sido um auge da economia do pa\u00eds s\u00f3 complica as coisas. Para o japon\u00eas\u00a0baby boomer<\/em>, a Era Shouwa, do imperador Hirohito, foi a era da prosperidade.<\/p>\n

Para piorar, os ocidentais antiamericanos, que adoram pregar que o Ocidente \u00e9 culpado por tudo o que tem de errado no planeta, t\u00eam dificuldades para entender que o Imp\u00e9rio do Jap\u00e3o foi uma das ditaduras mais sangrentas da hist\u00f3ria. Ainda mais quando a maior parte da sua \u201cresist\u00eancia de oprimido\u201d foi dirigida contra outros povos asi\u00e1ticos: chineses, filipinos, indon\u00e9sios. Os ultranacionalistas japoneses (pensem nos defensores da nossa ditadura) foram r\u00e1pidos em agarrar a deixa. Segundo eles, o Jap\u00e3o foi uma \u201cv\u00edtima\u201d que lutou para se defender, e os crimes contra a humanidade que cometeu n\u00e3o passam de \u00a0\u201cpropaganda comunista<\/a>\u201d.<\/p>\n

Assim, n\u00e3o \u00e9 de se espantar que obras japonesas sobre a guerra gerem debates acalorados. Zero Eterno <\/em>n\u00e3o fugiu \u00e0 regra. Hayao Miyazaki<\/a>, que abordou quest\u00f5es similares em seu Vidas ao Vento<\/em>, chamou a obra de \u201cuma pilha de mentiras\u201d que induz jovens a se orgulharem dos pilotos de Zero.\u00a0 Quando o premi\u00ea japon\u00eas Shinzo Abe disse que se emocionou com a adapta\u00e7\u00e3o \u00e0 telona, a m\u00eddia n\u00e3o perdoou. Os ve\u00edculos chineses acusaram a obra de ser \u201cpropaganda para o terrorismo\u201d. A Economist<\/em>, num artigo provocativo intitulado \u201cA direita japonesa: miss\u00e3o cumprida?<\/a>\u201d diz que seu autor, Naoki Hyakuta, \u00e9 um extremista pol\u00edtico<\/a> que prega que o Massacre de Nanquim em 1937<\/a> nunca aconteceu.<\/p>\n

O que mais parece ter incomodado em Zero Eterno<\/em> \u00e9 a ideia de que os kamikaze teriam sido patriotas, que lutavam e se sacrificavam por convic\u00e7\u00e3o. Na realidade, dizem os cr\u00edticos, a maior parte dos pilotos se alistava contra a sua vontade.<\/p>\n

\"kamikaze<\/a><\/p>\n

Tenho minhas d\u00favidas de que as coisas sejam assim t\u00e3o simples. A vis\u00e3o dos cr\u00edticos \u00e9 mais confort\u00e1vel, e mais parecida com a hist\u00f3ria \u201cCapit\u00e3o Am\u00e9rica vs Caveira Vermelha\u201d que virou regra no ocidente. Todos s\u00e3o \u201cv\u00edtimas\u201d de uma ideologia malvada que n\u00e3o existe mais, e tudo o que foi feito em nome dela \u00e9 errado.<\/p>\n

O problema, infelizmente, \u00e9 que fan\u00e1ticos existem, e eles n\u00e3o s\u00e3o um ponto fora da curva. D\u00e9cadas atr\u00e1s, Haruko e Theodore Cook lan\u00e7aram Japan at War: An Oral History<\/em>,<\/a> uma compila\u00e7\u00e3o de entrevistas com v\u00e1rios sobreviventes da Segunda Guerra. Basicamente o mesmo tipo de livro que o protagonista de Zero Eterno <\/em>busca escrever. A variedade dos testemunhos \u00e9 enorme, mas neles podemos separar claramente os alistados contra a pr\u00f3pria vontade daqueles que se voluntariaram para morrer.<\/p>\n

Um deles, piloto de kaiten <\/em>(submarino suicida), diz que at\u00e9 hoje se sente envergonhado por n\u00e3o ter morrido pela gl\u00f3ria do Imperador. Outro, que servira no ex\u00e9rcito, disse que as bombas at\u00f4micas foram apenas um arranh\u00e3o, e que o Jap\u00e3o teria vencido a guerra caso n\u00e3o tivesse se rendido. \u00a0Os pacifistas que me perdoem, mas esse \u00e9 o tipo de depoimento que eu espero de um homem-bomba.<\/p>\n

Os \u201cpatriotas\u201d da obra de Hyakuta existiram de fato. Que n\u00e3o fossem todos <\/em>patriotas, obviamente, \u00e9 outra hist\u00f3ria. No entanto, mesmo aqui acho que os detratores do Zero Eterno <\/em>pegaram pesado demais. O autor \u00e9 bem insistente ao dizer que os motivos que levavam cada um daqueles jovens a se tornar kamikaze eram muito diferentes. Um dos veteranos que Kentaro\u00a0entrevista era um garoto pobre, for\u00e7ado a trabalhar desde crian\u00e7a e que apanhava de todo mundo. A gl\u00f3ria da avia\u00e7\u00e3o lhe dava aquilo que ele nunca teve: reconhecimento, fama, e – acima de tudo –\u00a0um jeito de fugir dos espancamentos.<\/p>\n

Ele n\u00e3o \u00e9 um exemplo \u00fanico. Em toda sociedade h\u00e1 uma multid\u00e3o de jovens sem prop\u00f3sito, que se acham um lixo e s\u00e3o odiados ou ignorados pelos outros.\u00a0Nenhum filme retratou isso melhor do que o alem\u00e3o A Onda, <\/em>em que\u00a0um professor cria acidentalmente uma seita fascista na inten\u00e7\u00e3o em ensinar a seus alunos como o fascismo funciona. A garota popular da sala, amiga de todo mundo, \u00e9 a primeira a perceber que h\u00e1 algo errado e pular fora. J\u00e1 aquele que leva a doutrina \u00e0s suas \u00faltimas consequ\u00eancias \u00e9 justamente o exclu\u00eddo, o \u201cestranho\u201d, o sem amigos. Conven\u00e7a uma pessoa de que ela \u00e9 infeliz, de que a culpa \u00e9 dos outros e de que ela tem direito de odi\u00e1-los e o caminho para o fanatismo est\u00e1 aberto. N\u00e3o \u00e9 a toa que os extremismos foram (e sempre ser\u00e3o) t\u00e3o populares.<\/p>\n

O certo, o errado e o\u00a0badass<\/em><\/h3>\n

\"pacific<\/p>\n

Resta aqui a cr\u00edtica de Miyazaki, a mais simples e ao mesmo tempo mais incisiva\u00a0de todas. O feedback negativo da lenda viva do Ghibli parece ter incomodado\u00a0Hyakuta. Em uma troca que parece sa\u00edda de uma briga na pr\u00e9-escola<\/a>, ele respondeu que “Miyakazi n\u00e3o bate bem da cabe\u00e7a” e que Vidas ao Vento\u00a0<\/em>\u00e9 que \u00e9 cheio de mentiras. O criador de Nausicaa<\/i>\u00a0pode ser muitas coisas, mas incoerente ele n\u00e3o \u00e9.\u00a0Como aqueles que assistem seus filmes j\u00e1 sabem de cor e salteado, para ele qualquer glorifica\u00e7\u00e3o de batalha \u00e9 errada. A guerra \u00e9 ruim e ponto final. N\u00e3o h\u00e1 \u201cmales menores\u201d. N\u00e3o h\u00e1 \u201ccausas justas\u201d. N\u00e3o deveria haver beleza alguma nas coisas que matam (da\u00ed o conflito do protagonista de Vidas ao Vento<\/em>).<\/p>\n

Infelizmente para Miyazaki, essa n\u00e3o \u00e9 uma luta (com o perd\u00e3o do trocadilho) que ele tem chances de ganhar, ao menos n\u00e3o em seu n\u00edvel mais abstrato. O combate a\u00e9reo da Segunda Guerra Mundial tem um glamour que Castelo Animado <\/em>nenhum \u00e9 capaz de apagar. Antes dos m\u00edsseis teleguiados e jatos supers\u00f4nicos, o combate nos c\u00e9us era uma quest\u00e3o de habilidade. A dogfight <\/em>do s\u00e9culo XX era um duelo de per\u00edcia, intelig\u00eancia e familiaridade com a m\u00e1quina. N\u00e3o \u00e9 por acaso que elas serviram de base para as eletrizantes batalhas de\u00a0Star Wars\u00a0<\/em>e para alguns dos videogames mais memor\u00e1veis de todos os tempos.<\/p>\n

\"il<\/p>\n

D\u00e1 para entender porque as lembran\u00e7as desses combatantes soam t\u00e3o entranhas aos nossos ouvidos. Eugene Sledge<\/a>, fuzileiro naval americano cujas mem\u00f3rias inspiraram a s\u00e9rie The Pacific<\/a><\/em>, narra que a guerra terrestre era t\u00e3o cruel e violenta que soldados de ambos os lados chegavam a profanar cad\u00e1veres em busca de trof\u00e9us. Cabe\u00e7as, dedos e org\u00e3os genitais eram decepados e mostrados aos outros por orgulho. O pr\u00f3prio Franklin Roosevelt chegou a ganhar de presente um abridor de cartas feito com ossos de um japon\u00eas. O inimigo era t\u00e3o odiado que deixava de ser visto como ser humano.<\/p>\n

Nos c\u00e9us, a coisa era outra. Pilotos de ca\u00e7a n\u00e3o viam sangue, apenas explos\u00f5es. N\u00e3o havia massacres de prisioneiros, apenas confrontos com oponentes armados. N\u00e3o havia baixas de civis, pois as batalhas eram travadas em alto-mar, com avi\u00f5es pousando e saindo de porta-avi\u00f5es ou de pistas em ilhas isoladas. A impress\u00e3o, pelo menos, era de uma \u201cguerra limpa\u201d.<\/p>\n

O exemplo mais chocante \u00e9 o de Saburo Sakai<\/a>, um \u00e1s da avia\u00e7\u00e3o japonesa que at\u00e9 faz uma ponta em Zero Eterno<\/em>. Sakai foi um dos combatentes mais entrevistados da Segunda Guerra, e seus depoimentos podem ser encontrados na internet \u00e0s d\u00fazias. As hist\u00f3rias que ele conta s\u00e3o muitas vezes inacredit\u00e1veis. Em uma batalha, ele derrubou um grupo inteiro de bombardeiros, com exce\u00e7\u00e3o de um avi\u00e3o: por acaso, era aquele no qual servia\u00a0Lyndon B. Johnson, futuro presidente dos EUA. Em outra, ele foi metralhado em v\u00f4o, perdeu um olho e conseguiu pousar em seguran\u00e7a. Depois da guerra, ele procurou, encontrou e ficou amigo do artilheiro que o havia atingido.<\/p>\n

\"saburo<\/a><\/p>\n

Saburo Sakai \u00e9 um homem que nos faz co\u00e7ar a cabe\u00e7a em confus\u00e3o. Ele nunca guardou m\u00e1goas pela guerra e se tornou um grande f\u00e3 da cultura americana, a ponto de mandar seus filhos estudarem nos EUA para \u201caprenderem o que \u00e9 democracia\u201d. \u00a0Ele era presen\u00e7a garantida em encontros de veteranos americanos, e morreu em 2000\u00a0durante um jantar com seus ex-inimigos na base militar americana de Atsugi. Sakai tamb\u00e9m teve um p\u00e9 no mundo geek, servindo de consultor para o videogame Combat Flight Simulator 2.<\/em><\/p>\n

Ao mesmo tempo<\/a>, ele dizia que as atrocidades cometidas pelo seu pa\u00eds eram \u201cexageros\u201d feitos por oportunistas em busca de indeniza\u00e7\u00e3o do governo japon\u00eas. Pior ainda, em um epis\u00f3dio para dar \u201ctela azul da morte\u201d a qualquer militante antiamericano, ele disse que Paul Tibbets, piloto do avi\u00e3o que lan\u00e7ou a bomba em Hiroshima, foi um \u201cgrande her\u00f3i dos EUA\u201d e que teria feito a mesma coisa se estivesse em seu lugar.<\/p>\n

Quem est\u00e1 certo em toda essa hist\u00f3ria? Eu n\u00e3o fa\u00e7o ideia e \u00e0s vezes tenho medo de saber. Mas \u00e9 justamente por tocarem em assuntos t\u00e3o complicados, contradit\u00f3rios e espinhosos como esse que obras como Zero Eterno <\/em>me fascinam tanto.<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

Conven\u00e7\u00f5es de anime t\u00eam muito atrativos, mas poucos, na minha opini\u00e3o, s\u00e3o t\u00e3o legais quanto varar um estande de sebo ou livraria de mang\u00e1s e achar algo que n\u00e3o sabia que existia. Nesse ano, o \u201cachado\u201d foi Eien no Zero, ou Zero Eterno, uma miniss\u00e9rie bonitona lan\u00e7ada pela JBC como parte de seu selo \u201cespecial\u201d, […]<\/p>\n","protected":false},"author":2,"featured_media":519,"comment_status":"open","ping_status":"open","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"spay_email":"","jetpack_publicize_message":"","jetpack_is_tweetstorm":false},"categories":[577],"tags":[35,86,158,175,192,238,316,394,437],"jetpack_featured_media_url":"https:\/\/i1.wp.com\/www.finisgeekis.com\/wp-content\/uploads\/2015\/07\/eien-no-zero.jpg?fit=3552%2C2664&ssl=1","jetpack_publicize_connections":[],"jetpack_shortlink":"https:\/\/wp.me\/p9rUzW-8k","_links":{"self":[{"href":"https:\/\/www.finisgeekis.com\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/516"}],"collection":[{"href":"https:\/\/www.finisgeekis.com\/wp-json\/wp\/v2\/posts"}],"about":[{"href":"https:\/\/www.finisgeekis.com\/wp-json\/wp\/v2\/types\/post"}],"author":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/www.finisgeekis.com\/wp-json\/wp\/v2\/users\/2"}],"replies":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/www.finisgeekis.com\/wp-json\/wp\/v2\/comments?post=516"}],"version-history":[{"count":1,"href":"https:\/\/www.finisgeekis.com\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/516\/revisions"}],"predecessor-version":[{"id":21358,"href":"https:\/\/www.finisgeekis.com\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/516\/revisions\/21358"}],"wp:featuredmedia":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/www.finisgeekis.com\/wp-json\/wp\/v2\/media\/519"}],"wp:attachment":[{"href":"https:\/\/www.finisgeekis.com\/wp-json\/wp\/v2\/media?parent=516"}],"wp:term":[{"taxonomy":"category","embeddable":true,"href":"https:\/\/www.finisgeekis.com\/wp-json\/wp\/v2\/categories?post=516"},{"taxonomy":"post_tag","embeddable":true,"href":"https:\/\/www.finisgeekis.com\/wp-json\/wp\/v2\/tags?post=516"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}}