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{"id":11901,"date":"2016-10-25T14:20:34","date_gmt":"2016-10-25T16:20:34","guid":{"rendered":"http:\/\/finisgeekis.com\/?p=11901"},"modified":"2021-03-03T15:14:18","modified_gmt":"2021-03-03T18:14:18","slug":"hozumi-uma-mestre-na-arte-de-contar-historias","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/www.finisgeekis.com\/2016\/10\/25\/hozumi-uma-mestre-na-arte-de-contar-historias\/","title":{"rendered":"Hozumi: uma mestre na arte de contar hist\u00f3rias"},"content":{"rendered":"

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Josei<\/em> \u00e9 um estilo de pouca sorte. Em uma pesquisa<\/a> feita pelos meus colegas da Blogosfera Otaku BR, ficou em \u00faltimo lugar na lista de prefer\u00eancias de grupos de anime no Facebook, com meros 1,2% dos votos.<\/p>\n

\u00c9 verdade que, no Brasil, a oferta de mang\u00e1s \u00e0 demografia \u00e9 lastim\u00e1vel. \u00a0Sem o deslumbre\u00a0adolescente do\u00a0shoujo\u00a0<\/em>e do\u00a0shounen\u00a0<\/em>ou a aura de “transgress\u00e3o”<\/a>\u00a0associada ao\u00a0seinen,\u00a0<\/em>o \u00a0josei<\/em> parece, a princ\u00edpio,\u00a0estar em uma competi\u00e7\u00e3o desleal.<\/p>\n

<\/p>\n

Obviamente, isso \u00e9 uma grande injusti\u00e7a. O que\u00a0aparenta ser o\u00a0ponto fraco da demografia \u00e9, na realidade, o seu maior diferencial. Longe das idealiza\u00e7\u00f5es comuns em obras juvenis e da apela\u00e7\u00e3o tem\u00e1tica\u00a0de muitas obras ditas “maduras”, o estilo dedicado a jovens mulheres conta com alguns dos quadrinhos mais surpreendentes do mercado.<\/p>\n

\"wedding<\/p>\n

Leitores brasileiros tiveram uma pr\u00e9via disso esse ano, com o lan\u00e7amento nacional de\u00a0The Wedding Eve<\/em> pela Panini. Composto de seis\u00a0hist\u00f3rias curtas, o volume \u00e9\u00a0uma lufada de ar fresco a uma m\u00eddia que parece presa nos anos da escola.<\/p>\n

E n\u00e3o apenas pelo fator “novidade”. Sua autora, Hozumi,\u00a0\u00e9 uma verdadeira mestre na arte de contar hist\u00f3rias. Suas obras s\u00e3o um show de maturidade e franqueza\u00a0– e uma mostra daquilo que mang\u00e1s podem ser quando se pensa diferente.<\/p>\n

Uma escritora de contos<\/h3>\n

\"c0203277_1325143.jpg\"<\/p>\n

Dizem que o segredo\u00a0de um bom conto \u00e9 ter uma “chave”, um momento especial em que\u00a0passamos a enxergar as coisas de outra forma.<\/p>\n

Ao contr\u00e1rio de romances, contos n\u00e3o t\u00eam\u00a0espa\u00e7o para longas descri\u00e7\u00f5es e\u00a0worldbuilding<\/em>. Ao contr\u00e1rio de novelas e s\u00e9ries, n\u00e3o podem\u00a0contar com a isca de\u00a0cliffhangers\u00a0<\/em>intermin\u00e1veis.<\/p>\n

A hist\u00f3ria precisa ser direta ao ponto e impressionar com pouco. Deve se focar em coisas reconhec\u00edveis\u00a0e detalhes marcantes. Deve ser sincera – e inclemente. Como dizia o escritor J\u00falio Cort\u00e1zar, se a literatura fosse uma partida\u00a0de boxe, o romance venceria\u00a0por pontos; o conto, por nocaute.<\/p>\n

\"usemono<\/p>\n

Mang\u00e1s n\u00e3o t\u00eam exatamente um\u00a0hist\u00f3rico de sucesso com esse tipo de hist\u00f3ria. O problema n\u00e3o \u00e9 falta de talento. O ritmo de produ\u00e7\u00e3o\u00a0insano dos quadrinhos japoneses \u00e9 um inimigo\u00a0para qualquer boa narrativa.<\/p>\n

Para come\u00e7ar,\u00a0quase sempre s\u00e3o serializados. Suas tramas precisam ser divididas em cap\u00edtulos de dura\u00e7\u00e3o espec\u00edfica, com\u00a0cliffhangers\u00a0<\/em>e outros truques \u00f3bvios para cativar o leitor. Press\u00f5es editoriais podem fazer com que a s\u00e9rie se arraste indefinidamente, ou que seja cortada da noite para o dia.<\/p>\n

Nadar contra a corrente\u00a0pode custar o futuro da obra, quando n\u00e3o a reputa\u00e7\u00e3o do mangak\u00e1. O pr\u00f3prio Inio Asano disse que\u00a0Oyasumi Punpun<\/em>, um dos raros\u00a0mang\u00e1s a\u00a0seguir um plano autoral pr\u00e9-concebido, perdia leitores a cada cap\u00edtulo<\/a>.<\/p>\n

Como hist\u00f3rias curtas, com come\u00e7o, meio e fim, one shots\u00a0<\/em>poderiam ser a exce\u00e7\u00e3o da regra. Infelizmente,\u00a0na maioria dos casos, s\u00e3o escritos como submiss\u00f5es a\u00a0concursos ou para “vender a ideia” de uma s\u00e9rie. N\u00e3o s\u00e3o contos, mas\u00a0pitches<\/em> publicit\u00e1rios, prot\u00f3tipos disputando o\u00a0carinho de uma editora.<\/p>\n

\"dragon

Dragon Ball \u00e9 um entre tantos mang\u00e1s que come\u00e7ou como one shot.<\/p><\/div>\n

Hozumi \u00e9 t\u00e3o diferente que, ao l\u00ea-la, temos a impress\u00e3o de que ca\u00edmos em uma outra m\u00eddia por engano.\u00a0A autora faz em poucos cap\u00edtulos o que outros mangak\u00e1s\u00a0n\u00e3o conseguiriam em\u00a0v\u00e1rios\u00a0tankobons.<\/p>\n

Enquanto outros se esquivam das\u00a0limita\u00e7\u00f5es, Hozumi as transformou em for\u00e7a. Seus trabalhos tem uma sutileza e um impacto emocional que valorizam\u00a0o\u00a0fato de serem curtos. Hozumi escreve contos.<\/p>\n

\"boku<\/p>\n

The Wedding Eve<\/em>, sua premiada obra de estreia, \u00e9 um exemplo de tudo o que faz de melhor. Suas seis\u00a0hist\u00f3rias acompanham pessoas\u00a0que passaram por \u00a0maus bocados, mas que n\u00e3o deixaram a dor faz\u00ea-las esquecer de\u00a0como sorrir.<\/p>\n

\"Yume<\/p>\n

\u00d3rf\u00e3os\u00a0que tratam\u00a0um espantalho como um “m\u00e3e” adotiva. Irm\u00e3os que carregaram um rancor do col\u00e9gio at\u00e9 a velhice. Um escritor anti-social que pensa\u00a0estar sendo assombrado. Uma menina que n\u00e3o entende a\u00a0“separa\u00e7\u00e3o” dos pais. A hist\u00f3ria de uma fam\u00edlia contada por seu\u00a0gato.<\/p>\n

No papel,\u00a0The Wedding Eve<\/em> \u00e9 um mang\u00e1 sobre antecipa\u00e7\u00e3o, nosso \u00faltimo dia de espera antes do maior evento\u00a0das nossas vidas. Na verdade, s\u00e3o hist\u00f3rias sobre o futuro<\/strong>, aquilo\u00a0que acontece depois<\/strong> do “felizes para sempre”. Sobre quando olhamos para o passado e descobrimos, como disse certa escritora<\/a>, que\u00a0virar adulto acontece por acaso,\u00a0uma escolha por vez.<\/p>\n

\"wedding<\/p>\n

Hist\u00f3rias de colegiais s\u00e3o t\u00e3o populares em mang\u00e1s e animes\u00a0que \u00e0s vezes nos fazem esquecer algumas coisas. Por exemplo, que existe vida para al\u00e9m do primeiro beijo.<\/p>\n

O tempo sempre\u00a0passa, nem sempre como gostar\u00edamos. Erros acontecem. Pessoas nos deixam – \u00e0s vezes, por nossa culpa.<\/p>\n

Por\u00e9m,tamb\u00e9m existe beleza no luto, alegria na vida de um \u00f3rf\u00e3o, amor entre pessoas que j\u00e1 se machucaram. Saber ach\u00e1-los faz toda a diferen\u00e7a. Em alguns casos, \u00e9 tudo o que realmente importa.<\/p>\n

\u00c9 uma li\u00e7\u00e3o que a Naho de\u00a0Orange<\/em>, disposta a sacrificar marido e filho por um colega de classe que mal conheceu, nunca aprender\u00e1. Como uma vez disse Inio Asano, viver \u00e9 muito mais dif\u00edcil que morrer.<\/p>\n

\"living\"<\/p>\n

Na obra de Hozumi, The Wedding Eve<\/em> n\u00e3o \u00e9 um ponto fora da curva.\u00a0Em\u00a0seu S<\/em>ayonara Sorcier<\/em>, a autora\u00a0trabalha as mesmas quest\u00f5es, dessa vez na Paris da\u00a0Belle \u00c9poque. Seu protagonista \u00e9 Theo Van Gogh, irm\u00e3o do pintor de\u00a0Noite Estrelada\u00a0<\/em>e um dos maiores negociantes de quadros\u00a0da Europa.<\/p>\n

\"painting.jpg\"<\/p>\n

N\u00e3o deixe a roupagem de \u00e9poca engan\u00e1-los. O mang\u00e1 n\u00e3o \u00e9 um drama hist\u00f3rico, nem uma tr\u00edvia sobre o mundo da arte.\u00a0O verdadeiro interesse de Hozumi \u00e9 a rela\u00e7\u00e3o fraternal.<\/p>\n

Sua f\u00e1bula\u00a0de carruagens, tinta \u00e0 \u00f3leo e intrigas acad\u00eamicas \u00e9 apenas um ve\u00edculo para falar de algo mais importante: o amor entre irm\u00e3os, e o que est\u00e3o dispostos a fazer para proteger um ao outro.<\/p>\n

Mesmo quando\u00a0tudo parece dar errado.<\/p>\n

\"sayonara<\/p>\n

Quem tem curiosidade para curtir a mangak\u00e1 em seu melhor momento, no entanto, deve conferir em outro lugar. A honra fica com seu\u00a0tocante \u00a0(e macabro)\u00a0Usemono Yado.\u00a0<\/em><\/p>\n

O que faz de n\u00f3s humanos<\/h3>\n

\"usemono<\/p>\n

O mang\u00e1 de tr\u00eas volumes, terminado em maio desse ano, n\u00e3o impressiona apenas por contar uma \u00f3tima hist\u00f3ria. Ele consegue brilhar com uma voz pr\u00f3pria a despeito de usar\u00a0\u00a0a mesm\u00edssima premissa de outra obra de sucesso, o muito celebrado\u00a0Death Parade.<\/em><\/p>\n

\"Death-Parade.jpg\"<\/p>\n

Ambas as obras se passam em um\u00a0limbo para mortos\u00a0que deixaram pontas soltas em sua vida.\u00a0No anime da Madhouse, \u00e9 um bar no qual precisam participar de uma s\u00e9rie de jogos. No mang\u00e1 de Hozumi, uma pousada em que\u00a0devem procurar algo que perderam.<\/p>\n

A experi\u00eancia, claro, \u00e9 apenas fachada para algo maior. Antes de partir dessa para melhor, precisamos aceitar que estamos mortos. E enfrentar os fantasmas de nossas escolhas ao longo da vida.<\/p>\n

\"usemono<\/p>\n

Nem todos est\u00e3o \u00e0\u00a0altura do desafio.\u00a0Em uma obra e outra, aqueles que n\u00e3o conseguem realizar o desafio acabam presos no limbo, trabalhando\u00a0para receber outros “clientes”.<\/p>\n

Ambas as hist\u00f3rias t\u00eam seus m\u00e9ritos.\u00a0Usemono Yado,\u00a0<\/em>no entanto, nos mostra a diferen\u00e7a que faz\u00a0quando um argumento promissor cai nas m\u00e3os de uma escritora talentosa.<\/p>\n

Death Parade\u00a0<\/em>enfeitou uma premissa simples com\u00a0um universo elaborado.\u00a0Descobrimos que existem v\u00e1rios bares e v\u00e1rios “anfitri\u00f5es”, cada qual com sua pr\u00f3pria apar\u00eancia e poderes. At\u00e9 mesmo um “Deus” que joga bilhar com planetas.<\/p>\n

\"death<\/p>\n

Nos seus 12 epis\u00f3dios, o conceito nunca decola.\u00a0Personagens coadjuvantes s\u00e3o esquecidos pelos cantos. Sua meta-hist\u00f3ria sobre os “bastidores da morte” rouba tempo dos conflitos humanos. Suas lacunas e contradi\u00e7\u00f5es tiram\u00a0o brilho do todo.<\/p>\n

Nascido ele pr\u00f3prio de um conto – o curta\u00a0Death Billiards<\/a><\/em> –\u00a0Parade\u00a0<\/em>parece n\u00e3o ter\u00a0entendido o que faz\u00a0do formato t\u00e3o \u00fanico.\u00a0Na sanha de fazer muito,\u00a0penetrou pouco.<\/p>\n

Usemono Yado<\/em>, em contrapartida, vive de sua simplicidade.\u00a0H\u00e1 uma garota misteriosa que age como a senhoria da pousada. E h\u00e1 um homem, tamb\u00e9m misterioso, que leva as mortos aos port\u00f5es do limbo. N\u00f3s sabemos ela est\u00e1 morta, pois s\u00f3 mortos podem entrar\u00a0na pousada. E sabemos que ele, que sempre a olha atentamente, deve carregar\u00a0a chave de sua trag\u00e9dia pessoal.<\/p>\n

\"usemono-landlady\"<\/p>\n

\"usemono-1\"<\/p>\n

Mais do que isso n\u00e3o precisamos saber. As breves hist\u00f3rias de seres humanos enfrentando\u00a0a pr\u00f3pria morte d\u00e3o conta do recado. Cada uma traz uma pequena pe\u00e7a do quebra-cabe\u00e7as, que culminam em um cl\u00edmax sem uma \u00fanica ponta solta.<\/p>\n

Na sua clareza, o mang\u00e1 de Hozumi n\u00e3o \u00e9 apenas bem\u00a0escrito. \u00c9 tamb\u00e9m mais honesto – e\u00a0adulto<\/strong>.<\/p>\n

Por mais que\u00a0acreditemos que exista um\u00a0ser\u00a0superior julgando\u00a0nossa vida, a triste verdade \u00e9 que, na pr\u00e1tica, estamos sozinhos. Se existe um “manual de regras” a ser seguido, n\u00f3s s\u00f3 o descobrimos\u00a0depois\u00a0de cruzar\u00a0o batente do nosso pr\u00f3prio limbo.<\/p>\n

Em\u00a0Death Parade<\/em>, os mortos s\u00e3o julgados por uma ra\u00e7a de hom\u00fanculos\u00a0incapazes de sentir emo\u00e7\u00e3o.\u00a0Em\u00a0Usemono Yado<\/em>, n\u00e3o h\u00e1 julgamento, pois Hozumi sabe que n\u00e3o h\u00e1 nada para julgar.<\/p>\n

\"usemono<\/p>\n

E teria como ser diferente? Seria\u00a0mesmo\u00a0poss\u00edvel julgar o m\u00e9rito de uma vida? O que\u00a0deve ser levado em conta, nossas inten\u00e7\u00f5es ou suas consequ\u00eancias? Nossa certeza ou nossa honestidade? O fato de que nunca erramos ou\u00a0nossa capacidade de nos arrepender?<\/p>\n

A resposta \u00e9: nada. Vivemos de acordo com aquilo que achamos ser melhor, e \u00e9 a n\u00f3s que devemos satisfa\u00e7\u00f5es.\u00a0Na vida, tal como na morte, nossos ju\u00edzes n\u00e3o s\u00e3o\u00a0barmen<\/em> com cabelos brancos, mas\u00a0nossas pr\u00f3prias consci\u00eancias.<\/p>\n

\u00c9 conflito do jesu\u00edta de\u00a0Shusaku Endo em\u00a0O Sil\u00eancio<\/a>.\u00a0<\/em>\u00c9 o desespero\u00a0do protagonista de\u00a0A Fonte da Donzela<\/a>,\u00a0<\/em>que n\u00e3o entende como Deus pode exigir\u00a0miseric\u00f3rdia para os\u00a0homens que mataram e estupraram sua filha \u00c9 a agonia que levou um prisioneiro de Auschwitz a escrever nos muros: “Se Deus existe, ele precisar\u00e1 implorar pelo meu perd\u00e3o.”<\/p>\n

\"usemono<\/p>\n

A morte em\u00a0Usemono Yado\u00a0<\/em>\u00e9 muito mais apavorante, pois ela apenas\u00a0\u00e9.\u00a0<\/strong>Se existe um prop\u00f3sito para a exist\u00eancia, ele est\u00e1 muito al\u00e9m do nosso entendimento. De resto, precisamos nos contentar com o que temos. O vento se ergue, precisamos tentar viver.<\/em><\/p>\n

N\u00e3o \u00e9 a mais a\u00e7ucarada das mensagens. Por\u00e9m, nem s\u00f3 de a\u00e7\u00facar vive uma pessoa. Saber fazer\u00a0as pazes com as agruras\u00a0\u00e9 tamb\u00e9m o\u00a0que faz de n\u00f3s humanos.<\/p>\n

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  Josei \u00e9 um estilo de pouca sorte. Em uma pesquisa feita pelos meus colegas da Blogosfera Otaku BR, ficou em \u00faltimo lugar na lista de prefer\u00eancias de grupos de anime no Facebook, com meros 1,2% dos votos. \u00c9 verdade que, no Brasil, a oferta de mang\u00e1s \u00e0 demografia \u00e9 lastim\u00e1vel. \u00a0Sem o deslumbre\u00a0adolescente do\u00a0shoujo\u00a0e […]<\/p>\n","protected":false},"author":2,"featured_media":12190,"comment_status":"open","ping_status":"open","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"spay_email":"","jetpack_publicize_message":"","jetpack_is_tweetstorm":false},"categories":[580,577],"tags":[109,178,701,238,346,395,419],"jetpack_featured_media_url":"https:\/\/i1.wp.com\/www.finisgeekis.com\/wp-content\/uploads\/2016\/10\/usemono-yado.jpg?fit=947%2C732&ssl=1","jetpack_publicize_connections":[],"jetpack_shortlink":"https:\/\/wp.me\/p9rUzW-35X","_links":{"self":[{"href":"https:\/\/www.finisgeekis.com\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/11901"}],"collection":[{"href":"https:\/\/www.finisgeekis.com\/wp-json\/wp\/v2\/posts"}],"about":[{"href":"https:\/\/www.finisgeekis.com\/wp-json\/wp\/v2\/types\/post"}],"author":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/www.finisgeekis.com\/wp-json\/wp\/v2\/users\/2"}],"replies":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/www.finisgeekis.com\/wp-json\/wp\/v2\/comments?post=11901"}],"version-history":[{"count":2,"href":"https:\/\/www.finisgeekis.com\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/11901\/revisions"}],"predecessor-version":[{"id":22689,"href":"https:\/\/www.finisgeekis.com\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/11901\/revisions\/22689"}],"wp:featuredmedia":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/www.finisgeekis.com\/wp-json\/wp\/v2\/media\/12190"}],"wp:attachment":[{"href":"https:\/\/www.finisgeekis.com\/wp-json\/wp\/v2\/media?parent=11901"}],"wp:term":[{"taxonomy":"category","embeddable":true,"href":"https:\/\/www.finisgeekis.com\/wp-json\/wp\/v2\/categories?post=11901"},{"taxonomy":"post_tag","embeddable":true,"href":"https:\/\/www.finisgeekis.com\/wp-json\/wp\/v2\/tags?post=11901"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}}