Fallen London <\/em><\/a>(n\u00e9 Echo Bazaar<\/em>), criado pela Failbetter Games, <\/em>\u00a0\u00e9 o melhor game de browser <\/em>que j\u00e1 joguei na vida. Com ecos de Neverwhere<\/a>, <\/em>o jogo nos leva a uma Londres alternativa enterrada no centro da Terra, onde beefeaters <\/em><\/a>londrinos dividem espa\u00e7o com traficantes de almas, embaixadores demon\u00edacos e aberra\u00e7\u00f5es lovecraftianas.<\/p>\n <\/p>\n <\/p>\n Contanto com nada al\u00e9m de mec\u00e2nicas simples de card game<\/em>, o jogo se tornou uma das experi\u00eancias mais ousadas (e bem-sucedidas) de storytelling <\/em>na m\u00eddia.<\/p>\n O sucesso levou a um spin-off<\/em>, Sunless Seas<\/a>, <\/em>sobre um grupo de exploradores fazendo fortuna nos oceanos do submundo. E uma sequel <\/em><\/a>(ainda em early access<\/em>) que leva a f\u00f3rmula ao espa\u00e7o sideral.<\/p>\n Mesmo assim, havia algo de m\u00e1gico em Fallen London <\/em>que escapou a seus sucessores mais tradicionais. Infelizmente, a estrutura engessada dos jogos de browser, com seus limites de a\u00e7\u00e3o e microtransa\u00e7\u00f5es, impediam que o game al\u00e7asse v\u00f4o.<\/p>\n Com Cultist Simulator<\/em>, projeto pessoal de Alexis Kennedy, ex-CEO da Failbetter<\/em>, o obst\u00e1culo finalmente foi removido. \u00a0<\/em><\/p>\n <\/p>\n Como seu t\u00edtulo entrega, ele \u00e9 um de tantos simuladores que nos permitem brincar de outras profiss\u00f5es. Nesse caso, por\u00e9m, de uma profiss\u00e3o inusitada: o l\u00edder de uma seita na virada do s\u00e9culo XX.<\/strong><\/p>\n Como fizeram Aleister Crowley<\/a>, criador da Thelema, ou Gerald Gardner<\/a>, fundador da Wicca, o jogador deve escolher princ\u00edpios fundadores, visitar bibliotecas obscuras e recrutar devotos. Tudo sob os olhos da Secretaria de Supress\u00e3o, que pode a qualquer momento prend\u00ea-lo por subvers\u00e3o.<\/p>\n Ao contr\u00e1rio da vida real, no entanto, o mundo de Cultist Simulator <\/em>\u00e9 de fato m\u00edstico \u2013 e suas for\u00e7as sinistras exigem oferendas n\u00e3o-metaf\u00f3ricas. Para conduzir nossa seita a um dos muitos cen\u00e1rios de vit\u00f3ria pode ser necess\u00e1rio sacrificar pessoas, invocar seres de outras dimens\u00f5es e viajar pelos labirintos do sonho.<\/p>\n <\/p>\n Cultist simulator <\/em>impressiona n\u00e3o s\u00f3 pela sua originalidade, mas pelo qu\u00e3o bem ele funciona como um card game<\/em>. Com um visual ainda mais minimalista que Fallen London<\/em>, ele se mostra n\u00e3o s\u00f3 um excelente RPG, mas uma verdadeira<\/strong> aula de game design. <\/strong><\/p>\n Em especial, em como evitar defeitos que est\u00e3o presentes desde os prim\u00f3rdios da m\u00eddia, mas que poucos criadores conseguem contornar:<\/p>\nMas, afinal, o que \u00e9\u00a0Cultist Simulator?<\/em><\/strong><\/h3>\n
1)\u00a0Vendor trash\u00a0<\/em>n\u00e3o \u00e9 um mal necess\u00e1rio<\/strong><\/h3>\n