Warning: Use of undefined constant CONCATENATE_SCRIPTS - assumed 'CONCATENATE_SCRIPTS' (this will throw an Error in a future version of PHP) in /home/finisgeekis/www/wp-config.php on line 98

Warning: Cannot modify header information - headers already sent by (output started at /home/finisgeekis/www/wp-config.php:98) in /home/finisgeekis/www/wp-includes/rest-api/class-wp-rest-server.php on line 1648

Warning: Cannot modify header information - headers already sent by (output started at /home/finisgeekis/www/wp-config.php:98) in /home/finisgeekis/www/wp-includes/rest-api/class-wp-rest-server.php on line 1648

Warning: Cannot modify header information - headers already sent by (output started at /home/finisgeekis/www/wp-config.php:98) in /home/finisgeekis/www/wp-includes/rest-api/class-wp-rest-server.php on line 1648

Warning: Cannot modify header information - headers already sent by (output started at /home/finisgeekis/www/wp-config.php:98) in /home/finisgeekis/www/wp-includes/rest-api/class-wp-rest-server.php on line 1648

Warning: Cannot modify header information - headers already sent by (output started at /home/finisgeekis/www/wp-config.php:98) in /home/finisgeekis/www/wp-includes/rest-api/class-wp-rest-server.php on line 1648

Warning: Cannot modify header information - headers already sent by (output started at /home/finisgeekis/www/wp-config.php:98) in /home/finisgeekis/www/wp-includes/rest-api/class-wp-rest-server.php on line 1648

Warning: Cannot modify header information - headers already sent by (output started at /home/finisgeekis/www/wp-config.php:98) in /home/finisgeekis/www/wp-includes/rest-api/class-wp-rest-server.php on line 1648

Warning: Cannot modify header information - headers already sent by (output started at /home/finisgeekis/www/wp-config.php:98) in /home/finisgeekis/www/wp-includes/rest-api/class-wp-rest-server.php on line 1648
{"id":22174,"date":"2020-02-10T16:48:47","date_gmt":"2020-02-10T19:48:47","guid":{"rendered":"http:\/\/www.finisgeekis.com\/?p=22174"},"modified":"2021-04-13T11:58:43","modified_gmt":"2021-04-13T14:58:43","slug":"to-your-eternity-e-uma-resposta-a-pergunta-que-move-a-humanidade","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/www.finisgeekis.com\/2020\/02\/10\/to-your-eternity-e-uma-resposta-a-pergunta-que-move-a-humanidade\/","title":{"rendered":"“To Your Eternity” \u00e9 uma resposta \u00e0 pergunta que move a humanidade"},"content":{"rendered":"

Quando li\u00a0To Your Eternity <\/em>pela primeira vez, nada me surpreendeu mais que saber que vinha da mesma pena que nos trouxe\u00a0A Voz do Sil\u00eancio<\/a>. <\/em><\/p>\n

O que levaria a autora de um mang\u00e1 intimista sobre bullying decidir continuar seu sucesso com uma saga sobre o destino da humanidade e o sentido da vida? Em que momento, durante a cria\u00e7\u00e3o de sua f\u00e1bula escolar, Yoshitoki Ooima<\/a> entendeu que apenas um \u00e9pico dessa escala seria capaz de dar conta das hist\u00f3rias a que ela precisava dar vida?<\/p>\n

A resposta, provavelmente, apenas Ooima sabe. Mas sua \u00faltima obra traz algumas pistas. Em publica\u00e7\u00e3o desde 2016,\u00a0To Your Eternity<\/em> \u00e9 o melhor trabalho de sua carreira, um dos melhores mang\u00e1s dos \u00faltimos quatro anos; possivelmente, um dos enredos mais ambiciosos na hist\u00f3ria da m\u00eddia.<\/p>\n

Com uma adapta\u00e7\u00e3o \u00e0s telas confirmada para outubro, n\u00e3o h\u00e1 momento melhor para explorarmos o que torna esse \u00e9pico t\u00e3o especial.<\/p>\n

<\/p>\n

\u00c0 voc\u00ea, o imortal<\/strong><\/h3>\n

\"\"<\/p>\n

Como indica o t\u00edtulo, To Your Eternity\u00a0<\/em>(tamb\u00e9m conhecido como\u00a0Fumetsu no Anata e\u00a0<\/em>ou\u00a0To You, the Immortal<\/em>)\u00a0\u00a0\u00e9 uma obra sobre algu\u00e9m incapaz de morrer. \u00c9, tamb\u00e9m, uma hist\u00f3ria sobre muitos que de fato morrem: velhos e jovens, impulsivos e precavidos, inocentes e bandidos, entes amados e desconhecidos. \u00c9 uma hist\u00f3ria sobre as medidas desesperadas \u2013 e nem sempre bem-sucedidas \u2013 com que tentamos nos agarrar \u00e0 vida. E sobre o sentido que podemos – ou n\u00e3o – dar a estas trag\u00e9dias.<\/p>\n

\"\"<\/p>\n

Nosso protagonista \u00e9 uma consci\u00eancia sem corpo ou origem definidos, que desce \u00e0 Terra e depara-se com um cachorro morto. Sem completamente entender seus poderes, ele se transforma no animal, e, com o sopro da vida, vem tamb\u00e9m a curiosidade para entender sua condi\u00e7\u00e3o. Ele \u00e9 encontrado pelo dono do cachorro, um garoto cujo sonho \u00e9 abandonar a fronteira e conhecer a civiliza\u00e7\u00e3o.<\/p>\n

Um acidente tolhe sua vida pouco depois de se conhecerem. T\u00e3o cedo ele morre, a consci\u00eancia se transforma no garoto – e, com ela, herda ainda mais sentimentos e experi\u00eancias que n\u00e3o entende. N\u00e3o demora para que seja encontrado por outros humanos, que v\u00eaem na entidade imortal um mist\u00e9rio t\u00e3o fascinante quanto \u00e9, para ele, o mundo efusivo, complexo e cruel que o rodeia.<\/p>\n

\"\"<\/p>\n

As pessoas que encontra lhe d\u00e3o um nome – Fushi (japon\u00eas para “imortal” ou “morto-vivo”) – e o ensinam, lentamente, a se comunicar. Conforme o tempo passa, Fushi tamb\u00e9m descobre a verdadeira natureza de seus poderes. Ele \u00e9 capaz de adquirir o corpo de qualquer humano ou animal desde que seu dono original tenha morrido.<\/p>\n

De corpo em corpo e encontro em encontro, Fushi passa de um Kaspar Hauser<\/a> perdido num mundo de fantasia a membro de uma de uma fam\u00edlia adotiva, prisioneiro e refugiado, at\u00e9 se tornar piv\u00f4 de uma guerra religiosa que mudar\u00e1 para sempre o destino do mundo.<\/p>\n

\"\"<\/p>\n

Como uma premissa como essa, n\u00e3o \u00e9 preciso dizer que o mang\u00e1 de Ooima \u00e9 um melodrama capaz de fazer marmanj\u00f5es chorarem. Hist\u00f3rias sobre imortais<\/a> invariavelmente terminam em trag\u00e9dia, pois seus protagonistas est\u00e3o confinados a duas sinas. Primeiro, a de testemunhar a morte de todas as pessoas que ama. Segundo, a de saber que todas as vidas do mundo n\u00e3o seriam capazes de aliviar sua solid\u00e3o.<\/p>\n

Quando se vive para sempre, a apatia \u00e9 o \u00fanico futuro que nos resta.<\/p>\n

\"\"<\/p>\n

Diferentemente dessas hist\u00f3rias, a trag\u00e9dia de\u00a0To Your Eternity<\/em> nada tem a ver com a imortalidade de seu protagonista. Num cruel golpe de ironia, as pessoas que Fushi aprende a amar n\u00e3o morrem de velhice, mas no auge de sua juventude – \u00e0s vezes, antes disto.<\/p>\n

Morrem porque se acidentam, adoecem ou s\u00e3o assassinadas por seus pares. Morrem porque seu mundo \u00e9 impiedoso, arbitr\u00e1rio ou, \u00e0s vezes, apenas imprevis\u00edvel. Para o bem e para o mal, morrem porque seu mundo \u00e9 um mundo como o nosso.<\/p>\n

Um sentido para a vida<\/h3>\n

\"\"<\/p>\n

Que sentido tirar de toda essa dor \u00e9 uma ang\u00fastia que aflige Fushi desde o momento em que aprende a formul\u00e1-la.<\/p>\n

Cedo na hist\u00f3ria, Fushi \u00e9 visitado por uma presen\u00e7a misteriosa que se diz seu criador. Esse “Homem de Preto”, como \u00e9 chamado pelas outras personagens, diz que sua miss\u00e3o \u00e9 proteger o mundo enfrentando os\u00a0nokkers,\u00a0<\/em>estranhas criaturas que parecem tumores dotados de vida pr\u00f3pria.<\/p>\n

\"\"<\/p>\n

O que, exatamente, \u00e9 esperado que ele fa\u00e7a n\u00e3o \u00e9 t\u00e3o claro, sobretudo porque os\u00a0nokkers\u00a0<\/em>ficam mais poderosos conforme ele pr\u00f3prio amadurece. Tudo o que seu criador revela \u00e9 que precisa \u201cadquirir informa\u00e7\u00e3o\u201d.\u00a0 Ao assumir a forma daqueles que morreram, Fushi aprende a ver o mundo com os seus olhos e amplia seu entendimento sobre a experi\u00eancia humana.<\/p>\n

\u00c9 nesse entendimento, diz o Homem de Preto, que mora a salva\u00e7\u00e3o da humanidade.<\/p>\n

Esse habilidade inusitada faz de Fushi uma esp\u00e9cie de her\u00f3i com a empatia como superpoder. Assumir os corpos e pontos de vistas de outros permite que recorra a suas habilidades e talentos \u2013 poderes que, no mundo hostil em que viaja, mais de uma vez se provar\u00e3o a diferen\u00e7a entre a vit\u00f3ria e a derrota.<\/p>\n

\"\"<\/p>\n

A ironia n\u00e3o escapa a ele – nem a n\u00f3s, leitores. Fushi n\u00e3o tem la\u00e7os \u00e0 “humanidade”, apenas \u00e0s pessoas que encontra pelo caminho. Mas ele s\u00f3 \u00e9 capaz de colecionar poderes daqueles que morreram, o que significa que s\u00f3 pode contar com a for\u00e7a dos seus entes amados depois destes terem lhe deixado. E cada vez que usa seus poderes, \u00e9 lembrado de uma vida que tentou – e falhou – em proteger.<\/p>\n

\"\"<\/p>\n

Viver, para Fushi, significa colecionar as dores de todos os lutos que j\u00e1 choramos.<\/p>\n

\u201cA vida \u00e9 a arte do encontro, embora haja tanto desencontro pela vida\u201d, escreveu Vin\u00edcius de Moraes. No Samba da B\u00ean\u00e7\u00e3o<\/a>, era uma mensagem de esperan\u00e7a. Para Fushi, bem poderia ser uma maldi\u00e7\u00e3o.<\/p>\n

Da sala de aula \u00e0s portas do inferno<\/strong><\/h3>\n

\"\"<\/p>\n

\u00c9 na empatia de Fushi que\u00a0Ooima mais se aproxima de seu trabalho anterior,\u00a0A Voz do Sil\u00eancio.\u00a0<\/em><\/p>\n

Em alguns momentos, o paralelo entre as duas obras \u00e9 \u00f3bvio. \u00c9 o caso de Gugu, um garoto desfigurado por um acidente e for\u00e7ado a esconder o rosto sob uma m\u00e1scara de camale\u00e3o. O preconceito que sofre por ser diferente e sua jornada de auto-aceita\u00e7\u00e3o lembram o percurso de Shouko, a hero\u00edna surda de sua f\u00e1bula sobre\u00a0bullying.\u00a0<\/em><\/p>\n

\"\"<\/p>\n

Em outros, ele \u00e9 mais sutil. Jananda, uma col\u00f4nia penal isolada que involuiu a um inferno digno de O Senhor das Moscas<\/em><\/a>, \u00e9 uma vers\u00e3o exagerada da escola de seu mang\u00e1 anterior, onde alunos e professores uniam for\u00e7as para zombar dos mais fracos.<\/p>\n

Num ambiente que premia a viol\u00eancia, sem ningu\u00e9m que lhes ensine civilidade, \u00e9 quest\u00e3o de tempo at\u00e9 que seres humanos se \u00a0transformem em s\u00e1dicos opressores. Sejam eles gladiadores ou alunos do Fundamental; sejam suas crueldades chacinas ou brincadeiras de mal gosto.<\/p>\n

\"\"<\/p>\n

 <\/p>\n

A necessidade humana de ser tratado com bondade \u2013 e o desespero de n\u00e3o encontr\u00e1-la \u2013 parece ser um tema caro a Ooima. Em A Voz do Sil\u00eancio<\/em>, garantir que ela triunfe \u00e9 um trabalho que exige dois sacrif\u00edcios: do opressor, o remorso; da v\u00edtima, a generosidade de perdo\u00e1-lo.<\/p>\n

Em To Your Eternity<\/em>, as coisas s\u00e3o mais complicadas. Fushi, pela sua pr\u00f3pria natureza, possui mais empatia que qualquer pessoa viva. Por outro lado, ter acesso ao cora\u00e7\u00e3o de v\u00e1rios indiv\u00edduos tamb\u00e9m faz dele menos <\/em>humano \u2013 e, portanto, menos capaz de entender os problemas que as pessoas, limitadas em sua exist\u00eancia, s\u00e3o incapazes de resolver.<\/p>\n

Parte do que torna afei\u00e7\u00f5es humanas t\u00e3o preciosas \u00e9 o fato de que ela s\u00e3o especiais. N\u00e3o amamos uma crian\u00e7a qualquer como nossa filha. N\u00e3o fazemos a desconhecidos os sacrif\u00edcios que dedicamos \u00e0 nossa alma g\u00eamea.<\/p>\n

Desta injusti\u00e7a inevit\u00e1vel vem boa parte dos nossos defeitos \u2013 e, tamb\u00e9m, aquilo que nos faz humanos. Humanidade de que os amigos de Fushi sentem falta ao notar que ele, na medida em que cresce em poder, torna-se tamb\u00e9m mais frio e distante.<\/p>\n

 <\/p>\n

\"\"<\/p>\n

Uma entidade como ele, quase onisciente, teria mesmo o direito de\u00a0“salvar” a sociedade humana, como manda seu criador?<\/p>\n

Death Parade<\/a>, <\/em>outro anime sobre nossa rela\u00e7\u00e3o com a morte, respondeu que n\u00e3o. Apenas um mortal \u00e9 capaz de entender os erros de outro mortal \u2013 e os defeitos que levaram a eles. Mesmo que uma tal intelig\u00eancia seja capaz de ver algo que n\u00e3o enxergamos, essa verdade escondida de nada nos importa se n\u00e3o fizer sentido na realidade f\u00edsica, finita e imperfeita em que somos obrigados a viver.<\/p>\n

Se a trama do mundo for nada mais que um grande domin\u00f3 c\u00f3smico, imprevis\u00edvel, incontrol\u00e1vel, ent\u00e3o n\u00e3o h\u00e1 porque nos preocuparmos com ela. A morte t\u00e9rmica do universo n\u00e3o \u00e9 um problema de que somos respons\u00e1veis. A crueldade do pr\u00f3ximo \u00e9.<\/p>\n

Fushi discorda. Ele acredita que suas a\u00e7\u00f5es podem, sim, ajudar as pessoas. Aqueles que recebem sua gra\u00e7a, por\u00e9m, nem sempre concordam. Em dado momento, uma mulher recusa violentamente uma oferta de esmola, argumentando que n\u00e3o quer ser controlada.<\/p>\n

\"\"<\/p>\n

O problema ganha uma dimens\u00e3o literal quando descobrimos que os nokkers <\/em>usam os sentimentos para rastrear pessoas. Sentir tudo, neste sentido, significa saber de tudo, o que torna Fushi um Big Brother em potencial, capaz de oprimir os mortais como o Deus do Antigo Testamento.<\/p>\n

As coisas se complicam ainda mais quando os nokkers <\/em>revelam que eles, tamb\u00e9m, pretendem salvar a humanidade \u2013 n\u00e3o da morte, mas das agruras da vida terrena. Apenas ao morrer nossas almas poder\u00e3o ser livres dos sofrimentos do mundo real.<\/p>\n

\"\"<\/p>\n

N\u00e3o \u00e9 preciso muito para interpretar esse conflito como uma met\u00e1fora entre duas vis\u00f5es de mundo. Uma focada em aproveitar ao m\u00e1ximo<\/a> nosso breve tempo sobre a Terra. Outra, em nos libertarmos da dor e do desejo<\/a>, para que nossa morte \u2013 quando vier \u2013 seja a mais tranquila poss\u00edvel.<\/p>\n

N\u00e3o \u00e9 preciso muito, tampouco, para enxergar a batalha entre Fushi e os nokkers <\/em>como uma d\u00favida que mora no cora\u00e7\u00e3o de todos os humanos. E que continuar\u00e1 a nos perturbar enquanto a humanidade existir.<\/p>\n

\"\"<\/p>\n

Poucos criadores, em qualquer m\u00eddia, s\u00e3o vers\u00e1teis a ponto de deixarem sua marca em v\u00e1rios g\u00eaneros diferentes. Se \u00edcones como Ozamu Tezuka e Stanley Kubrick adquiriram status de lenda n\u00e3o foi apenas por seus m\u00e9ritos t\u00e9cnicos, mas tamb\u00e9m porque ousaram fazer perguntas sobre a condi\u00e7\u00e3o humana que nenhuma divis\u00e3o editorial dava conta de responder.<\/p>\n

Com apenas trinta anos, Yoshitoki Ooima est\u00e1 apenas no in\u00edcio de sua carreira. O que apresentou at\u00e9 aqui, por\u00e9m, deixa claro que ela tem tudo para se unir aos grandes. Em\u00a0Mardock Scramble<\/a>,<\/em> em que participou como artista, ela mostrou ter a imagina\u00e7\u00e3o necess\u00e1ria para dar vida a um futuro ex\u00f3tico. Em\u00a0A Voz do Sil\u00eancio,\u00a0<\/em>a compaix\u00e3o para – literalmente – dar voz\u00a0 aos que sofrem sozinhos. Em\u00a0To Your Eternity,\u00a0<\/em>a coragem para abordar as grandes quest\u00f5es da filosofia – e a confian\u00e7a em seus leitores para que cheguem a suas pr\u00f3prias conclus\u00f5es.<\/p>\n

Alguns entre aqueles que Fushi encontra ao longo da sua jornada o apoiar\u00e3o, outros tentar\u00e3o det\u00ea-lo. Alguns batalhar\u00e3o pela vida terrena, por mais curta que ela seja; outros, pela promessa de um para\u00edso.\u00a0Outras ainda, como n\u00f3s, encontrar-se-\u00e3o no escuro, divididos entre o desejo de que a vida tenha um sentido e o medo de nunca encontr\u00e1-lo.<\/p>\n

Se To Your Eternity <\/em>traz alguma mensagem \u00e9 que a responsabilidade em encontrar esse sentido cabe a cada um de n\u00f3s. Mesmo que a conclus\u00e3o a que cheguemos \u00e9 a de que ela n\u00e3o precise de sentido algum.<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

Quando li\u00a0To Your Eternity pela primeira vez, nada me surpreendeu mais que saber que vinha da mesma pena que nos trouxe\u00a0A Voz do Sil\u00eancio. O que levaria a autora de um mang\u00e1 intimista sobre bullying decidir continuar seu sucesso com uma saga sobre o destino da humanidade e o sentido da vida? Em que momento, […]<\/p>\n","protected":false},"author":2,"featured_media":22182,"comment_status":"open","ping_status":"open","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"spay_email":"","jetpack_publicize_message":"","jetpack_is_tweetstorm":false},"categories":[580,577],"tags":[655,651,217,238,653,652,650,654],"jetpack_featured_media_url":"https:\/\/i1.wp.com\/www.finisgeekis.com\/wp-content\/uploads\/2020\/02\/20200210-cover-to-your-eternity.jpg?fit=2000%2C1415&ssl=1","jetpack_publicize_connections":[],"jetpack_shortlink":"https:\/\/wp.me\/p9rUzW-5LE","_links":{"self":[{"href":"https:\/\/www.finisgeekis.com\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/22174"}],"collection":[{"href":"https:\/\/www.finisgeekis.com\/wp-json\/wp\/v2\/posts"}],"about":[{"href":"https:\/\/www.finisgeekis.com\/wp-json\/wp\/v2\/types\/post"}],"author":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/www.finisgeekis.com\/wp-json\/wp\/v2\/users\/2"}],"replies":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/www.finisgeekis.com\/wp-json\/wp\/v2\/comments?post=22174"}],"version-history":[{"count":9,"href":"https:\/\/www.finisgeekis.com\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/22174\/revisions"}],"predecessor-version":[{"id":22776,"href":"https:\/\/www.finisgeekis.com\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/22174\/revisions\/22776"}],"wp:featuredmedia":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/www.finisgeekis.com\/wp-json\/wp\/v2\/media\/22182"}],"wp:attachment":[{"href":"https:\/\/www.finisgeekis.com\/wp-json\/wp\/v2\/media?parent=22174"}],"wp:term":[{"taxonomy":"category","embeddable":true,"href":"https:\/\/www.finisgeekis.com\/wp-json\/wp\/v2\/categories?post=22174"},{"taxonomy":"post_tag","embeddable":true,"href":"https:\/\/www.finisgeekis.com\/wp-json\/wp\/v2\/tags?post=22174"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}}