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{"id":22862,"date":"2021-05-26T18:21:55","date_gmt":"2021-05-26T21:21:55","guid":{"rendered":"http:\/\/www.finisgeekis.com\/?p=22862"},"modified":"2021-05-26T18:21:56","modified_gmt":"2021-05-26T21:21:56","slug":"por-que-nier-replicant-nos-faz-chorar","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/www.finisgeekis.com\/2021\/05\/26\/por-que-nier-replicant-nos-faz-chorar\/","title":{"rendered":"Por que “Nier: Replicant” nos faz chorar"},"content":{"rendered":"\n

Computadores podem te fazer chorar?<\/p>\n\n\n\n

Essa foi a pergunta de um an\u00fancio da Electronic Arts <\/em>do in\u00edcio dos anos 1980, quando videogames ainda eram novidade.<\/p>\n\n\n\n

\"\"<\/figure>\n\n\n\n

Hoje, numa \u00e9poca em que games est\u00e3o no acervo de museus<\/a> e inspiram livros de poesia<\/a>, \u00e9 d\u00edf\u00edcil acreditar que isso um dia gerou d\u00favida. Pergunte a um gamer se j\u00e1 derramou l\u00e1grimas diante de uma tela e \u00e9 prov\u00e1vel que voc\u00ea precisar\u00e1 de um lugar para sentar. A resposta ser\u00e1 longa \u2013 e, provavelmente, deixar\u00e1 voc\u00ea tamb\u00e9m em prantos.<\/p>\n\n\n\n

At\u00e9 que ponto nos emocionamos com um dado jogo depende de nossas experi\u00eancias pessoais. Por\u00e9m, n\u00e3o \u00e9 segredo que alguns t\u00edtulos for\u00e7am a barra para nos encolher \u00e0 posi\u00e7\u00e3o fetal.<\/p>\n\n\n\n

Nier: Replicant, <\/em>cl\u00e1ssico cult de 2010 remasterizado esse ano aos novos sistemas, \u00e9 um deles. Esquisito, avant-garde<\/em> e n\u00e3o t\u00e3o polido em termos de gameplay, o jogo de Yoko Taro \u00e9 um exemplo da diferen\u00e7a que faz uma bela hist\u00f3ria. N\u00e3o fosse sua capacidade sobrenatural de nos tocar pelas v\u00edsceras, \u00e9 prov\u00e1vel que acabasse t\u00e3o abandonado e esquecido quanto as ru\u00ednas de seu universo p\u00f3s-apocal\u00edptico.<\/p>\n\n\n\n

Qual, \u00e9 o segredo? Como era de se esperar de um game com cinco finais diferentes, <\/strong>a resposta \u00e9 mais complexa do que parece.<\/p>\n\n\n\n

(AVISO: Cont\u00e9m SPOILERS de Nier: Replicant)<\/em><\/p>\n\n\n\n\n\n\n\n

1) Ele nos motiva a fazer coisas. As mesmas coisas. Muitas vezes<\/strong><\/p>\n\n\n\n

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At\u00e9 seu mais ardente f\u00e3 reconhece: Nier <\/em>eleva o grinding <\/em>a n\u00edveis estratosf\u00e9ricos, mesmo para o padr\u00e3o de JRPGs. E n\u00e3o falo apenas das m\u00faltiplas vezes que somos obrigados a completar suas miss\u00f5es para acessar todo seu conte\u00fado.<\/p>\n\n\n\n

Se colocarmos na ponta do l\u00e1pis, veremos que a maior parte do jogo n\u00e3o passa de fetch quests. <\/em>Muitas vezes, envolvendo itens raros, que exigem que visitemos os mesmos cen\u00e1rios incont\u00e1veis vezes, lutando contra hordas de inimigos id\u00eanticos.<\/p>\n\n\n\n

Curiosamente, o que parece \u00e0 primeira vista seu grande defeito \u00e9 tamb\u00e9m a principal raz\u00e3o de seu charme.<\/p>\n\n\n\n

Isso porque repeti\u00e7\u00e3o n\u00e3o serve apenas para encher lingui\u00e7a. Como todos aqueles que j\u00e1 choraram com um refr\u00e3o de uma m\u00fasica sabem, ela \u00e9 uma excelente maneira de nos fazer lembrar das coisas. <\/strong>Inclusive de sentimentos.<\/p>\n\n\n\n

\u00c9 f\u00e1cil tratar NPCs em um RPG como meios a um fim: ferramentas, com m\u00e1scaras humanas, que usamos para descansar, obter quests<\/em>, vender itens e mais. Muitos s\u00e3o os games em que pessoas s\u00e3o reduzidas a objetos, vending machines <\/em>\u00e0 nossa conveni\u00eancia.<\/p>\n\n\n\n

As quests<\/em> de Nier, pelo contr\u00e1rio, nos for\u00e7am a encarar NPCs como pessoas. E funcionam justamente porque s\u00e3o repetitivas.<\/strong><\/p>\n\n\n\n

\u00darsula, a mulher do farol, n\u00e3o nos pareceria t\u00e3o ingrata se n\u00e3o tiv\u00e9ssemos de subir e descer uma escadaria para atender a cada um de seus pedidos. A morte do velho pescador s\u00f3 nos parece significativa porque gastavamos horas a fio completamento cada uma de suas nove <\/strong>miss\u00f5es.<\/p>\n\n\n\n

Popola e Devola n\u00e3o seriam t\u00e3o parte da vida de Nier \u2013 e sua virada final jamais seria t\u00e3o impactante \u2013 se n\u00e3o tivessem agido como quest givers <\/em>de tantas tarefas banais ao longo de todo o jogo.<\/p>\n\n\n\n

\"\"<\/figure><\/div>\n\n\n\n

Mesmo os upgrades <\/em>de armas, maior fonte de griding <\/em>do jogo, s\u00e3o deveres \u201chumanizados\u201d que nos presenteiam com hist\u00f3rias. Muitas delas relacionadas a personagens e cidades que visitamos.<\/p>\n\n\n\n

\"\"<\/figure><\/div>\n\n\n\n

Nier: Replicant <\/em>cria esses la\u00e7os afetivos desde seu pr\u00f3logo, mas \u00e9 na segunda parte que entendemos,  visceralmente, o que eles significam. \u00c9 apenas quando a vila de Popola \u00e9 atacada que sentimos o vazio deixado pelos NPCs que morreram.<\/p>\n\n\n\n

A mudan\u00e7a tamb\u00e9m afeta o meio-ambiente. Na medida em que as sombras se tornam mais forte, animais ficam mais raros. As focas na praia de Seafront desaparecem \u2013 talvez ( o jogo n\u00e3o nos conta) comidas pelos alde\u00f5es, cujos suprimentos minguam dia ap\u00f3s dia. \u00a0<\/p>\n\n\n\n

Estamos diante de um mundo em colapso. E \u00e9 apenas por conhec\u00ea-lo t\u00e3o bem que sentimos a gravidade de sua decad\u00eancia.<\/p>\n\n\n\n

2) Ele soa como se t\u00edvessemos acabado de chegar no para\u00edso. No meio do ensaio da orquestra angelical<\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"\"<\/figure>\n\n\n\n

Ainda mais que sua sensibilidade, Nier: Replicant <\/em>\u00e9 renomado por sua m\u00fasica. Mesmo aqueles que nunca jogaram o game j\u00e1 devem ter ouvido algumas de suas belas faixas.<\/p>\n\n\n\n

Mas a m\u00fasica de Okabe n\u00e3o \u00e9 apenas marcante. \u00c9 marcante de uma maneira \u00a0muito espec\u00edfica. <\/strong>A combina\u00e7\u00e3o de uma orquestra bomb\u00e1stica, instrumentos eletr\u00f4nicos e vocais l\u00edricos estaria mais em casa em um clipe velho do Nightwish <\/em>do que em uma hist\u00f3ria que se pretende s\u00e9ria.<\/p>\n\n\n\n

Tente imaginar Song of the Ancients <\/em>embalando Nomadland <\/em>ou Gods Bound by Rules<\/em> na trilha de The Last of Us: Part 2 <\/em>e entender\u00e1 o que quero dizer.<\/p>\n\n\n\n

\"\"
O SAY EEM MANOWEN EE SO HEE I<\/figcaption><\/figure><\/div>\n\n\n\n

Sua trilha tem, sim, muito a ver com o universo do anime. Em especial, com o tipo de m\u00fasica industrial e vocalizada que compositores como Yuki Kajiura<\/a> e Hiroyuki Sawano<\/a> transformaram em sua marca registrada.<\/p>\n\n\n\n

Isso n\u00e3o \u00e9 uma coincid\u00eancia.<\/p>\n\n\n\n

Filmes live action <\/em>contam com edi\u00e7\u00e3o de primeira, cinematografia e expressividade de seus atores para contar uma hist\u00f3ria. Embora a trilha ajude, n\u00e3o esperamos que ela venda o peixe por si s\u00f3. Um simples close <\/em>no rosto de uma personagem pode passar mais emo\u00e7\u00e3o que todos os instrumentos do mundo.<\/p>\n\n\n\n

\"\"<\/figure><\/div>\n\n\n\n

N\u00e3o \u00e9 \u00e0 toa que estudantes de cinema \u00e0s vezes recebem a dica<\/a> de que precisam assistir a filmes no mudo.<\/strong> \u00a0<\/strong>Sem a m\u00fasica para ajudar, fica claro se os elementos visuais est\u00e3o fazendo seu trabalho direito.<\/p>\n\n\n\n

Animes para a TV \u00a0s\u00e3o uma m\u00eddia bastante diferente. Est\u00fadios operam a toque de caixa, dando espa\u00e7o limitado a diretores para que exercitem toda sua criatividade. Por mais que contem com olhos gigantes e designs exagerados, suas personagens n\u00e3o chegam aos p\u00e9s da expressividade de um ser humano. Movimentos labiais s\u00e3o simples e n\u00e3o tem a inten\u00e7\u00e3o de “bater” com o di\u00e1logo que est\u00e1 sendo dito.<\/p>\n\n\n\n

Como disse a pr\u00f3pria Yuki Kajiura<\/a> \u2013 que tem no curr\u00edculo trilhas como Fate\/Zero, Madoka<\/a> <\/em>e Noir<\/a><\/em>:<\/p>\n\n\n\n

Na anima\u00e7\u00e3o, a m\u00fasica desempenha um papel mais importante que em filmes de verdade porque filmes t\u00eam som e atmosfera. Mas \u00e0s vezes a anima\u00e7\u00e3o sofre com a falta de alguma coisa. Se \u00e9 apenas a imagem, \u00e9 dif\u00edcil de entender, mas a m\u00fasica adiciona atmosfera e cria uma atmosfera completa para a cena em aprticular. […] A melhor trilha sonora n\u00e3o \u00e9 apenas sobre a m\u00fasica, mas transmite muitas emo\u00e7\u00f5es e sentimentos em uma cena em particular.<\/em><\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Com Nier: Replicant <\/em>\u00e9 a mesma coisa.<\/p>\n\n\n\n

Mesmo para os padr\u00f5es de 2010, quando foi originalmente lan\u00e7ado, o game de Yoko Taro n\u00e3o era uma produ\u00e7\u00e3o das primeiras. Sua fidelidade gr\u00e1fica n\u00e3o \u00e9 das melhores. O jogo conta com pouqu\u00edssimos modelos de personagem. Sua anima\u00e7\u00e3o \u00e9 t\u00e3o limitada que seus NPCs sequer mexem os l\u00e1bios \u2013 coisa que o jogo esconde, com uma c\u00e2mera que nos impede de ver seus rostos de perto.<\/p>\n\n\n\n

\"\"<\/figure><\/div>\n\n\n\n

Mas anima\u00e7\u00e3o fina \u00e9 desnecess\u00e1ria em um jogo que conta com faixas como Emil \/ Sacrifice, Grandma <\/em>ou Song of the Ancients. <\/em>\u00c9 dif\u00edcil n\u00e3o se emocionar quando nosso pr\u00f3prio corpo reage com calafrios.<\/p>\n\n\n\n

3) Ele nos lembra que, no grande esquema das coisas, somos insignificantes<\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"\"<\/figure><\/div>\n\n\n\n

Esse \u00e9 um ponto que o jogo tem em comum com sua sequel <\/em>\u2013 sobre a qual j\u00e1 escrevi no passado<\/a>. Ainda assim, n\u00e3o d\u00e1 para n\u00e3o mencion\u00e1-lo de novo. Replicant\/Gestalt, <\/em>afinal de contas, \u00e9 o tubo de ensaio onde a criatividade err\u00e1tica de Yoko teve a oportunidade de amadurecer na genialidade de Automata.<\/em><\/p>\n\n\n\n

Nier <\/em>nos sacode nas bases porque nos lembra que somos insignificantes. <\/strong>Para mudar o mundo, para perpetuar nossas comunidades \u2013 at\u00e9 mesmo, para salvar a nossa consci\u00eancia.<\/p>\n\n\n\n

Sim, n\u00f3s a\u00e7\u00f5es t\u00eam consequ\u00eancias. Algumas, como a explora\u00e7\u00e3o n\u00e3o-sustent\u00e1vel do meio-ambiente, podem bem trazer um apocalipse como o retratado pelo jogo.<\/p>\n\n\n\n

Por\u00e9m, mesmo a humanidade que perecer\u00e1 nesse cataclisma \u00e9 um \u00ednfimo segundo diante da eternidade do universo. Um dia morreremos. Um dia, todos que nos conheceram morreremos. Um dia, n\u00e3o existir\u00e1 mais sequer uma \u201cTerra\u201d para preservar as ru\u00ednas do que um dia fomos.<\/p>\n\n\n\n

Essa \u00e9 a linha mestra que une cada decis\u00e3o criativa do jogo. Nier luta para proteger a vida de uma irm\u00e3, sem se dar conta de que ela n\u00e3o est\u00e1 mais viva. Os \u00faltimos habitantes da Terra se esfor\u00e7am para preservar o que restou da civiliza\u00e7\u00e3o, sem se dar conta de que n\u00e3o s\u00e3o humanos e a verdadeira sociedade j\u00e1 h\u00e1 muito desapareceu.<\/p>\n\n\n\n

Todos os inimigos que derrotamos? Em v\u00e3o. Todos as armas que aprimoramos, os itens que colecionamos? In\u00fateis. Todas as pessoas que ajudamos? Meros replicantes, desprovidos de alma.<\/p>\n\n\n\n

No fundo, nada importa.<\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"\"<\/figure><\/div>\n\n\n\n

Esse pessimismo est\u00e1 longe de ser novidade. Poucos deram voz a ele melhor que Percy Shelley em Ozimandias<\/a><\/em> \u2013 um poema t\u00e3o querido pela cultura pop que influenciou de Watchmen <\/em>a Breaking Bad:<\/em><\/p>\n\n\n\n

Ao vir de antiga terra, disse-me um viajante:<\/em><\/p>

Duas pernas de pedra, enormes e sem corpo,<\/em><\/p>

Acham-se no deserto. E jaz, pouco distante,<\/em><\/p>

Afundando na areia, um rosto j\u00e1 quebrado,<\/em><\/p>

De l\u00e1bio desdenhoso, olhar frio e arrogante:<\/em><\/p>

Mostra esse aspecto que o escultor bem conhecia<\/em><\/p>

Quantas paix\u00f5es l\u00e1 sobrevivem, nos fragmentos,<\/em><\/p>

\u00c0 m\u00e3o que as imitava e ao peito que as nutria<\/em><\/p>

No pedestal estas palavras notareis:<\/em><\/p>

\u201cMeu nome \u00e9 Ozymandias, e sou Rei dos Reis:<\/em><\/p>

Desesperai, \u00f3 Grandes, vendo as minhas obras!\u201d<\/em><\/p>

Nada subsiste ali. Em torno \u00e0 derrocada<\/em><\/p>

Da ru\u00edna colossal, a areia ilimitada<\/em><\/p>

Se estende ao longe, rasa, nua, abandonada.<\/em><\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

\u00c9 um texto que poderia servir de epit\u00e1fio \u00e0 cidade de Fa\u00e7ade, mas que cai como uma luva \u00e0 vida de Nier e seus amigos. Nossas a\u00e7\u00f5es podem parecer relevantes no momento em que as tomamos. Por\u00e9m, nos quase 14 mil anos que separam Replicant <\/em>de Automata, <\/em>ser\u00e3o completamente esquecidas, como os obras de Ozimandias.<\/p>\n\n\n\n

E o game torce a faca nesse ponto, literalmente apagando nossos saves <\/strong>t\u00e3o cedo chegamos no final. \u00a0<\/p>\n\n\n\n

Mas \u00e9 justamente a\u00ed que a vers\u00e3o 1.22474487139…, como seu remake \u00e9 chamado, mostra a que veio.<\/p>\n\n\n\n

Seu novo ep\u00edlogo, in\u00e9dito no jogo original, deixa claro que a mesma insignific\u00e2ncia que nos condena pode ser nossa maior salva\u00e7\u00e3o.<\/p>\n\n\n\n

Se o futuro long\u00ednquo nos reserva apenas o vazio, estamos livres para construir nossa felicidade no aqui e no agora.<\/p>\n\n\n\n

Se a vida n\u00e3o tem sentido, cabe a n\u00f3s dar a ela o sentido que escolhermos.<\/p>\n\n\n\n

Se a marcha da hist\u00f3ria nos leva a um caminho sem fim, n\u00e3o h\u00e1 por que vivermos sob as amarras da tradi\u00e7\u00e3o, dos rancores, do passado.<\/p>\n\n\n\n

O rei de Fa\u00e7ade pode abandonar seu posto, sacrificando a vida em nome de Nier. Yonah pode ceder lugar a sua replicante, condenando \u00e0 morte toda a humanidade. E Kain\u00e9 pode abandonar o \u00f3dio que a alimentou desde a morte da av\u00f3, pois seu cora\u00e7\u00e3o finalmente descobriu algo mais forte.<\/p>\n\n\n\n

Um instante, conquanto ef\u00eamero, \u00a0em que ela sabe que est\u00e1 completa.<\/p>\n\n\n\n

\"\"<\/figure><\/div>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

Computadores podem te fazer chorar? Essa foi a pergunta de um an\u00fancio da Electronic Arts do in\u00edcio dos anos 1980, quando videogames ainda eram novidade. Hoje, numa \u00e9poca em que games est\u00e3o no acervo de museus e inspiram livros de poesia, \u00e9 d\u00edf\u00edcil acreditar que isso um dia gerou d\u00favida. Pergunte a um gamer se […]<\/p>\n","protected":false},"author":2,"featured_media":22874,"comment_status":"open","ping_status":"open","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"spay_email":"","jetpack_publicize_message":"","jetpack_is_tweetstorm":false},"categories":[580,21],"tags":[267,716,427,435],"jetpack_featured_media_url":"https:\/\/i1.wp.com\/www.finisgeekis.com\/wp-content\/uploads\/2021\/05\/20210526-nier-cover-2.jpg?fit=2000%2C1119&ssl=1","jetpack_publicize_connections":[],"jetpack_shortlink":"https:\/\/wp.me\/p9rUzW-5WK","_links":{"self":[{"href":"https:\/\/www.finisgeekis.com\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/22862"}],"collection":[{"href":"https:\/\/www.finisgeekis.com\/wp-json\/wp\/v2\/posts"}],"about":[{"href":"https:\/\/www.finisgeekis.com\/wp-json\/wp\/v2\/types\/post"}],"author":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/www.finisgeekis.com\/wp-json\/wp\/v2\/users\/2"}],"replies":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/www.finisgeekis.com\/wp-json\/wp\/v2\/comments?post=22862"}],"version-history":[{"count":4,"href":"https:\/\/www.finisgeekis.com\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/22862\/revisions"}],"predecessor-version":[{"id":22878,"href":"https:\/\/www.finisgeekis.com\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/22862\/revisions\/22878"}],"wp:featuredmedia":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/www.finisgeekis.com\/wp-json\/wp\/v2\/media\/22874"}],"wp:attachment":[{"href":"https:\/\/www.finisgeekis.com\/wp-json\/wp\/v2\/media?parent=22862"}],"wp:term":[{"taxonomy":"category","embeddable":true,"href":"https:\/\/www.finisgeekis.com\/wp-json\/wp\/v2\/categories?post=22862"},{"taxonomy":"post_tag","embeddable":true,"href":"https:\/\/www.finisgeekis.com\/wp-json\/wp\/v2\/tags?post=22862"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}}