Fonte da imagem<\/em><\/p>\n Nenhum indiv\u00edduo que adentrou a Comic Con Experience (CCXP) na semana passada provavelmente saiu da mesma forma.<\/p>\n “Vai ser \u00e9pico” foi um dos slogans do evento. Memes\u00a0\u00e0 parte, a descri\u00e7\u00e3o n\u00e3o ficou muito distante da realidade. A CCXP\u00a0trouxe aos brasileiros um modelo de conven\u00e7\u00e3o ao qual nosso pa\u00eds ainda n\u00e3o estava acostumado.<\/p>\n Como algu\u00e9m que frequenta esse tipo de evento\u00a0h\u00e1 cerca de dez anos, n\u00e3o pude deixar de notar a diferen\u00e7a entre as celebra\u00e7\u00f5es de fandoms de nossas conven\u00e7\u00f5es\u00a0tradicionais e a escala industrial, maci\u00e7a e corporativa emplacada pela CCXP. Os gigantes do mundo do entretenimento, que antes conhec\u00edamos\u00a0apenas via\u00a0VHS piratas, merchandise bootleg e releituras em fanart, montaram seus estandes para se comunicar diretamente com o p\u00fablico.<\/p>\n <\/p>\n Nas\u00a0cerca de 8 horas que passei no evento, uma pergunta n\u00e3o saiu da minha cabe\u00e7a: Depois de tanto glamour, convidados de peso, produtos de qualidade e aten\u00e7\u00e3o da ind\u00fastria,\u00a0seria\u00a0poss\u00edvel voltar atr\u00e1s?<\/p>\n Se\u00a0a pompa e circunst\u00e2ncia da CCXP vai se tornar o novo preto s\u00f3 o tempo nos dir\u00e1. No entanto, para o bem e para o mal, creio que ele sinalize uma mudan\u00e7a importante entre dois modelos de conven\u00e7\u00f5es nerds. E esse caminho, apesar de “\u00e9pico”, traz\u00a0desafios aos quais devemos nos preparar.<\/p>\n \u00a0<\/strong><\/p>\n Quando pensamos em conven\u00e7\u00f5es nerds, os Estados Unidos s\u00e3o o primeiro pa\u00eds que nos vem \u00e0 mente. Foi de l\u00e1, afinal, que o culto aos fandoms \u2013 e v\u00e1rios de seus rituais, inclusive o cosplay<\/a> \u2013 foram exportados para o restante do mundo.<\/p>\n1- O modelo americano chegou em peso<\/strong><\/h3>\n