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{"id":270,"date":"2015-05-25T15:51:33","date_gmt":"2015-05-25T18:51:33","guid":{"rendered":"http:\/\/finisgeekis.com\/?p=270"},"modified":"2019-02-25T15:23:14","modified_gmt":"2019-02-25T18:23:14","slug":"uma-historia-do-cosplay-parte-1","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/www.finisgeekis.com\/2015\/05\/25\/uma-historia-do-cosplay-parte-1\/","title":{"rendered":"Uma Hist\u00f3ria do Cosplay: Parte 1"},"content":{"rendered":"

Daqui a menos de dois meses chegar\u00e1 at\u00e9 n\u00f3s a nova edi\u00e7\u00e3o da Anime Friends. Com ela, vem\u00a0tamb\u00e9m o desespero de um ex\u00e9rcito de cosplayers, amadores ou profissionais, na \u00e1rdua miss\u00e3o de terminarem seus trajes. O que pouco sabem \u00e9 que o hobby, popularizado nos \u00faltimos anos, \u00e9 muito mais antigo do que a maioria das pessoas imaginam. Aqueles que\u00a0criticam a arte de criar fantasias\u00a0como “passatempo de crian\u00e7a” se surpreenderiam em saber que os primeiros “cosplayers” teriam idade para ser seus av\u00f3s (ou bisav\u00f3s). O\u00a0hobby\u00a0<\/em>\u00e9 mais antigo que os videogames, mais antigo que os computadores (sem os quais n\u00e3o haveria games) e, qui\u00e7\u00e1, mais antigo que o pr\u00f3prio anime.<\/p>\n

<\/p>\n

Tempos antigos, h\u00e1bitos familiares<\/b><\/h3>\n

As origens exatas do cosplay s\u00e3o incertas. Afinal, poucos pioneiros t\u00eam no\u00e7\u00e3o de que suas invenciones se tornar\u00e3o grande tend\u00eancias. A palavra em si foi criada pelo jornalista japon\u00eas Nobuyuki Takahashi<\/a>, pouco antes\u00a0de\u00a0sua cobertura da Worldcon de 1984. Se isso faz dele o “pai de batismo”, n\u00e3o muda o fato de que observava uma pr\u00e1tica j\u00e1 consolidada, com d\u00e9cadas de tradi\u00e7\u00f5es, inova\u00e7\u00f5es e trope\u00e7os nas costas.<\/p>\n

\"Masquerade_attendee_dressed_as_-Mister_Skygack,_from_Mars-_(1912)\"<\/a>Talvez o mais antigo registro de uma fantasia nos moldes do que viria a ser o cosplay envolve Mr. Skygack<\/a>, personagem de uma tira de jornal publicada pela primeira vez em 1907. Ao menos dois bravos precursores da cena nerd prestigiaram o simp\u00e1tico marciano, uma vez em 1908 e outra em 1910. Nesta \u00faltima, uma\u00a0pessoa\u00a0chegou a ser premiada por seu traje (\u00e0 esquerda), o\u00a0qual hoje mais parece uma assombra\u00e7\u00e3o de\u00a0Silent Hill\u00a0<\/em>– ou, tratando-se da \u00e9poca, de\u00a0Bioshock: Infinite.<\/em>\u00a0No entanto, custaria para que bailes de fantasia ganhassem as fanbases.<\/p>\n

O primeiro empurr\u00e3o neste sentido\u00a0veio de dois fan\u00e1ticos por fic\u00e7\u00e3o cient\u00edfica nos Estados Unidos. Na primeira edi\u00e7\u00e3o da World Science Fiction Convention, em 1939, Forrest J.\u00a0Ackerman e Myrtle Douglas \u00a0desfilaram com trajes baseados no filme\u00a0Things to Come<\/em>, de H.G. Well. \u00a0“Forry” e “Morojo”, como viriam a ser chamados, eram pessoas\u00a0exc\u00eantricas. Se andar pelas ruas vestido de pessoas do espa\u00e7o n\u00e3o era estranho o suficiente, a dupla complementou a performance conversando em esperanto<\/a>\u00a0um com o outro. \"collageFoi o suficiente para seduzir novos adeptos. Apenas um ano depois a Worldcon come\u00e7ou a sediar\u00a0masquerades<\/em> (“bailes de m\u00e1scara”) cada vez\u00a0mais elaborados.\u00a0Com uma abund\u00e2ncia de\u00a0fic\u00e7\u00e3o cient\u00edfica, contos de horror e\u00a0literatura\u00a0weird<\/em> para inspir\u00e1-los, uma pequena gera\u00e7\u00e3o de pr\u00e9-nerds se p\u00f4s a chamar a aten\u00e7\u00e3o, inventando as loucuras que fazemos at\u00e9 hoje.<\/p>\n

Obviamente, n\u00e3o \u00e9 poss\u00edvel chamar essas masquerades <\/em>de “cosplay”.\u00a0N\u00e3o s\u00f3 h\u00e1 pouqu\u00edssimo em comum entre as\u00a0“festas do esquisito” de outrora e a comunidade organizada de hoje como n\u00e3o havia nada que indicasse que os primeiros fantasiados sobreveriam aos seus 15 minutos de fama.\u00a0(A t\u00edtulo de curiosidade, a\u00a0Worldcon<\/a> at\u00e9 hoje diferencia entre o que chama de “fantasia tradicional” e cosplay propriamente dito).\u00a0De 1939 para c\u00e1 muita coisa mudou. O mundo foi devastado pela maior guerra de todos os tempos. Hiroshima e Nagasaki foram obliteradas pela bomba at\u00f4mica e o resto do mundo tremeu nas bases com medo de qual seria o pr\u00f3ximo alvo. O\u00a0Civil Rights Movement\u00a0<\/em>sacudiu as bases da sociedade americana e inspirou reviravoltas em\u00a0outros pa\u00edses. Um psiquiatra fraudulento<\/a> acusou os quadrinhos de degenera\u00e7\u00e3o, promovendo queimas de gibis<\/a>, censura<\/a> e um fantasma de moralismo que persegue a cultura geek at\u00e9 os dias de hoje. Seria poss\u00edvel para os\u00a0bailinhos de Forry e Morojo\u00a0encontrar espa\u00e7o nesse “admir\u00e1vel mundo novo”, s\u00e9rio e controverso? De alguma forma, foi.<\/p>\n

A rebeldia e o in\u00edcio da nerdice<\/strong><\/p>\n

Em 1970, os participantes da Worldcon testemunharam uma performance in\u00e9dita: uma pessoa entrou na\u00a0masquerade\u00a0<\/em>completamente nua. Os tempos mudavam violentamente, e o mundo estranho da fic\u00e7\u00e3o cient\u00edfica ca\u00eda aos revoltados como uma luva.\u00a0Na d\u00e9cada dos efeitos especiais e das grandes space operas<\/i>, da irrever\u00eancia, juventude e da rebeldia com as coisas de carne e osso, encarnar personagens imagin\u00e1rias\u00a0ganhou um apelo nunca visto at\u00e9 ent\u00e3o. Como tudo em sua gera\u00e7\u00e3o, os trajes n\u00e3o conheciam tabu, e n\u00e3o era incomum encontrar fantasias esquisitas, chocantes e reveladoras.<\/p>\n

\"cosplay<\/a> \"cosplay<\/a> \"cosplay<\/a> \"cosplay<\/a><\/p>\n

Nos dias de hoje, em que a cultura geek foi associada \u00e0 inform\u00e1tica, \u00e0 virada do mil\u00eanio, e aos \u201cnerds de por\u00e3o\u201d, pode parecer estranho que o mundo do cosplay tenha pontos em comum com a onda da contracultura. Alguns consideram George Lucas como o pai do \u201ccinema blockbuster<\/em>\u201d, encerrando a onda de fic\u00e7\u00e3o cient\u00edfica \u201cpol\u00edtica\u201d dos anos 1950 e 1960. Em seu filme Argo<\/em>\u00a0Ben Affleck enfatiza o julgamento, contrastando a hype <\/em>sobre o lan\u00e7amento de sua space opera <\/em>fajuta com os horrores da crise dos ref\u00e9ns no Ir\u00e3. Por\u00e9m, com o diz o ditado, as apar\u00eancias \u00e0s vezes enganam. Os antepassados do cosplay eram, \u00e0 sua maneira, incrivelmente subversivos. O fot\u00f3grafo Ron Miller (autor das imagens acima) lembra de um f\u00e3 intr\u00e9pido que participou de uma conven\u00e7\u00e3o com\u00a0o corpo inteiro coberto de manteiga de amendoim. A moda de fantasias “ousadas” ou deliberadamente pornogr\u00e1ficas (cuidado, NSFW<\/a>) chegou a tal ponto que regras tiveram de ser feitas. “No costume is no costume<\/em>” tornou-se lei em eventos, muito embora, como em toda lei, n\u00e3o havia falta de corajosos para burl\u00e1-la. O infame epis\u00f3dio dos “cosplays” de Love Hina em um evento brasileiro anos atr\u00e1s pode ter sido muita coisa, mas n\u00e3o foi\u00a0um raio num c\u00e9u azul.<\/p>\n

Novidades\u00a0do extremo oriente<\/strong><\/h3>\n

Foi nos anos 1970, tamb\u00e9m, que as\u00a0masquerades<\/em>\u00a0sa\u00edram do mundo da fic\u00e7\u00e3o cient\u00edfica para adentrar o do anime. Ent\u00e3o uma novidade\u00a0underground\u00a0<\/em>no ocidente, a\u00a0japanimation,\u00a0<\/em>como era chamada nos EUA, n\u00e3o tardou a ganhar f\u00e3s. Como todo “marco zero”, \u00e9 dif\u00edcil saber que foi o primeiro a criar a moda, mas\u00a0h\u00e1 poucas d\u00favidas de que Karen Schnaubelt <\/a>acompanhou a nova tend\u00eancia desde o princ\u00edpio. A cosplayer (ou proto-cosplayer, se quisermos ser puristas), interpretou personagens das s\u00e9ries\u00a0Capit\u00e3o Harlock e a Nave Arc\u00e1dia\u00a0<\/em>e\u00a0Star Blazers<\/em>, adapta\u00e7\u00e3o americana do hit\u00a0Space Battleship Yamato.\u00a0<\/em>A tend\u00eancia explodiu<\/a> na San Diego Comic Con de 1980, surfando na onda da popularidade que recebera o\u00a0anime e mang\u00e1 em praias americanas.<\/p>\n

\"karen<\/a> \"karen<\/a><\/p>\n

Claro, levaria ainda muito tempo\u00a0at\u00e9 que essas conven\u00e7\u00f5es come\u00e7assem a lembrar os eventos de hoje. Para cosplayers acostumados com o hobby organizado\u00a0e regulamentado\u00a0de nossos dias, a cena de fantasia da gera\u00e7\u00e3o de nossos pais pareceria uma grande bagun\u00e7a. Foram os anos 1980 que mais contribu\u00edram para mudar as regras do jogo. Em 1981, a World Science Fiction Convention<\/a> em Denver foi a primeira a dividir a competi\u00e7\u00e3o nas\u00a0masquerades <\/em>em n\u00edveis hier\u00e1rquicos.\u00a0Em 1983, um grupo de pessoas, inclu\u00edndo a pioneira das fantasias de anime, Karen Schnaubelt,\u00a0realizou a primeira\u00a0Costume Con<\/em>, conven\u00e7\u00e3o dedicada especialmente a fantasias. Em 1985, na terceira edi\u00e7\u00e3o do evento, foi fundada a \u00a0International Costumer’s Guild<\/a>, uma organiza\u00e7\u00e3o dedicada a promover\u00a0as performances de fantasia\u00a0em escala global.<\/p>\n

Foi esse o hobby, nessa \u00e9poca de popularidade, expans\u00e3o e entusiasmo, que Nobuyuki Takahashi\u00a0encontrou quando cunhou o termo “cosplay” para sua mat\u00e9ria na My Anime.\u00a0O que\u00a0acontecia, nesse \u00ednterim,\u00a0na terra do sol nascente? E o que mudou ap\u00f3s a reportagem de Takahashi? Esse ser\u00e1 o tema da Parte 2 dessa retrospectiva.<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

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