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{"id":15258,"date":"2017-02-20T17:32:43","date_gmt":"2017-02-20T20:32:43","guid":{"rendered":"http:\/\/finisgeekis.com\/?p=15258"},"modified":"2019-02-25T13:53:08","modified_gmt":"2019-02-25T16:53:08","slug":"o-museu-do-silencio-as-memorias-e-a-literatura-sao-universais","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/www.finisgeekis.com\/2017\/02\/20\/o-museu-do-silencio-as-memorias-e-a-literatura-sao-universais\/","title":{"rendered":"“O Museu do Sil\u00eancio”: as mem\u00f3rias (e a literatura) s\u00e3o universais"},"content":{"rendered":"

Muitos anos atr\u00e1s, um primo italiano, restaurador, deu para minha m\u00e3e um vaso que encontrou em um s\u00edtio arqueol\u00f3gico. Ele o escavara em Cariati<\/a>, uma pequenina cidade do sul da It\u00e1lia de onde veio a minha fam\u00edlia.<\/p>\n

Estava em peda\u00e7os e parecia ser muito antigo. Grego? Romano? Etrusco? Ningu\u00e9m sabia ao certo, mas n\u00e3o importava. Minha fam\u00edlia sempre o tratou como um tesouro sem igual.<\/p>\n

<\/p>\n

\"vaso<\/p>\n

N\u00e3o toda a minha fam\u00edlia, \u00e9 verdade. Minha v\u00f3, nascida e criada em\u00a0Cariati, nunca entendeu para que tanto drama por causa de um simples vaso quebrado.<\/p>\n

Eu, que sempre sonhei em ser arque\u00f3logo, achava aquilo um disparate. Como ela n\u00e3o conseguia ver o valor de artefato t\u00e3o antigo?\u00a0S\u00e9culos (se n\u00e3o mil\u00eanios!) atr\u00e1s algu\u00e9m criara, comprara e usara aquele vaso.<\/p>\n

Como ela n\u00e3o podia se emocionar em ver que um item t\u00e3o b\u00e1sico quanto um pote de barro podia unir duas pessoas separadas por eras hist\u00f3ricas inteiras?<\/p>\n

O tempo passou; meu entusiasmo, n\u00e3o. Eventualmente, \u00a0eu pr\u00f3prio virei um historiador e conheci minha cota de documentos e s\u00edtios hist\u00f3ricos. Para minha surpresa, foi finalmente ao conversar com\u00a0arque\u00f3logos que descobri que minha v\u00f3 estava certa.<\/p>\n

Cer\u00e2mica (eles me contaram) era a garrafa PET do mundo antigo. Sim, elas s\u00e3o rel\u00edquias, mas est\u00e3o longe de ser os pergaminhos do Mar Morto.<\/p>\n

\"british_museum_greek\"<\/p>\n

Milh\u00f5es de vasos maiores, mais bonitos e mais intactos que o meu j\u00e1 haviam sido encontrados em toda a Europa. Certos museus possu\u00edam caixas inteiras de potes parecidos, guardadas em dep\u00f3sitos porque ningu\u00e9m queria v\u00ea-los. Muitos foram destru\u00eddos<\/strong>, seja por descuido, seja para arrumar espa\u00e7o para artefatos mais valiosos:<\/p>\n

\n

O momento mais dif\u00edcil para quem trabalha em um museu \u00e9 quando uma cole\u00e7\u00e3o \u00e9 descartada.<\/p>\n<\/blockquote>\n

\n

Se por acaso algum visitante ass\u00edduo assistisse a esse descarte, provavelmente o seu afeto pelo museu desapareceria num \u00e1timo. Por isso, \u00e9 necess\u00e1ria uma discuss\u00e3o s\u00e9ria para que seja determinado o descarte, e que sejam escolhidas somente as pe\u00e7as para as quais realmente n\u00e3o h\u00e1 alternativa.<\/p>\n<\/blockquote>\n

\n

Mas que tipo de consolo \u00e9 esse? \u00a0Nada altera o fato de que um fragmento a muito custo coletado ir\u00e1 desaparecer.<\/p>\n<\/blockquote>\n

Sim, que tipo de consolo \u00e9 esse? E n\u00e3o, esse n\u00e3o \u00e9 um dos depoimentos de meus colegas arque\u00f3logos.<\/p>\n

\u00c9 um trecho de\u00a0O Museu do Sil\u00eancio<\/a>\u00a0<\/em>de Yoko Ogawa, um livro que traduziu t\u00e3o bem meus pensamentos que imaginei, por um instante, que estava eu pr\u00f3prio nos p\u00e9s do protagonista.<\/p>\n

Memento Mori<\/h3>\n

Escrito em 2000 e publicado pela Esta\u00e7\u00e3o Liberdade ano passado, o livro nos apresenta a uma das escritoras mais peculiares<\/a>\u00a0(e premiadas) do Jap\u00e3o contempor\u00e2neo.<\/p>\n

\"yoko

A escritora Yoko Ogawa<\/p><\/div>\n

O Museu do Sil\u00eancio<\/em> fala de paix\u00f5es que o meu eu de crian\u00e7a, fascinado pelo vaso da minha fam\u00edlia, com certeza entenderia.<\/p>\n

A trama acompanha um muse\u00f3logo contratado para organizar um museu em uma pequena cidade interiorana. N\u00e3o qualquer museu, contudo: um museu para recordar os mortos. <\/strong><\/p>\n

\"westminster<\/p>\n

N\u00e3o, n\u00e3o esses mortos. <\/strong>Pelo menos, n\u00e3o s\u00f3 eles. \u201cO Museu do Sil\u00eancio\u201d, como \u00e9 chamado, deve celebrar todos os que morreram<\/strong>\u00a0na cidade\u00a0<\/strong>\u2013 e os que ainda est\u00e3o para morrer.<\/p>\n

O projeto \u00e9 de uma exc\u00eantrica matriarca que coleciona lembran\u00e7as das pessoas que falecem. N\u00e3o precisam ser objetos de valor, apenas s\u00edmbolos daquilo que foram. Algo para os lembrar depois de nos deixarem para tr\u00e1s.<\/p>\n

Auxiliado pela filha de sua chefe e por um jardineiro obcecado por facas, o muse\u00f3logo percebe que tem uma dupla tarefa. N\u00e3o s\u00f3 precisa construir um museu imposs\u00edvel mas deve, ele pr\u00f3prio, adquirir os objetos <\/strong>dos \u201cnovos falecidos\u201d.<\/p>\n

Temperando realismo fant\u00e1stico com uma pitada de melancolia, o romance de Ogawa \u00e9 uma leitura leve, a despeito de seu tema m\u00f3rbido. Os dramas do protagonista invadindo casas e prontos-socorros para obter itens para o acervo t\u00eam um qu\u00ea de picaresco.<\/p>\n

Como o t\u00edtulo j\u00e1 entrega, no entanto, o livro fala sobre museus, e n\u00e3o h\u00e1 falta de tr\u00edvias museol\u00f3gicas para quem sempre quis conhecer os bastidores de suas cole\u00e7\u00f5es. Dos sistemas de cat\u00e1logo \u00e0s t\u00e9cnicas de preserva\u00e7\u00e3o, voc\u00ea dificilmente ver\u00e1 exposi\u00e7\u00f5es da mesma forma.<\/p>\n

\"museum

Dep\u00f3sito do Museu Smithsonian de Hist\u00f3ria Natural, em Washington<\/p><\/div>\n

No entanto, n\u00e3o \u00e9 preciso muito para perceber que sua f\u00e1bula tem uma dimens\u00e3o mais profunda. Recheado de simbolismo, O Museu do Sil\u00eancio <\/em>\u00e9 uma par\u00e1bola sobre a inevitabilidade do tempo \u2013 e da universalidade da perda.<\/p>\n

Na sua miss\u00e3o inusitada de se recordar de todos, a velha e seu disc\u00edpulo muse\u00f3logo\u00a0lembram que nossos anos na terra est\u00e3o fadados ao esquecimento. “Todos querem decompor o mundo. Nada \u00e9 imut\u00e1vel.” N\u00e3o apenas nossos corpos, mas tamb\u00e9m nossas mem\u00f3rias, pensamentos, identidade.<\/strong><\/p>\n

E que nossa tentativa de preservar o que podemos \u00e9 uma forma de nos ampararmos diante desse saber desconfort\u00e1vel. Mesmo que o \u201cpassado\u201d que consigamos de fato salvar seja algo min\u00fasculo \u2013 como um vaso quebrado em uma cidadezinha italiana.<\/p>\n

Como diz o muse\u00f3logo de Ogawa:<\/p>\n

\n

N\u00f3s nos aproxim\u00e1vamos uns dos outros como pequenas estrelas que, separadas de seus pares, foram empurradas at\u00e9 o limite do c\u00e9u. Eu n\u00e3o fazia ideia do que poderia haver para al\u00e9m da escurid\u00e3o, mas nem por isso estava apreensivo. Todos t\u00ednhamos a mesma paix\u00e3o pelos objetos herdados dos mortos e isso criava um v\u00ednculo inabal\u00e1vel entre n\u00f3s. Eu sabia que, enquanto estiv\u00e9ssemos buscando esses objetos, enquanto tiv\u00e9ssemos carinho por eles, nenhum de n\u00f3s escorregaria para al\u00e9m das margens nem seria engolido pelas trevas.<\/p>\n<\/blockquote>\n

Uma mensagem\u00a0universal?<\/h3>\n
\"haibane6\"

Vila de\u00a0Haibane Renmei<\/a><\/em>, inspirada em\u00a0O Impiedoso Pa\u00eds das Maravilhas e o Fim do Mundo<\/em><\/p><\/div>\n

O Museu do Sil\u00eancio <\/em>j\u00e1 foi comparado a Haruki Murakami e, de fato, tem muito em comum com o expoente do p\u00f3s-modernismo japon\u00eas.<\/p>\n

Suas personagens n\u00e3o t\u00eam nome pr\u00f3prio. A pr\u00f3pria cidade \u00e9 descrita de uma forma vaga, em um lugar e \u00e9poca indefinidos.<\/p>\n

Alguns de seus detalhes mais peculiares, como bis\u00f5es misteriosos que morrem no inverno, uma dupla de detetives sinistros e um guardi\u00e3o apaixonado por l\u00e2minas parecem tirados direto de seu provocativo e surrealista O Impiedoso Pa\u00eds das Maravilhas e o Fim do Mundo<\/a>.<\/em><\/p>\n

\"hardboiled<\/p>\n

Curiosamente, \u00e9 uma literatura bem diferente do que imaginamos quando pensamos em \u201cJap\u00e3o\u201d. Aqui, n\u00e3o h\u00e1 gueixas ou samurais, shinkansen <\/em>ou hikikomori<\/em>. A vila de O Museu do Sil\u00eancio<\/em> poderia existir em qualquer lugar, da\u00a0Grande S\u00e3o Paulo \u00e0 Cal\u00e1bria onde nasceu minha fam\u00edlia.<\/p>\n

Sua mensagem, tamb\u00e9m, n\u00e3o \u00e9 particularmente nip\u00f4nica. Izanami<\/a>, a deusa xinto\u00edsta da morte, n\u00e3o \u00e9 a \u00fanica a ludibriar mortais para seu reino. Ao preservar o passado de pessoas comuns, o muse\u00f3logo de Ogawa faz o mesmo que os esp\u00edritos do\u00a0Inferno\u00a0<\/em>de Dante, agarrando-se ao autor e implorando: “lembre-se de mim”.<\/p>\n

\"inferno<\/p>\n

\u00a0Como disse Rita Kohl<\/a>, tradutora da edi\u00e7\u00e3o brasileira;<\/p>\n

\n

Essas escolhas da autora me atra\u00edram n\u00e3o apenas pela riqueza da atmosfera que criam, mas tamb\u00e9m porque sei que as tradu\u00e7\u00f5es de literatura japonesa ainda s\u00e3o vistas, muitas vezes, como representantes do Jap\u00e3o, e acho interessante desafiar essa postura e as ideias preconcebidas que elas podem trazer. \u00c9 claro que esse papel da literatura traduzida, de ponte entre duas culturas, \u00e9 importante. Mas, conforme aumenta o n\u00famero de obras e autores dispon\u00edveis em portugu\u00eas, acho fundamental vermos cada autor n\u00e3o apenas dentro do contexto japon\u00eas, mas tamb\u00e9m na sua individualidade e na sua rela\u00e7\u00e3o com a literatura como um todo. Nesse sentido, gostei de traduzir uma obra que n\u00e3o \u00e9 explicitamente conectada com o Jap\u00e3o, na qual as influ\u00eancias dessa cultura est\u00e3o presentes de forma mais sutil.<\/p>\n<\/blockquote>\n

Confesso que, ao ler seu testemunho, alguma coisa ressoou dentro de mim.<\/p>\n

Anos atr\u00e1s, ainda na faculdade, lembro-me de ter lido um autor que dizia que os poemas de Jo\u00e3o Cabral de Melo Neto sobre a cidade de Sevilha n\u00e3o eram importantes. Sim, eram bons poemas, mas “poderiam ter sido escritos por qualquer um”. N\u00e3o eram “brasileiros o suficiente”.<\/p>\n

Aquilo me tirou do s\u00e9rio. N\u00e3o porque eu gostasse particularmente daqueles poemas, mas por presumir que o autor era apenas um porta-bandeira de seu pa\u00eds. A ideia de que um profissional t\u00e3o criativo quanto um escritor precisava se bitolar com\u00a0ladainhas nativistas nunca me fez – e continua n\u00e3o me fazendo – sentido.<\/p>\n

Constru\u00edmos quem somos com base em nossas experi\u00eancias. Se as pe\u00e7as vem de um mesmo pa\u00eds ou est\u00e3o espalhadas pelos cantos, n\u00e3o faz diferen\u00e7a: o edif\u00edcio final \u00e9 sempre \u00fanico. O indiv\u00edduo, bem disse uma escritora emigrada,<\/a> \u00e9 a menor das minorias.<\/p>\n

Nisso tamb\u00e9m Ogawa tem muito em comum com Murakami. Embora seja adorado no Ocidente, cr\u00edticos e escritores de seu pa\u00eds torcem o rosto<\/a> para seus livros.\u00a0Para eles, tamb\u00e9m, o autor de\u00a0O Impiedoso Pa\u00eds das Maravilhas\u00a0<\/em>n\u00e3o \u00e9 “japon\u00eas o suficiente”.<\/p>\n

Que um livro como\u00a0O Museu do Sil\u00eancio\u00a0<\/em>tenha chegado ao Brasil \u00e9 prova de que j\u00e1 sobrevivemos a uma\u00a0vis\u00e3o mais globalizada<\/a> de “cultura japonesa”.\u00a0E um recado para que todos n\u00f3s, ao montarmos nossos pr\u00f3prios museus para nossos pr\u00f3prios sil\u00eancios, tenhamos apre\u00e7o pelas cer\u00e2micas rachadas que a vida nos deixa pelo caminho.<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

Muitos anos atr\u00e1s, um primo italiano, restaurador, deu para minha m\u00e3e um vaso que encontrou em um s\u00edtio arqueol\u00f3gico. Ele o escavara em Cariati, uma pequenina cidade do sul da It\u00e1lia de onde veio a minha fam\u00edlia. Estava em peda\u00e7os e parecia ser muito antigo. Grego? Romano? Etrusco? Ningu\u00e9m sabia ao certo, mas n\u00e3o importava. […]<\/p>\n","protected":false},"author":2,"featured_media":15330,"comment_status":"open","ping_status":"open","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"spay_email":"","jetpack_publicize_message":"","jetpack_is_tweetstorm":false},"categories":[580,17],"tags":[163,226,285,434],"jetpack_featured_media_url":"https:\/\/i2.wp.com\/www.finisgeekis.com\/wp-content\/uploads\/2017\/02\/museu-do-silc3aancio.jpg?fit=1613%2C1259&ssl=1","jetpack_publicize_connections":[],"jetpack_shortlink":"https:\/\/wp.me\/p9rUzW-3Y6","_links":{"self":[{"href":"https:\/\/www.finisgeekis.com\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/15258"}],"collection":[{"href":"https:\/\/www.finisgeekis.com\/wp-json\/wp\/v2\/posts"}],"about":[{"href":"https:\/\/www.finisgeekis.com\/wp-json\/wp\/v2\/types\/post"}],"author":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/www.finisgeekis.com\/wp-json\/wp\/v2\/users\/2"}],"replies":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/www.finisgeekis.com\/wp-json\/wp\/v2\/comments?post=15258"}],"version-history":[{"count":4,"href":"https:\/\/www.finisgeekis.com\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/15258\/revisions"}],"predecessor-version":[{"id":21254,"href":"https:\/\/www.finisgeekis.com\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/15258\/revisions\/21254"}],"wp:featuredmedia":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/www.finisgeekis.com\/wp-json\/wp\/v2\/media\/15330"}],"wp:attachment":[{"href":"https:\/\/www.finisgeekis.com\/wp-json\/wp\/v2\/media?parent=15258"}],"wp:term":[{"taxonomy":"category","embeddable":true,"href":"https:\/\/www.finisgeekis.com\/wp-json\/wp\/v2\/categories?post=15258"},{"taxonomy":"post_tag","embeddable":true,"href":"https:\/\/www.finisgeekis.com\/wp-json\/wp\/v2\/tags?post=15258"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}}