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{"id":20201,"date":"2018-06-04T21:18:38","date_gmt":"2018-06-05T00:18:38","guid":{"rendered":"http:\/\/www.finisgeekis.com\/?p=20201"},"modified":"2019-02-24T10:17:55","modified_gmt":"2019-02-24T13:17:55","slug":"happy-sugar-life-ate-onde-voce-iria-para-sentir-se-vivo","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/www.finisgeekis.com\/2018\/06\/04\/happy-sugar-life-ate-onde-voce-iria-para-sentir-se-vivo\/","title":{"rendered":"“Happy Sugar Life”: at\u00e9 onde voc\u00ea iria para sentir-se vivo?"},"content":{"rendered":"

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Chiaroscuro\u00a0<\/em><\/a>\u00e9 uma t\u00e9cnica art\u00edstica que exagera o contraste entre luz e sombra. Fora da pintura, a palavra \u00e0s vezes \u00e9 usada para descrever hist\u00f3rias que misturam o belo com o feio, o inocente com o perverso, o bem com o mal.<\/p>\n

Animes e mang\u00e1s t\u00eam um gosto especial por esse recurso. Em especial, quando contrastam viol\u00eancia com personagens fofas. Pontos a mais se elas forem crian\u00e7as.<\/p>\n

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Elfen Lied\u00a0<\/em>e\u00a0Higurashi <\/em>o empregam para efeito de choque. Made in Abyss<\/em><\/a>, como medida da arbitrariedade da natureza. Madoka<\/em>, na reimagina\u00e7\u00e3o f\u00e1ustica<\/a> da moral de garotas m\u00e1gicas.<\/p>\n

Com\u00a0Mahou Shoujo Site<\/em><\/a>, esse\u00a0contraste chegou ao n\u00edvel\u00a0exploitation<\/em>\u00a0– para desespero de alguns cr\u00edticos<\/a>, que v\u00eam nele uma desculpa para o\u00a0<\/em>mau gosto e at\u00e9 misoginia.<\/p>\n

O destino parece sorrir (ou rosnar) a esses cr\u00edticos. Pois, logo ap\u00f3s\u00a0Mahou Shoujo Site<\/em>\u00a0receber uma adapta\u00e7\u00e3o, a temporada de ver\u00e3o 2018 incluir\u00e1 um lan\u00e7amento ainda mais pol\u00eamico.<\/p>\n

Happy Sugar Life<\/em>, cuja dubiedade est\u00e1 presente desde o t\u00edtulo, \u00e9 uma s\u00e9ries mais intrigantes (e depravadas) a ganhar as telas nos \u00faltimos tempos.<\/p>\n

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Escrito por Tomiyaki Kagisora, o mang\u00e1 nos apresenta Satou Matsuzaka, uma adolescente de olhos esbugalhados e um sorriso perfeito. T\u00e3o perfeito, na verdade, que suspeitamos que algo esteja errado.<\/p>\n

Satou \u00e9 conhecida como uma garota f\u00e1cil, migrando de parceiro a parceiro com o t\u00e9dio de quem muda canais de madrugada. Eventualmente, ela se encontra nos bra\u00e7os de uma garota. E descobre uma paz de esp\u00edrito que homem algum j\u00e1 lhe proporcionou.<\/p>\n

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Podia ser uma hist\u00f3ria sobre a descoberta da sexualidade, como tantas que j\u00e1 emocionaram leitores. N\u00e3o demora muito, por\u00e9m, para entendermos que se trata de tudo menos isso.<\/p>\n

Shio Kobe, objeto dos desejos de Satou, \u00e9 uma crian\u00e7a na primeira inf\u00e2ncia. Sua rela\u00e7\u00e3o n\u00e3o parece ter nada de abertamente sexual, mas at\u00e9 a\u00ed, tampouco os sorrisos melosos e vozes mansas de tantos ped\u00f3filos.<\/p>\n

Ao vermos Shio e Satou enla\u00e7adas em um abra\u00e7o, afundando no que parece ser um mar escuro, entendemos que sua rela\u00e7\u00e3o \u00e9 uma trag\u00e9dia anunciada, prestes a se deflagrar em nossas m\u00e3os.<\/p>\n

\"Resultado<\/p>\n

As verdades chegam aos poucos, em um passo que nos soa a um s\u00f3 tempo terrivelmente r\u00e1pido e dolorosamente lento.<\/p>\n

“Satou” (\u7802\u7cd6) \u00e9 japon\u00eas para a\u00e7\u00facar, que encontra eco no t\u00edtulo da s\u00e9rie e na paleta tutti-frutti<\/em> de seus pain\u00e9is. \u00a0Logo no primeiro cap\u00edtulo, no entanto, nos deparamos com cartazes de uma Shio desaparecida e sacos ensanguentados que presumimos serem corpos.<\/p>\n

\"\"\u00c9 a maneira como o mang\u00e1 nos conta que ultrapassamos uma linha. E que estamos fadados, tal como Alex de Laranja Mec\u00e2nica<\/em>, a olhar direto para o abismo.<\/p>\n

O mang\u00e1 j\u00e1 foi descrito como shoujo ai<\/em>, mas o que chama de \u201camor\u201d \u00e9 bem diferente do que f\u00e3s do g\u00eanero esperam. Na sua compuls\u00e3o, Sato se mostra uma vers\u00e3o feminina de Barba Azul,<\/a> com direito a um quarto de segredos ensanguentados.<\/p>\n

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Sato n\u00e3o deseja <\/strong>Shio mais do que a deseja apenas para si. <\/strong>O cativeiro \u00e9 o seu ninho de amor: a certeza reconfortante de que, em algum lugar da sua vida, h\u00e1 uma pessoa com olhos s\u00f3 para ela.<\/p>\n

Tal como Barba Azul, no entanto, n\u00e3o demora para que o segredo de Sato comece a escapar pelas frestas. Na medida em que suas esquisitices chamam a aten\u00e7\u00e3o daqueles a sua volta, a garota faz de tudo para preservar seu segredo.<\/p>\n

Por\u00e9m, a cada chantagem, fraude e po\u00e7a de sangue surge uma nova testemunha, um novo perigo a ser silenciado, uma nova linha a ser cruzada. De um “amor” doentio de in\u00edcio nasce a espiral viciosa de uma obsess\u00e3o.\"\"<\/p>\n

Como sua protagonista em sua cruzada doentia, n\u00f3s tamb\u00e9m passamos a ver o mundo como um campo minado. Novos personagens s\u00e3o amea\u00e7as em potencial, mas tamb\u00e9m retratos de uma vida destru\u00edda.<\/p>\n

Entre os parentes, amigos e conhecidos em seu entorno, encontramos v\u00edtimas de pedofilia, agress\u00e3o f\u00edsica, abandono familiar e tortura psicol\u00f3gica. Cada coadjuvante carrega seu pr\u00f3prio peso. Cada sorriso, um trauma dissimulado. Cada sombra, a amea\u00e7a de um novo predador.<\/p>\n

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Happy Sugar Life <\/em>vem na linha de um conjunto de s\u00e9ries sobre garotas<\/a> que n\u00e3o hesitam em torturar suas protagonistas. Ceda \u00e0s apar\u00eancias por sua conta e risco: o mang\u00e1, na verdade, tem pouco a ver com essas obras.<\/p>\n

Seus quadros s\u00e3o mais limpos que um quarto de hospital. Tal como uma cena do crime lavada por um psicopata, quase n\u00e3o h\u00e1 uma gota de sangue: apenas a insinua\u00e7\u00e3o de que algo est\u00e1 profundamente errado.<\/p>\n

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Nesse sentido, a vida de Sato tem menos de Mahou Shoujo Site <\/em>que do arco final de Oyasumi Punpun: <\/em>\u00a0um exame das emo\u00e7\u00f5es deturpadas de um grupo de jovens \u2013 e as consequ\u00eancias terr\u00edveis para suas vidas.<\/p>\n

Satou fala de seus parceiros com a casualidade de uma adolescente para quem o sexo n\u00e3o \u00e9 mais um mist\u00e9rio. \u00c9 uma imagem realista \u2013 e, tamb\u00e9m, uma lufada de ar fresco diante das virgens improv\u00e1veis e par\u00f3dias de Messalinas que povoam os mang\u00e1s.<\/p>\n

\u00c9, tamb\u00e9m, o retrato c\u00ednico de uma garota dopada contra seus pr\u00f3prios sentimentos.<\/p>\n

Em dada cena, por exemplo, n\u00f3s a vemos perseguida por uma admiradora. Sato a comprime contra os arm\u00e1rios em um beijo violento que nos choca mais que a pr\u00f3pria v\u00edtima. Depois de alguns minutos de amassos, convence-a a parar de segui-la.<\/p>\n

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Para Satou, seres humanos s\u00e3o obst\u00e1culos, e os gestos de afetos, ferramentas para contorn\u00e1-los.<\/p>\n

N\u00e3o demora para que nos perguntemos se o que sente por Shio n\u00e3o \u00e9 uma muleta parecida. E sua rela\u00e7\u00e3o, longe de \u201camor\u201d, um est\u00edmulo desesperado para dar sentido ao seu vazio.<\/p>\n

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“Amor \u2013 ou \u00e9 apenas o romance? \u2013 \u00e9 um alucin\u00f3geno. \u00c9 o tapete voador, o truque de corda. \u00c9 aquilo<\/em> no singular, e ningu\u00e9m que o v\u00ea \u2013 o que significa, \u00e9 \u00f3bvio, acreditar nele \u2013 pode esperar continuar o mesmo. […] Houve momentos, David, em que eu pensei que s\u00f3 aquilo, s\u00f3 o fato de voc\u00eas dois, n\u00e3o importa o que veio disso, mas apenas ver voc\u00eas dois e sentir o que voc\u00eas significavam um para o outro e saber que amor \u00e9 um estado de consci\u00eancia alterada foi mais do que eu podia honestamente absorver. E aquilo de certa forma destruiu minha vida.”<\/p>\n<\/blockquote>\n

O trecho vem de Amor sem Fim<\/em><\/a>, romance de Scott Spencer sobre um stalker <\/em>patol\u00f3gico e o objeto dos seus desejos.<\/p>\n

David, seu protagonista, tem muito em comum com a captora de Shio. Ele tamb\u00e9m ama uma garota e est\u00e1 disposto a tudo para fazer seu amor triunfar.<\/p>\n

Ao longo da sua jornada, n\u00f3s o vemos incendiando casas, provocando a morte de terceiros, destruindo sua fam\u00edlia, condenado \u00e0 cadeia e ao hosp\u00edcio. E, mesmo assim, n\u00e3o conseguimos deixar de torcer por ele.<\/p>\n

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O fasc\u00ednio pode ter menos a ver com essas hist\u00f3rias do que com n\u00f3s mesmos.<\/p>\n

A vida realiza sonhos, mas exige concess\u00f5es. O parceiro perfeito n\u00e3o existe, dizem as p\u00e1ginas de autoajuda. Melhor um p\u00e1ssaro na m\u00e3o do que dois voando. A mente \u00e9 seu pr\u00f3prio lugar<\/a> e em si mesma faz um inferno do c\u00e9u; um c\u00e9u do inferno.<\/p>\n

E mesmo assim, quem nunca quis mais? Quem nunca desejou viver um amor t\u00e3o fulminante, t\u00e3o completo, que ferve nosso sangue e vaporiza o bom senso? Quem nunca desejou viver<\/strong>\u00a0– e n\u00e3o apenas passar os dias, ainda que isto nos destrua ou destrua aqueles \u00e0 nossa volta?<\/p>\n

Mais: quem nunca cobi\u00e7ou isso dos outros? Quem nunca espiou um olhar entre amantes, um sorriso satisfeito, um beijo roubado e sussurrou entre os dentes: por que n\u00e3o comigo? <\/strong><\/p>\n

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“Se amor infinito fosse um sonho, seria um sonho que todos n\u00f3s sonhamos, muito mais que o sonho de n\u00e3o morrer ou de viajar pelo tempo, e se alguma coisa me separou n\u00e3o foram meus impulsos, mas minha teimosia, minha vontade de levar o sonho para al\u00e9m do que tinha sido decidido como seus limites sensatos, de declarar que este sonho n\u00e3o era um truque febril da mente, mas uma verdade pelo menos t\u00e3o real quanto aquela outra, mais escassa, mais infeliz ilus\u00e3o que chamamos de vida normal.”<\/em><\/p>\n<\/blockquote>\n

Happy Sugar Life<\/em>, como outras hist\u00f3rias similares, s\u00e3o \u00e0s vezes desmerecidas por glamorizarem a pervers\u00e3o. Elas barateiam o sofrimento, dizem os cr\u00edticos. Romantizam a viol\u00eancia, relativizam a moral.<\/p>\n

Eles n\u00e3o est\u00e3o errados, embora n\u00e3o da forma como imaginam. Pois a verdadeira pervers\u00e3o n\u00e3o \u00e9 o horror-B das maldades de Satou, mas o que est\u00e1 por tr\u00e1s. O que carrega de honesto, desesperado – e imperdo\u00e1vel.<\/p>\n

\u00c9 desejar sentir<\/em> t\u00e3o intensamente que n\u00e3o nos importamos com o qu\u00ea <\/em>venhamos a sentir.<\/p>\n

\u00c9 desejar sentir algo que fa\u00e7a o cotidiano parecer uma camisa de for\u00e7a, a ponto de odiarmos a sociedade, as outras pessoas, a pr\u00f3pria vida.<\/p>\n

Uma pervers\u00e3o t\u00e3o mais perigosa \u2013 e t\u00e3o mais sedutora \u2013 porque \u00e9 uma imagem de espelho de nossos sentimentos mais nobres.<\/p>\n

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Chiaroscuro\u00a0\u00e9 uma t\u00e9cnica art\u00edstica que exagera o contraste entre luz e sombra. Fora da pintura, a palavra \u00e0s vezes \u00e9 usada para descrever hist\u00f3rias que misturam o belo com o feio, o inocente com o perverso, o bem com o mal. Animes e mang\u00e1s t\u00eam um gosto especial por esse recurso. Em especial, quando contrastam […]<\/p>\n","protected":false},"author":2,"featured_media":20202,"comment_status":"open","ping_status":"open","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"spay_email":"","jetpack_publicize_message":"","jetpack_is_tweetstorm":false},"categories":[580,577],"tags":[41,478,226,238,347],"jetpack_featured_media_url":"https:\/\/i1.wp.com\/www.finisgeekis.com\/wp-content\/uploads\/2018\/06\/happy-sugar-life-cover.jpg?fit=1800%2C1152&ssl=1","jetpack_publicize_connections":[],"jetpack_shortlink":"https:\/\/wp.me\/p9rUzW-5fP","_links":{"self":[{"href":"https:\/\/www.finisgeekis.com\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/20201"}],"collection":[{"href":"https:\/\/www.finisgeekis.com\/wp-json\/wp\/v2\/posts"}],"about":[{"href":"https:\/\/www.finisgeekis.com\/wp-json\/wp\/v2\/types\/post"}],"author":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/www.finisgeekis.com\/wp-json\/wp\/v2\/users\/2"}],"replies":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/www.finisgeekis.com\/wp-json\/wp\/v2\/comments?post=20201"}],"version-history":[{"count":12,"href":"https:\/\/www.finisgeekis.com\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/20201\/revisions"}],"predecessor-version":[{"id":21076,"href":"https:\/\/www.finisgeekis.com\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/20201\/revisions\/21076"}],"wp:featuredmedia":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/www.finisgeekis.com\/wp-json\/wp\/v2\/media\/20202"}],"wp:attachment":[{"href":"https:\/\/www.finisgeekis.com\/wp-json\/wp\/v2\/media?parent=20201"}],"wp:term":[{"taxonomy":"category","embeddable":true,"href":"https:\/\/www.finisgeekis.com\/wp-json\/wp\/v2\/categories?post=20201"},{"taxonomy":"post_tag","embeddable":true,"href":"https:\/\/www.finisgeekis.com\/wp-json\/wp\/v2\/tags?post=20201"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}}