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{"id":3479,"date":"2016-03-28T19:56:28","date_gmt":"2016-03-28T22:56:28","guid":{"rendered":"http:\/\/finisgeekis.com\/?p=3479"},"modified":"2019-02-25T14:35:49","modified_gmt":"2019-02-25T17:35:49","slug":"o-japao-de-frank-miller","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/www.finisgeekis.com\/2016\/03\/28\/o-japao-de-frank-miller\/","title":{"rendered":"O Jap\u00e3o de Frank Miller"},"content":{"rendered":"

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H\u00e1 muito a se elogiar na segunda temporada de\u00a0Demolidor,<\/em>\u00a0da Netflix. As cenas de luta s\u00e3o um espet\u00e1culo de coreografia. O tom consegue ser\u00a0sombrio sem perder o charme. Elektra e o Justiceiro n\u00e3o s\u00e3o apenas excelentes coadjuvantes, mas est\u00e3o fidel\u00edssimos \u00e0s suas ra\u00edzes\u00a0nas HQs.<\/p>\n

Em adi\u00e7\u00e3o a tudo isso, f\u00e3s de Frank Miller, a lenda-viva dos quadrinhos respons\u00e1vel por\u00a0Sin City, O Cavaleiro das Trevas e 300<\/em>, devem ter notado outra coisa. Tal como\u00a0Batman v Superman,\u00a0<\/em>que chegou aos cinemas semana passada,\u00a0Demolidor 2\u00a0<\/em>\u00e9 a adapta\u00e7\u00e3o de uma obra sua.<\/p>\n

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\"daredevil<\/p>\n

A trajet\u00f3ria do Demolidor sob Miller teve muitos m\u00e9ritos. Por\u00e9m,\u00a0se houve um diferencial que a separou da maioria, foi\u00a0o seu tributo\u00a0ao universo\u00a0japon\u00eas. Mais precisamente, o mundo obscuro dos ninjas, espadas e artes marciais.<\/p>\n

\"daredevil<\/p>\n

A inspira\u00e7\u00e3o n\u00e3o \u00e9 uma coincid\u00eancia. Muito embora Frank Miller seja um dos maiores \u00edcones dos quadrinhos ocidentais, ele foi tamb\u00e9m um dos grandes divulgadores dos mang\u00e1s no ocidente.<\/p>\n

Em alguns dos melhores momentos de sua carreira, Miller cruzou caminho com shurikens, katanas e kimonos. O resultado, como se pode ver abaixo, foi\u00a0uma reviravolta completa no\u00a0jeito como HQs eram feitas.<\/p>\n

Reinventando a Marvel: Wolverine e Demolidor<\/strong><\/p>\n

\"daredevil<\/p>\n

\"frank

Frank Miller em 1982<\/p><\/div>\n

\u00c9 conveniente que a \u00faltima obra\u00a0de Frank Miller a voltar aos holofotes tenha sido o Demolidor. Pois foi justamente trabalhando com o Homem Sem Medo que Miller, ent\u00e3o um rapaz de 22 anos, deu in\u00edcio \u00e0 sua ascens\u00e3o mete\u00f3rica nos quadrinhos.<\/p>\n

O futuro criador de Sin City <\/em>usou seu talento a servi\u00e7o de Matt Murdock de 1979 a 1983, naquele que \u00e9 considerado um dos arcos definidores da personagem. Se antes o her\u00f3i n\u00e3o passava de uma c\u00f3pia do Homem-Aranha (t\u00e3o descarada que nem a\u00a0capa<\/a>\u00a0escondia a semelhan\u00e7a), nas suas m\u00e3os (e na de seus colegas)\u00a0ele se transformou em um dos nomes mais particulares da Casa das Ideias.<\/p>\n

O diferencial, obviamente, foi o Jap\u00e3o. De terror dos assaltantes na Cozinha do Inferno, o Demolidor virou aprendiz de um velho artista marcial, amante de uma ex-ninja e rival do Tent\u00e1culo, uma ordem de assassinos milenares.<\/p>\n

\"daredevil<\/p>\n

A novidade n\u00e3o passou batida. Em 1982, gra\u00e7as ao sucesso da HQ, Miller foi chamado para trabalhar com o roteirista Chris Claremont na primeira hist\u00f3ria solo do Wolverine<\/a>. O baixinho canadense que come\u00e7ara como um coadjuvante na revista do Hulk seguiu caminho para se tornar um dos her\u00f3is mais populares da Marvel.<\/p>\n

\"wolverine<\/p>\n

Tudo gra\u00e7as ao Jap\u00e3o. Logan aprendeu japon\u00eas, viajou para a terra dos samurais, desafiou os ninjas do Tent\u00e1culo e at\u00e9 se casou.<\/p>\n

\"wolverine<\/p>\n

A influ\u00eancia da linguagem visual dos mang\u00e1s j\u00e1 pode ser sentida nas longas cenas de luta, em que Claremont deixa o di\u00e1logo no\u00a0segundo plano, e os golpes falam por si s\u00f3.<\/p>\n

\"wolverine<\/p>\n

Miller teve boas refer\u00eancias. Pouco antes de desenhar Eu, Wolverine<\/a> <\/em>(como o arco foi conhecido aqui no Brasil), ele havia descoberto o cl\u00e1ssico absoluto dos mang\u00e1s de samurai.<\/p>\n

Kozure Ookami<\/strong><\/h3>\n

\"lobo<\/p>\n

Miller entrou em contato com a obra-prima de Koike e Kojima em 1980, antes mesmo de ter sido publicada nos EUA. O fato de n\u00e3o saber japon\u00eas era apenas um detalhe. A atmosfera violenta e cerebral da saga do ronin Ittou Ogami\u00a0falava por si s\u00f3.<\/p>\n

\"lobo<\/p>\n

Miller estava disposto a fazer o mang\u00e1 chegar at\u00e9 as pessoas. Ele desenhou as capas e escreveu pref\u00e1cios para a edi\u00e7\u00e3o americana quando a obra foi finalmente lan\u00e7ada, em 1987.<\/p>\n

Leitores brasileiros n\u00e3o precisam de mim para saber disso. Afinal de contas, as ilustra\u00e7\u00f5es de Miller foram inclu\u00eddas na bela edi\u00e7\u00e3o lan\u00e7ada no Brasil anos atr\u00e1s.<\/p>\n

\"lobo\"lobo<\/p>\n

\u00c9 importante se lembrar de que, nos anos 1980, o anime e o mang\u00e1 ainda n\u00e3o tinha decolado com toda a for\u00e7a nos EUA. Miller n\u00e3o estava apenas \u201cseguindo moda\u201d, como tantos quadrinistas ocidentais nos \u00faltimos anos. Ele estava criando seu estilo art\u00edstico em cima de refer\u00eancias que uma boa parte dos leitores nunca tinha visto.<\/p>\n

O pr\u00f3prio Frank Miller, anos depois<\/a>, admitiu que tentara construir uma \u201cponte\u201d entre os dois estilos:<\/p>\n

\n

\u201cEu percebi quando comecei Sin City que eu achava quadrinhos americanos muito palavrosos, constipados, e os japoneses muito vazios. Ent\u00e3o eu tentava fazer um h\u00edbrido.\u201d<\/p>\n<\/blockquote>\n

A trajet\u00f3ria do Lobo Solit\u00e1rio <\/em>nas praias americanas \u00e9 prova disso. O mang\u00e1 acabou interrompido em 1991, quando sua editora entrou em fal\u00eancia. Foi apenas em 2000, gra\u00e7as \u00e0 Dark Horse, que a s\u00e9rie foi finalmente lan\u00e7ada por completo.<\/p>\n

Se a situa\u00e7\u00e3o na virada do mil\u00eanio foi\u00a0diferente da de 1980, os otakus americanos t\u00eam muito a agradecer ao pr\u00f3prio Miller.\u00a0Quatro anos antes, ele publicou uma das maiores homenagens aos dois mestres japoneses.<\/p>\n

Ronin<\/h3>\n

\"ronin<\/p>\n

Embora Frank Miller tenha feito sua fama\u00a0na\u00a0Marvel, com Demolidor e Wolverine, foi na DC que produziu seu maior tributo \u00e0 cultura japonesa.<\/p>\n

\"ronin<\/p>\n

Ronin <\/em>\u00e9 ao mesmo tempo uma de suas obras mais celebradas e menos conhecidas. No Brasil, a Editora Abril\u00a0s\u00f3 se arriscou a traz\u00ea-la muitos anos depois, de carona no sucesso de O Cavaleiro das Trevas<\/em>.<\/p>\n

N\u00e3o \u00e9 dif\u00edcil entender por qu\u00ea. No papel, a graphic novel <\/em>era uma receita para o desastre. Miller assinou tanto o roteiro e a arte e teve carta branca para fazer o que quisesse\u00a0(segundo um ex-editor da Marvel<\/a>, a liberdade art\u00edstica foi o motivo que o levou a escolher a DC sobre a Casa das Ideias). A hist\u00f3ria se baseava em um universo pr\u00f3prio, sem personagens conhecidas para atrair os f\u00e3s. Como disse Marcelo Alencar, que escreveu o pref\u00e1cio da edi\u00e7\u00e3o brasileira, a HQ era um verdadeiro laborat\u00f3rio de testes.<\/p>\n

\"ronin<\/p>\n

A hist\u00f3ria acompanha um samurai sem mestre em sua jornada para derrotar um\u00a0dem\u00f4nio. Gra\u00e7as ao poder de uma espada m\u00e1gica, eles se v\u00eaem transportados para uma Nova York p\u00f3s-apocal\u00edptica, onde preparam seu duelo final em meio a tecnologia avan\u00e7ada e \u00e0s ru\u00ednas da civiliza\u00e7\u00e3o.<\/p>\n

O resultado \u00e9 uma mistura de Lobo Solit\u00e1rio <\/em>com Ex Machina<\/em>. <\/em>Monstros do folclore japon\u00eas se misturam a andr\u00f3ides, armas laser\u00a0e uma intelig\u00eancia artificial rebelada.<\/p>\n

\"ronin<\/p>\n

\"ronin<\/p>\n

As refer\u00eancias a\u00a0Lobo Solit\u00e1rio<\/em>\u00a0s\u00e3o t\u00e3o expl\u00edcitas que incluem duas personagens chamadas Koike e Kojima, em refer\u00eancia aos autores do mang\u00e1 cl\u00e1ssico. <\/em>Isto em 1983, quatro anos antes da HQ ser lan\u00e7ada nos EUA pela primeira vez.<\/p>\n

\"ronin<\/p>\n

O homem moderno \u00e9 um ronin<\/h3>\n

Olhando toda a sua carreira, n\u00e3o parece mero acaso que o \u00a0\u201cprojeto autoral\u201d do gigante dos super-her\u00f3is tenha sido inspirado no Jap\u00e3o. Como o pr\u00f3prio Miller<\/a> disse certa vez em uma entrevista:<\/p>\n

\n

\u00a0\u201cO aspecto do samurai que mais me intriga \u00e9 o ronin, o samurai sem mestre, o guerreiro ca\u00eddo… Todo esse projeto vem da minha sensa\u00e7\u00e3o de que n\u00f3s, homens modernos, somos ronin. N\u00f3s estamos meio que soltos. Eu n\u00e3o tenho a sensa\u00e7\u00e3o, nas pessoas que eu conhe\u00e7o, nas pessoas que eu vejo na rua, de que elas t\u00eam alguma coisa maior em que acreditar. Patriotismo, religi\u00e3o, seja l\u00e1 o que for \u2013 tudo isso perdeu o sentido para n\u00f3s.\u201d<\/p>\n<\/blockquote>\n

Para quem \u00e9 f\u00e3 do estilo mais s\u00e9rio e sombrio dos quadrinhos dos anos 1980, esse depoimento n\u00e3o \u00e9 nenhuma surpresa. Como eu disse semana passada<\/a>, o anti-her\u00f3i dos quadrinhos surgiu justamente em uma gera\u00e7\u00e3o que se achava perdida, sem f\u00e9 em ideais.<\/p>\n

\"ronin<\/p>\n

Se n\u00e3o fosse a decep\u00e7\u00e3o com a pol\u00edtica, o cinismo com as \u201cgrandes verdades\u201d e todas as d\u00favidas da vida contempor\u00e2nea, n\u00f3s provavelmente n\u00e3o ter\u00edamos o Batman de O Retorno do Cavaleiro das Trevas<\/em>, o Marv de Sin City <\/em>nem toda a atmosfera pesada que at\u00e9 hoje agrada tantos f\u00e3s de quadrinhos.<\/p>\n

Frank Miller viu no ronin japon\u00eas uma nobreza \u2013 ou, pelo menos, uma sinceridade \u2013 que parecia faltar nos modelos ocidentais. De um p\u00e1ria empobrecido buscando se integrar, o samurai sem mestre virou para ele uma esp\u00e9cie de idealista, um sujeito que andava no fio da navalha entre o crime e o \u201csistema\u201d por escolha pr\u00f3pria. Nas palavras do comiss\u00e1rio \u00a0Gordon, \u201cum her\u00f3i que Gotham merece\u201d.<\/p>\n

Ronin <\/em>n\u00e3o foi o primeiro sinal dessa febre. Desde pelo menos os anos 1960 diretores de faroeste viram nos samurais sem mestre um paralelo ao cowboy americano: guerreiros individualistas, que fazem suas pr\u00f3prias regras e vivem com o suor de seus esfor\u00e7os.<\/p>\n

N\u00e3o \u00e9 \u00e0 toa que muitos dos maiores cl\u00e1ssicos do g\u00eanero s\u00e3o, na verdade, remakes <\/em>de longas\u00a0japoneses. Por um Punhado de D\u00f3lares<\/a> <\/em>\u00e9 uma adapta\u00e7\u00e3o de Yojimbo<\/a>.<\/em>\u00a0Sete Homens e um Destino<\/a> <\/em>(que ganhar\u00e1 uma nova vers\u00e3o<\/a> esse ano) \u00e9 uma refilmagem de Os Sete Samurais<\/a>.\u00a0<\/em>N\u00e3o \u00e9 uma coincid\u00eancia que pelo menos um comentarista<\/a> tenha comparado o Wolverine de Frank Miller a Clint Eastwood.<\/p>\n

\"clint

A semelhan\u00e7a \u00e9 ineg\u00e1vel<\/p><\/div>\n

Esse fasc\u00ednio americano pelos samurais \u00e9 uma daquelas coisas que parece normal at\u00e9 pensarmos nela com mais calma. Afinal de contas, \u00e9 dif\u00edcil imaginar\u00a0uma figura mais incompat\u00edvel com a mentalidade japonesa do que o cowboy.<\/p>\n

Se cowboys s\u00e3o s\u00edmbolo do individualismo, samurais s\u00e3o o \u00edcone do servi\u00e7o \u2013 que est\u00e1 at\u00e9 na origem do nome, o verbo saburau<\/a>. <\/em>Se cowboys s\u00e3o conhecidos pela falta de recato, samurais s\u00e3o a refer\u00eancia em sofistica\u00e7\u00e3o. Se cowboys \u00e0s vezes trapaceiam para vencer, samurais preferem morrer com honra.<\/p>\n

Donos do pr\u00f3prio destino<\/h3>\n

\"toshiro<\/p>\n

A culpa, nesse caso, pode ser de Akira Kurosawa. Muito embora o diretor de Yojimbo <\/em>e Os Sete Samurais <\/em>seja um marco do cinema japon\u00eas, ele j\u00e1 foi considerado\u00a0o\u00a0diretor \u201cmais ocidental\u201d do Jap\u00e3o, a ponto de lhe render cr\u00edticas de conterr\u00e2neos<\/a>.<\/p>\n

Segundo \u00a0Roger Ebert<\/a>, Kurosawa realmente tinha um p\u00e9 atr\u00e1s com alguns elementos da mentalidade japonesa. Em especial, a ideia de sacrif\u00edcio \u00e0 autoridade, de papeis sociais imut\u00e1veis e de submiss\u00e3o do indiv\u00edduo \u00e0 comunidade.<\/p>\n

Para Ebert, a partir de Ikiru<\/a> <\/em>e depois com for\u00e7a total em seus filmes de samurai, Kurosawa tentou imaginar um mundo em que as pessoas fossem capazes de decidir seus pr\u00f3prios destinos.<\/p>\n

Enquanto que Miller e outros ocidentais comentavam sobre a falta de rumo de sua gera\u00e7\u00e3o, Kurosawa, que vivera em uma cultura com “rumos demais”, pareceria desejar, ele mesmo, uma vida sem mestre.<\/p>\n

De todas as HQs \u201cjaponesas\u201d\u00a0 de Miller, a que melhor captura esse conflito \u00e9 sem d\u00favida Eu,<\/em>\u00a0Wolverine<\/em>. <\/em>Na hist\u00f3ria, Logan descobre que o amor de sua vida, a japonesa Mariko Yoshida, foi casada contra a vontade com um g\u00e2ngster que a humilha e espanca.<\/p>\n

Mariko pede que ele n\u00e3o se envolva, pois \u00e9 assim que as coisas t\u00eam de ser. Ela deve obedi\u00eancia ao pai, ao cl\u00e3, \u00e0s tradi\u00e7\u00f5es de seu pa\u00eds. O que ela \u201cquer\u201d n\u00e3o \u00e9 importante.<\/p>\n

\"wolverine<\/p>\n

Wolverine (aqui, praticamente\u00a0uma vers\u00e3o peluda e mort\u00edfera da Princesa Kaguya<\/a>)\u00a0se recusa a deixar\u00a0barato. O que se segue n\u00e3o \u00e9 apenas uma luta para proteger sua amada, mas uma batalha contra o sistema desumano de obriga\u00e7\u00f5es a que todos est\u00e3o submetidos.<\/p>\n

\"wolverine<\/p>\n

Poucas coisas s\u00e3o mais fascinantes no entretenimento\u00a0do que o fato de que um mesmo livro, filme ou gibi\u00a0pode ser lido de v\u00e1rias\u00a0maneiras diferentes. Eu j\u00e1 comentei<\/a> no passado como mesmo obras mais simples podem virar s\u00edmbolos das coisas mais d\u00edspares, dependendo do p\u00fablico pelo qual circulam.<\/p>\n

O Jap\u00e3o de Frank Miller \u00e9 um grande exemplo disso. No fundo, de “oriental” ele tem muito pouco. Ele revela bastante, no entanto, sobre o\u00a0seu pr\u00f3prio criador.\u00a0Tal como Wolverine, Miller parece acreditar\u00a0que falta alguma coisa em seu mundo, e\u00a0que a Terra do Sol Nascente pode ser a chave para encontr\u00e1-la. Ou, quem sabe, para reencontrar a si mesmo.<\/p>\n

\"wolverine<\/p>\n

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H\u00e1 muito a se elogiar na segunda temporada de\u00a0Demolidor,\u00a0da Netflix. As cenas de luta s\u00e3o um espet\u00e1culo de coreografia. O tom consegue ser\u00a0sombrio sem perder o charme. Elektra e o Justiceiro n\u00e3o s\u00e3o apenas excelentes coadjuvantes, mas est\u00e3o fidel\u00edssimos \u00e0s suas ra\u00edzes\u00a0nas HQs. Em adi\u00e7\u00e3o a tudo isso, f\u00e3s de Frank Miller, a lenda-viva dos […]<\/p>\n","protected":false},"author":2,"featured_media":3598,"comment_status":"open","ping_status":"open","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"spay_email":"","jetpack_publicize_message":"","jetpack_is_tweetstorm":false},"categories":[580,15],"tags":[108,110,140,227,238,242,325,336,432],"jetpack_featured_media_url":"https:\/\/i2.wp.com\/www.finisgeekis.com\/wp-content\/uploads\/2016\/03\/frank-miller-ronin-cover.jpg?fit=1161%2C1002&ssl=1","jetpack_publicize_connections":[],"jetpack_shortlink":"https:\/\/wp.me\/p9rUzW-U7","_links":{"self":[{"href":"https:\/\/www.finisgeekis.com\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/3479"}],"collection":[{"href":"https:\/\/www.finisgeekis.com\/wp-json\/wp\/v2\/posts"}],"about":[{"href":"https:\/\/www.finisgeekis.com\/wp-json\/wp\/v2\/types\/post"}],"author":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/www.finisgeekis.com\/wp-json\/wp\/v2\/users\/2"}],"replies":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/www.finisgeekis.com\/wp-json\/wp\/v2\/comments?post=3479"}],"version-history":[{"count":1,"href":"https:\/\/www.finisgeekis.com\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/3479\/revisions"}],"predecessor-version":[{"id":21319,"href":"https:\/\/www.finisgeekis.com\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/3479\/revisions\/21319"}],"wp:featuredmedia":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/www.finisgeekis.com\/wp-json\/wp\/v2\/media\/3598"}],"wp:attachment":[{"href":"https:\/\/www.finisgeekis.com\/wp-json\/wp\/v2\/media?parent=3479"}],"wp:term":[{"taxonomy":"category","embeddable":true,"href":"https:\/\/www.finisgeekis.com\/wp-json\/wp\/v2\/categories?post=3479"},{"taxonomy":"post_tag","embeddable":true,"href":"https:\/\/www.finisgeekis.com\/wp-json\/wp\/v2\/tags?post=3479"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}}