Warning: Use of undefined constant CONCATENATE_SCRIPTS - assumed 'CONCATENATE_SCRIPTS' (this will throw an Error in a future version of PHP) in /home/finisgeekis/www/wp-config.php on line 98

Warning: Cannot modify header information - headers already sent by (output started at /home/finisgeekis/www/wp-config.php:98) in /home/finisgeekis/www/wp-includes/rest-api/class-wp-rest-server.php on line 1648

Warning: Cannot modify header information - headers already sent by (output started at /home/finisgeekis/www/wp-config.php:98) in /home/finisgeekis/www/wp-includes/rest-api/class-wp-rest-server.php on line 1648

Warning: Cannot modify header information - headers already sent by (output started at /home/finisgeekis/www/wp-config.php:98) in /home/finisgeekis/www/wp-includes/rest-api/class-wp-rest-server.php on line 1648

Warning: Cannot modify header information - headers already sent by (output started at /home/finisgeekis/www/wp-config.php:98) in /home/finisgeekis/www/wp-includes/rest-api/class-wp-rest-server.php on line 1648

Warning: Cannot modify header information - headers already sent by (output started at /home/finisgeekis/www/wp-config.php:98) in /home/finisgeekis/www/wp-includes/rest-api/class-wp-rest-server.php on line 1648

Warning: Cannot modify header information - headers already sent by (output started at /home/finisgeekis/www/wp-config.php:98) in /home/finisgeekis/www/wp-includes/rest-api/class-wp-rest-server.php on line 1648

Warning: Cannot modify header information - headers already sent by (output started at /home/finisgeekis/www/wp-config.php:98) in /home/finisgeekis/www/wp-includes/rest-api/class-wp-rest-server.php on line 1648

Warning: Cannot modify header information - headers already sent by (output started at /home/finisgeekis/www/wp-config.php:98) in /home/finisgeekis/www/wp-includes/rest-api/class-wp-rest-server.php on line 1648
{"id":21663,"date":"2019-03-13T20:02:10","date_gmt":"2019-03-13T23:02:10","guid":{"rendered":"http:\/\/www.finisgeekis.com\/?p=21663"},"modified":"2020-08-25T16:48:05","modified_gmt":"2020-08-25T19:48:05","slug":"a-cidade-no-meio-da-noite-o-passado-nunca-vai-embora","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/www.finisgeekis.com\/2019\/03\/13\/a-cidade-no-meio-da-noite-o-passado-nunca-vai-embora\/","title":{"rendered":"“A Cidade no Meio da Noite”: o passado nunca vai embora"},"content":{"rendered":"

Dias atr\u00e1s, visitando a cidade de Belfast pela primeira vez, trombei com um mural que chamou minha aten\u00e7\u00e3o:<\/p>\n

<\/p>\n

\"\"<\/p>\n

Uma na\u00e7\u00e3o que mant\u00e9m um olho no passado \u00e9 s\u00e1bia. Uma na\u00e7\u00e3o que mant\u00e9m os dois olhos no passado \u00e9 cega.<\/em><\/p><\/blockquote>\n

A mensagem me fez parar e refletir. N\u00e3o s\u00f3 porque estava fundamentalmente certa. Nem porque refletia t\u00e3o bem a realidade de Belfast, cidade at\u00e9 hoje segregada<\/a> entre cat\u00f3licos e protestantes vinte anos depois do fim do terrorismo<\/a>.<\/p>\n

Mas porque foi o naco de sabedoria que me faltava para entender o final de A Cidade no Meio da Noite. <\/em>Um dos livros mais surpreendentes, criativos e emocionalmente poderosos que li nos \u00faltimos anos.\u00a0\"\"<\/p>\n

\"\"<\/p>\n

A hist\u00f3ria vem da pena de Charlie Jane Anders, cujo romance anterior, Todos os P\u00e1ssaros no C\u00e9u<\/a>, <\/em>diz tudo o que voc\u00ea precisa saber sobre a autora.<\/p>\n

Desafiando as fronteiras entre fantasia e fic\u00e7\u00e3o cient\u00edfica, alta literatura e fic\u00e7\u00e3o de g\u00eanero, o livro \u00e9 uma f\u00e1bula sobre a nature vs nurture<\/em> \u2013 o duelo entre a \u201ccultura\u201d e a \u201cnatureza\u201d humanas\u201d \u2013 para dar inveja a qualquer fil\u00f3sofo.<\/p>\n

Que Anders tenha encontrado algo novo a dizer sobre um tema quase t\u00e3o antigo quanto a pr\u00f3pria escrita \u00e9 um feito em si. Que o tenha feito com bom humor e uma prosa irretoc\u00e1vel a cimenta como uma das grandes escritoras da atualidade.<\/p>\n

Um futuro sombrio<\/h3>\n
\"\"

Representa\u00e7\u00e3o art\u00edstica de um planeta em rota\u00e7\u00e3o sincronizada. Fonte.<\/a><\/p><\/div>\n

A Cidade no Meio da Noite <\/em>\u00e9 uma hist\u00f3ria mais complexa que seu romance de estreia – e quase t\u00e3o sombria quanto seu t\u00edtulo. Mesmo assim, ele transborda com o mesmo estilo irreverente que leitores da autora reconhecer\u00e3o de pronto.<\/p>\n

Sua trama se passa em um futuro poss\u00edvel em que a Terra foi exaurida, e a humanidade se lan\u00e7ou ao espa\u00e7o em busca de uma nova casa.<\/p>\n

O lar escolhido foi Janeiro, um planeta em rota\u00e7\u00e3o sincronizada<\/a> com sua estrela. Tal como a nossa Lua, uma de suas metades est\u00e1 permanentemente virada para o sol; a outra vive uma noite eterna.<\/p>\n

Incapazes de suportar o calor e a radia\u00e7\u00e3o, a humanidade se assenta no lado escuro de Janeiro, dividindo a noite com criaturas mort\u00edferas e um clima desolador.<\/p>\n

Xiosphant \u00e9 o nome da capital dessa nova Terra. De metr\u00f3pole gloriosa, ela eventualmente sucumbe \u00e0 intriga e decad\u00eancia. A tecnologia que trouxe humanos a Janeiro \u00e9 perdida. Cada nova gera\u00e7\u00e3o sofre uma realidade mais dura que a anterior. Discord\u00e2ncias dividem os colonos, provocam conflitos e emigra\u00e7\u00f5es.<\/p>\n

Quando Anders come\u00e7a seu conto, esse mundo hipot\u00e9tico j\u00e1 se encontra \u00e0 beira da extin\u00e7\u00e3o. Presos em um futuro que deve mais a Mad Max <\/em>que a Star Trek, <\/em>o que resta da humanidade busca formas diferentes para se preservar.<\/p>\n

Para Xiosphant, \u00e9 o respeito \u00e0s tradi\u00e7\u00f5es e \u00e0 mem\u00f3ria dos primeiros pioneiros. Sua sociedade funciona com a precis\u00e3o de um rel\u00f3gio, seus cidad\u00e3os estrangulados por mais regras do que s\u00e3o capazes de lembrar.<\/p>\n

\"\"

Muralhas da “Paz” em Belfast, separando bairros cat\u00f3licos e protestantes. Fonte<\/a><\/p><\/div>\n

H\u00e1 uma moeda diferente para cada tipo de produto, um hor\u00e1rio para cada atividade, um pronome para cada profiss\u00e3o e status social. Os costumes s\u00e3o r\u00edgidos, a lei implac\u00e1vel.<\/p>\n

Seus bairros s\u00e3o segregados entre os cl\u00e3s\u00a0 da antiga Terra, mas \u00e9 proibido falar sobre isso. A cola social de Xiosphant \u00e9 um forte senso de identidade c\u00edvica. Para se tornar Xiosphantiano, \u00e9 preciso abandonar suas lealdades, sua ra\u00e7a, at\u00e9 mesmo suas origens.<\/p>\n

Qualquer semelhan\u00e7a com os Estados Unidos, divididos entre uma ideologia individualista e coletivismos identit\u00e1rios, n\u00e3o \u00e9 mera coincid\u00eancia.<\/p>\n

Tudo em Xiosphant \u00e9 planejado para nos fazer cientes da passagem do tempo, dos calend\u00e1rios ao subir e descer das barreiras solares aos sinos que tocam por toda a cidade. Todo mundo sempre fala sobre Pontualismo, que pode ser simples – tipo, chegar em casa para o jantar antes deles soarem o \u00faltimo toque antes das barreiras e o come\u00e7o de outro ciclo. Ou podia ser profundo: tipo, voc\u00ea se depara com um espelho e descobre que seu rosto mudou de forma, e de uma s\u00f3 vez voc\u00ea parece uma mulher em vez de uma crian\u00e7a.<\/em><\/p><\/blockquote>\n

Seu oposto \u00e9 Argelo, uma utopia libert\u00e1ria t\u00e3o isenta de regras que n\u00e3o possui sequer consenso sobre como contar as horas. Nas suas ruas, tudo \u00e9 permitido, das festas mais endiabradas \u00e0s crueldades mais indiz\u00edveis.<\/p>\n

Cada cidad\u00e3o \u00e9 livre para assumir a sua identidade. A contrapartida \u00e9 uma cidade em p\u00e9 de guerra, em que nove gangues se encaram em uma guerra fria, a uma fagulha da destrui\u00e7\u00e3o m\u00fatua.<\/p>\n

\u201cAs pessoas de Argelo n\u00e3o tinham como perceber a passagem do tempo, mas sabiam uma por\u00e7\u00e3o de jeitos de falar sobre o arrependimento. Um milh\u00e3o de frases para descrever o que poderia ter acontecido, o que voc\u00ea poderia ter feito. […] Os argelianos tinham transformado chorar pelo leite derramado em uma forma de arte, mas n\u00e3o podiam dizer com nenhuma precis\u00e3o quando que cada uma dessas portas havia sido fechada.\u201d <\/em><\/p><\/blockquote>\n

Qual caminho \u00e9 o correto? Qual distopia \u00e9 prefer\u00edvel? Anders nunca nos diz, e n\u00e3o temos motivos para acreditar que ela mesma saiba a resposta. \u201cDentro de uma cidade, voc\u00ea s\u00f3 pode andar em c\u00edrculos\u201d ela escreve.<\/p>\n

Tenho certeza de que \u00e9 uma sensa\u00e7\u00e3o que os habitantes de Belfast, divididos como s\u00e3o entre ser cat\u00f3licos ou protestantes, unionistas ou separatistas, europeus ou brit\u00e2nicos, conhecem muito bem.<\/p>\n

Um passado que n\u00e3o vai embora<\/h3>\n
\"\"

Mural republicano em Belfast. Fonte<\/a><\/p><\/div>\n

O bin\u00f4mio ordem e caos \u00e9 um assunto caro a Anders, embora aqui seja desenvolvido de uma maneira apenas arranhada pelos seus trabalhos anteriores.<\/p>\n

O conflito \u00e9 abordado pelos olhos de duas mulheres. Ambas vivem \u00e0s margens da sociedade por motivos bem diferentes. Ambas, por raz\u00f5es ainda mais inesperadas, ajudar\u00e3o a escrever o futuro de seu mundo.<\/p>\n

A primeira \u00e9 Sophie. uma garota de Xiosphant enquadrada pela pol\u00edcia por um crime que n\u00e3o cometeu. Condenada a vagar noite afora at\u00e9 morrer, ela \u00e9 encontrada por nativos de Janeiro que a acolhem como um dos seus.<\/p>\n

Tais alien\u00edgenas possuem o dom de acessar a mem\u00f3ria daqueles que tocam – e faz\u00ea-los sentir qualquer mem\u00f3ria que j\u00e1 tenham experimentado. S\u00e3o as criaturas emp\u00e1ticas por natureza, unidas por uma comunica\u00e7\u00e3o perfeita, imune a divis\u00f5es.<\/p>\n

Sophie v\u00ea nelas um ant\u00eddoto para a mesquinhez humana. Os alien\u00edgenas, contudo, parecem ter planos mais ambiciosos. Os humanos, ansiosos para recrut\u00e1-los em suas pr\u00f3prias lutas, tamb\u00e9m.<\/p>\n

Quando mais Sophie busca o compromisso, mais as coisas parecem degringolar para a viol\u00eancia. A conclus\u00e3o do dilema, mencionada apenas no “pref\u00e1cio” do livro- um depoimento atribu\u00eddo a um historiador do futuro – merece ser relida ap\u00f3s o final do romance.<\/p>\n

A segunda protagonista \u00e9 “Boca”, apelido de uma contrabandista que trafica produtos entre Xiosphant e Argelo. Boca \u00e9 membro de uma etnia de n\u00f4mades conhecidos como Os Cidad\u00e3os, misteriosamente trucidados antes que pudessem lhes dar um nome verdadeiro.<\/p>\n

Boca \u00e9 obcecada por sua origem e faz o poss\u00edvel (e o imposs\u00edvel) para honrar a mem\u00f3ria de seu povo. Por\u00e9m, quanto mais perambula por seu mundo condenado, mais certezas t\u00eam de que tudo o que sabe sobre ele n\u00e3o passa de uma mentira.<\/p>\n

Eu fico sempre pensando que j\u00e1 perdi toda a minha f\u00e9, e ent\u00e3o eu perco mais f\u00e9 que eu nem sabia que eu tinha.<\/em><\/p><\/blockquote>\n

\"\"

A escritora Charlie Jane Anders<\/p><\/div>\n

Anders j\u00e1 foi considerada a nova Ursula Le Guin, e a compara\u00e7\u00e3o n\u00e3o poderia ser mais justa. Tal como a autora de A M\u00e3o Esquerda da Escurid\u00e3o, <\/em>sua prosa \u00e9 inventiva, humana e formalmente ousada.<\/p>\n

Os cap\u00edtulos de Boca s\u00e3o escritos no passado em terceira pessoa, enquanto que os de Sophie, no presente em primeira. O resultado \u00e9 uma narrativa atordoante, t\u00e3o in\u00f3spita quanto seu planeta sem luz, que reflete o descompasso entre suas hero\u00ednas.<\/p>\n

Sophie \u00e9 uma forasteira em sua pr\u00f3pria casa, sem um passado a que voltar. Tal como a prosa de seus cap\u00edtulos, ela vive um dia por vez, fugindo de cada novo perigo para o abrigo mais pr\u00f3ximo.<\/p>\n

Boca \u00e9 uma veterana em fim de carreira, obcecada pelo fardo de ser a \u00faltima dos Cidad\u00e3os. Ela vive de remoer o passado, at\u00e9 entender que a tradi\u00e7\u00e3o que lhe serve de \u00e2ncora \u00e9 o mesmo peso que a levar\u00e1 para o fundo.<\/p>\n

Bianca havia me convencido de que o mundo podia come\u00e7ar todo de novo, sem as amarras e o peso de tudo o que aconteceu antes de termos nascido. Mas agora n\u00f3s estamos mais velhas, e ela ainda n\u00e3o consegue aceitar que alguns fardos s\u00e3o inquebrant\u00e1veis, fundidos \u00e0 pele, n\u00e3o importa quanto voc\u00ea tente transform\u00e1-los em assuntos n\u00e3o resolvidos. E eu estou com medo de que ela vai destruir a n\u00f3s duas.<\/em><\/p><\/blockquote>\n

A f\u00e1bula de Anders \u00e9 ao mesmo tempo profunda, hil\u00e1ria e bela, num equil\u00edbrio t\u00e3o perfeito que chega a apavorar.<\/p>\n

Anders diz nos agradecimentos que escrever o romance \u201cfoi como cambalear em uma escurid\u00e3o total\u201d. O livro n\u00e3o d\u00e1 raz\u00e3o para duvidar. Suas frases, cada uma digna de estampar uma camiseta, s\u00e3o t\u00e3o dolorosas que s\u00f3 podem ser sinceras.<\/p>\n

Seu estilo \u00e9 po\u00e9tico, figurativo em alguns momentos (\u201co medo constru\u00eda uma casa dentro dela, uma que tinha janelas demais\u201d), naturalista em outros (\u201cBoca falou at\u00e9 sentir o gosto de sal e bile.\u201d; )<\/p>\n

\u201cHerman sempre diz que um momento perfeito de beleza pode durar para sempre. Mas talvez alguns momentos s\u00e3o t\u00e3o feios que eles tamb\u00e9m nunca terminam.\u201d Ao longo das 368 p\u00e1ginas, lemos exemplos numerosos de ambos.<\/p>\n

Desbravando meu caminho por A Cidade no Meio da Noite<\/em>, tive dificuldade para entender sobre o que, realmente, o livro \u00e9. Uma alegoria sobre progressistas e conservadores? A vontade de seguir errando e a relut\u00e2ncia em consertar os erros, como uma vez disse um grande pensador<\/a>?<\/p>\n

A import\u00e2ncia de ver o tempo como um \u201clibertador\u201d, n\u00e3o uma “pris\u00e3o”, como diz certa personagem? Ou de aprender a fazer as pazes com o que temos, pois \u201ca \u00fanica coisa que nunca desaparece \u00e9 o passado?\u201d<\/p>\n

Talvez seja sobre todas essas coisas, talvez sobre nenhuma delas. \u201cEsse \u00e9 o problema das as grandes teorias sociais\u201d diz outra de suas personagens \u201cElas quebram se voc\u00ea coloca peso demais sobre delas.”<\/p>\n

Os habitantes de Belfast, esmagados entre um futuro sombrio e um passado que n\u00e3o vai embora, n\u00e3o poderiam dizer melhor.<\/p>\n

\"\"

Fonte da imagem<\/a><\/p><\/div>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

Dias atr\u00e1s, visitando a cidade de Belfast pela primeira vez, trombei com um mural que chamou minha aten\u00e7\u00e3o:<\/p>\n","protected":false},"author":2,"featured_media":21669,"comment_status":"open","ping_status":"open","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"spay_email":"","jetpack_publicize_message":"","jetpack_is_tweetstorm":false},"categories":[580,17],"tags":[586,134,226,587],"jetpack_featured_media_url":"https:\/\/i2.wp.com\/www.finisgeekis.com\/wp-content\/uploads\/2019\/03\/city-night-cover-2.jpg?fit=579%2C427&ssl=1","jetpack_publicize_connections":[],"jetpack_shortlink":"https:\/\/wp.me\/p9rUzW-5Dp","_links":{"self":[{"href":"https:\/\/www.finisgeekis.com\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/21663"}],"collection":[{"href":"https:\/\/www.finisgeekis.com\/wp-json\/wp\/v2\/posts"}],"about":[{"href":"https:\/\/www.finisgeekis.com\/wp-json\/wp\/v2\/types\/post"}],"author":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/www.finisgeekis.com\/wp-json\/wp\/v2\/users\/2"}],"replies":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/www.finisgeekis.com\/wp-json\/wp\/v2\/comments?post=21663"}],"version-history":[{"count":7,"href":"https:\/\/www.finisgeekis.com\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/21663\/revisions"}],"predecessor-version":[{"id":22366,"href":"https:\/\/www.finisgeekis.com\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/21663\/revisions\/22366"}],"wp:featuredmedia":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/www.finisgeekis.com\/wp-json\/wp\/v2\/media\/21669"}],"wp:attachment":[{"href":"https:\/\/www.finisgeekis.com\/wp-json\/wp\/v2\/media?parent=21663"}],"wp:term":[{"taxonomy":"category","embeddable":true,"href":"https:\/\/www.finisgeekis.com\/wp-json\/wp\/v2\/categories?post=21663"},{"taxonomy":"post_tag","embeddable":true,"href":"https:\/\/www.finisgeekis.com\/wp-json\/wp\/v2\/tags?post=21663"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}}