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{"id":23121,"date":"2022-03-16T18:41:48","date_gmt":"2022-03-16T21:41:48","guid":{"rendered":"http:\/\/www.finisgeekis.com\/?p=23121"},"modified":"2022-03-16T18:50:27","modified_gmt":"2022-03-16T21:50:27","slug":"drive-my-car-para-que-serve-uma-adaptacao","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/www.finisgeekis.com\/2022\/03\/16\/drive-my-car-para-que-serve-uma-adaptacao\/","title":{"rendered":"“Drive My Car”: para que serve uma adapta\u00e7\u00e3o?"},"content":{"rendered":"\n

Adapta\u00e7\u00f5es t\u00eam uma fama amb\u00edgua no mundo do cinema. Se \u00e9 verdade que livros e filmes flertam um com o outro desde os prim\u00f3rdios da s\u00e9tima arte,<\/a> poucas opini\u00f5es s\u00e3o mais repetidas que a m\u00e1xima \u201co livro \u00e9 melhor\u201d.<\/p>\n\n\n\n

Quando soube que o conto Drive My Car <\/em>de Haruki Murakami havia sido adaptado ao cinema, contive meu entusiasmo. Embora Murakami seja o escritor japon\u00eas mais popular da atualidade, adapta\u00e7\u00f5es de suas obras foram, at\u00e9 hoje… menos que \u00f3timas<\/a>, para dizer o m\u00ednimo. Saber que o novo filme possu\u00eda quase tr\u00eas horas<\/strong> pouco fez para aliviar minha desconfian\u00e7a. Roteiristas frequentemente patinam para adaptar romances a uma hist\u00f3ria deste tamanho. O que seria de um conto de menos de 40 p\u00e1ginas?<\/p>\n\n\n\n

Como quem assistiu Drive My Car <\/em>sabe, a resposta \u00e9 um primor do cinema japon\u00eas contempor\u00e2neo.<\/p>\n\n\n\n

Mas comentar por que o filme de Ryusuke Hamaguchi conseguiu acertar em cheio \u00e9 apenas pretexto para uma discuss\u00e3o mais importante: talvez esteja na hora de repensarmos na nossa rela\u00e7\u00e3o com as adapta\u00e7\u00f5es.<\/p>\n\n\n\n

Qual \u00e9, afinal de contas, o sentido de contar de novo uma hist\u00f3ria que j\u00e1 foi escrita?<\/p>\n\n\n\n

E o que, exatamente, torna uma adapta\u00e7\u00e3o \u2018bem\u2019 ou \u2018mal\u2019 sucedida?<\/p>\n\n\n\n\n\n\n\n

Drive My Car <\/em>em palavras…<\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"\"
Capa original do livro “Homens sem Mulheres”<\/figcaption><\/figure><\/div>\n\n\n\n

Se o filme de Hamaguchi \u00e9 qualquer indicativo, a primeira escolha come\u00e7a antes mesmo que as filmagens. Drive My Car, <\/em>o conto, \u00e9 um excelente material para adapta\u00e7\u00f5es.<\/p>\n\n\n\n

Haruki Murakami \u00e9 conhecido por seu realismo fant\u00e1stico e por um estilo intuitivo, quase an\u00e1rquico de escrita. O escritor j\u00e1 afirmou<\/a> diversas vezes que n\u00e3o \u00e9 um \u201ccontador\u201d, e sim \u201cobservador de hist\u00f3rias\u201d: simplesmente registrando as ideias que saem de sua cabe\u00e7a. Boa sorte para adaptar um livro destes a um roteiro \u2013 mais ainda para faz\u00ea-lo funcionar em movimento.<\/p>\n\n\n\n

Para complicar as coisas, Homens sem Mulheres<\/a>, <\/em>colet\u00e2nea a que Drive My Car <\/em>pertence, est\u00e1 longe de seu melhor trabalho. Suas hist\u00f3rias, em grande parte, giram em tornos de homens desprez\u00edveis que insistem em atribuir \u00e0s mulheres a culpa de suas m\u00e1goas. H\u00e1 mais autocomisera\u00e7\u00e3o e misoginia em suas p\u00e1ginas que frases bem constru\u00eddas. Pelo contr\u00e1rio, alguns per\u00edodos, como \u201ctodas as mulheres nascem com um \u00f3rg\u00e3o especial, independente que lhes permite mentir\u201d, nos fazem perguntar o que passou pela cabe\u00e7a do editor ao public\u00e1-las.<\/p>\n\n\n\n

\"\"<\/figure><\/div>\n\n\n\n

Drive My Car <\/em>\u00e9 uma exce\u00e7\u00e3o \u00e0s duas regras. O conto n\u00e3o apenas demonstra um controle da linguagem de que suas obras posteriores parecem ter perdido, como esbanja uma empatia que falta a seus colegas de colet\u00e2nea. Seu protagonista \u00e9, de fato, um \u201chomem sem mulher\u201d – mas quem \u00e9 essa mulher e o real significado de sua aus\u00eancia s\u00e3o quest\u00f5es nada \u00f3bvias que nos acompanham pelo conto inteiro \u2013 e que o final, em aberto, pouco se esfor\u00e7a para elucidar.<\/p>\n\n\n\n

O homem em quest\u00e3o \u00e9 Kafuku, ator veterano de teatro. Sua esposa (Oto no filme, sem nome no conto) \u00e9 uma companheira perfeita e colega de trabalho, que grava os di\u00e1logos de sua pe\u00e7a para que estude no carro enquanto dirige. Ela tamb\u00e9m o trai. Serialmente. Com m\u00faltiplos homens.<\/p>\n\n\n\n

Dividido entre a estabilidade conjugal e um acerto de contas que sem d\u00favida a destruiria, Kafuku opta pela ina\u00e7\u00e3o. Em tempo, nenhuma outra escolha lhe ser\u00e1 poss\u00edvel. Sua esposa morre (de c\u00e2ncer fulminante no conto, de uma doen\u00e7a s\u00fabita n\u00e3o declarada no filme). A d\u00favida, o choque, e os assuntos inacabados corroem o que resta do homem que um dia foi.<\/p>\n\n\n\n

N\u00e3o \u00e9 dif\u00edcil simpatizar com Kafuku. Embora seja a personagem ponto de vista, o ator parece viver pelo mote de outra personagem de Murakami<\/a>, que certa vez disse que \u201capenas escrotos sentem pena de si mesmos\u201d. \u00a0O conto \u00e9 quase que inteiramente contado do banco de tr\u00e1s de seu Saab 900, em conversas com Misaki, motorista contratada pelo teatro depois que um diagn\u00f3stico de glaucoma o impossibilita de dirigir.<\/p>\n\n\n\n

\u00c9 Misaki que, em dado momento, lhe dispara uma Pergunta-Gretchen<\/a> \u2013 \u201cPor que voc\u00ea n\u00e3o tem amigos?\u201d \u2013 depois da qual Kafuku se abre como uma rede esgar\u00e7ada por toneladas de pensamentos vergonhosos.<\/p>\n\n\n\n

… e em imagens<\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"\"<\/figure><\/div>\n\n\n\n

E \u00e9 aqui que as semelhan\u00e7as do filme com seu material de origem acabam.<\/p>\n\n\n\n

Em seu longa, Hamaguchi for\u00e7a Kafuku para fora de seu Saab com a mesma viol\u00eancia da pergunta de Misaki. Sua esposa, antes uma recorda\u00e7\u00e3o mal digerida, ganha um nome. Flashbacks da trai\u00e7\u00e3o nos mostram os detalhes que o protagonista do conto reluta at\u00e9 em imaginar.<\/p>\n\n\n\n

Enquanto que Murakami apenas nos informa que Kafuku estava ensaiando a pe\u00e7a Tio V\u00e2nia <\/em>de Tchekov, Hamaguchi transforma sua montagem em uma hist\u00f3ria dentro da hist\u00f3ria, praticamente nos for\u00e7ando a enxergar os paralelos entre uma obra e outra<\/a>.<\/p>\n\n\n\n

Em m\u00e3os menos habilidosas, a inclus\u00e3o de toda essa bagagem extra afundaria a hist\u00f3ria mais rapidamente do que levar\u00edamos para dizer que \u201co livro era melhor!\u201d.  <\/em>Mas h\u00e1 duas caracter\u00edsticas do filme de Hamaguchi que o p\u00f5e em um caminho diferente.<\/p>\n\n\n\n

Em primeiro lugar, a despeito de todos os desvios, ambas as obras chegam ao mesmo lugar.<\/p>\n\n\n\n

Kafuku, descobrimos no conto, \u00e9 um homem sem mulheres, <\/strong>no plural. Muito antes de descobrir a trai\u00e7\u00e3o, seu casamento foi abalado com a morte precoce de sua filha. Murakami nunca soletra o paralelo, mas \u00e9 poss\u00edvel deduzir que, como Molly e Leopold Bloom de Ul<\/a>i<\/a>sses<\/a><\/em>, foi a morte da crian\u00e7a que colocou Kafuku e sua esposa em uma crise que apenas os bra\u00e7os de terceiros podia aliviar.<\/p>\n\n\n\n

E Misaki, sua motorista, \u00e9 uma mulher sem homem. Especificamente, uma mulher da idade de sua filha, consternada pela aus\u00eancia de uma figura paterna. \u00c9 da aproxima\u00e7\u00e3o entre os dois, mais do que a trai\u00e7\u00e3o que sofreu, que o conto verdadeiramente trata.<\/p>\n\n\n\n

O filme de Hamaguchi subverte essa prioridade, afogando o relacionamento de Misaki e Kafuku sob o peso de quase tr\u00eas horas de tramas paralelas. At\u00e9 mesmo o amante de sua esposa (no conto, apenas um de muitos) ganha um holofote para chamar de seu \u2013 junto com um arco pessoal que envolve suas ambi\u00e7\u00f5es como ator e at\u00e9 mesmo um passado criminoso.<\/p>\n\n\n\n

Mas Misaki e Kafuku ainda assim se encontram e abrem-se um para outro e percebem que s\u00e3o pe\u00e7as de um mesmo quebra-cabe\u00e7as, ainda que t\u00e3o maltratado pelos anos que dificilmente pode ser montado.<\/p>\n\n\n\n

\u201cIsso \u00e9 tudo o que fazemos\u201d disse, certa vez, outra personagem de Murakami, \u201ctomamos infinitamente o caminho mais comprido\u201d. Drive My Car, <\/em>o filme, vive por esta m\u00e1xima.<\/p>\n\n\n\n

\"\"<\/figure><\/div>\n\n\n\n

Em segundo lugar, mesmo o conte\u00fado original de Hamaguchi parece misteriosamente Murakamiano.<\/strong><\/p>\n\n\n\n

A trai\u00e7\u00e3o de sua esposa, no conto apenas mencionada, ganha no longa uma cena de sexo ao som do Rond\u00f3 K.485 de Mozart\u2013 tocado de um disco de vinil, ainda por cima. Leitores veteranos do autor reconhecer\u00e3o de pronto o apre\u00e7o de Murakami por m\u00fasica cl\u00e1ssica \u2013 e por cenas er\u00f3ticas (segundo seus cr\u00edticos) mais tristes que prazerosas de se ler.<\/p>\n\n\n\n

\"\"<\/figure><\/div>\n\n\n\n

Se originalmente uma tomboy <\/em>nas linhas de Kaoru, a durosa dona de um motel e Ap\u00f3s o Anoitecer, <\/em>a Misaki do filme mais se aproxima de uma contraparte jovem de Reiko, ex-pianista de Norwegian Wood <\/em>que aconselha o protagonista Toru \u00e0 luz dos sofrimentos de seu pr\u00f3prio passado.<\/p>\n\n\n\n

O longa, de fato, parece quase uma releitura de Norwegian Wood, <\/em>com jovens universit\u00e1rios com as emo\u00e7\u00f5es \u00e0 flor da pele trocados por adultos de meia-idade. Mesmo as digress\u00f5es mais originais de Hamaguchi \u2013 as cenas e mais cenas sobre o processo de cria\u00e7\u00e3o de Kafuku, a subtrama sobre uma atriz surda-muda \u2013 lembram o enredo livre de seu romance de 1987, que acompanhar suas personagens sem a morda\u00e7a de um Kishotenketsu<\/a> ou <\/em>uma estrutura em tr\u00eas atos.<\/p>\n\n\n\n

\u00c9 poss\u00edvel imaginar um mundo paralelo em que Muramaki em pessoa tivesse concebido cada um desses detalhes. Provavelmente, enquanto escutava o Rond\u00f3 K.485. Ou corria pela manh\u00e3<\/a>.<\/p>\n\n\n\n

Um ponto de partida… para a pr\u00f3pria obra<\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"\"<\/figure><\/div>\n\n\n\n

Nada disso desmerece o trabalho de Hamaguchi e Takamasa Oe, que coassina o roteiro. Pelo contr\u00e1rio, suas escolhas mostram que seu filme possui algo cada vez mais raro no campo do entretenimento. Um prop\u00f3sito.<\/p>\n\n\n\n

Hoje em dia, gastamos tanta energia debatendo se uma adapta\u00e7\u00e3o \u00e9 ou n\u00e3o boa que raramente nos perguntamos para que serve <\/strong>uma adapta\u00e7\u00e3o.<\/p>\n\n\n\n

Qual \u00e9 o prop\u00f3sito de reescrever uma hist\u00f3ria que j\u00e1 existe? Para que revisitar conflitos, plot twists <\/em>e retratos conhecidos de antem\u00e3o?<\/p>\n\n\n\n

Hamaguchi e Oe t\u00eam uma resposta: ela \u00e9 apenas um ponto de partida \u2013 n\u00e3o, necessariamente, para novas ideias, ao menos n\u00e3o como um fim em sim, mas para fisgar aquelas escondidas no pr\u00f3prio texto; n\u00e3o para negar ou substituir a obra, mas para torn\u00e1-la mais <\/strong>a obra que \u00e9.<\/p>\n\n\n\n

Leiam comigo as \u00faltimas linhas do conto:<\/p>\n\n\n\n

— Eu vou dormir um pouco \u2013 disse Kafuku.<\/em><\/p>

Misaki n\u00e3o respondeu. Ela estudou quietamente a estrada. Kafuku estava grato pelo seu sil\u00eancio.<\/em><\/p>

<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Quando Misaki aparece na \u00faltima cena do filme de Hamaguchi, ela tamb\u00e9m estuda quietamente a estrada. Ela n\u00e3o est\u00e1 na companhia de Kafuku, dirigindo-o a mais uma pe\u00e7a. N\u00e3o est\u00e1 mais sequer no Jap\u00e3o. Hamaguchi n\u00e3o nos explica o que faz na Coreia ou porque dirige o carro que pertencera ao ator.<\/p>\n\n\n\n

Mas n\u00f3s, como ele, somos gratos pelo seu sil\u00eancio.<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

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