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Tomm Moore – finisgeekis https://www.finisgeekis.com O universo geek para além do óbvio Thu, 17 Dec 2020 18:21:58 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=5.7.11 https://i2.wp.com/www.finisgeekis.com/wp-content/uploads/2019/02/cropped-logo_square.jpg?fit=32%2C32&ssl=1 Tomm Moore – finisgeekis https://www.finisgeekis.com 32 32 139639372 “Wolfwalkers”: a história irlandesa rebaixada à fórmula Disney https://www.finisgeekis.com/2020/12/17/wolfwalkers-a-historia-irlandesa-rebaixada-a-formula-disney/ https://www.finisgeekis.com/2020/12/17/wolfwalkers-a-historia-irlandesa-rebaixada-a-formula-disney/#comments Thu, 17 Dec 2020 18:21:58 +0000 http://www.finisgeekis.com/?p=22479 AVISO: Contém SPOILERS para Wolfwalkers

O que seria de O Túmulo dos Vagalumes se o bombardeio de Kobe não acontecesse e Seita, Setsuko e sua mãe vivessem feliz para sempre?

Ou de Nesse Canto do Mundo  se a bomba nunca caísse em Hiroshima e EUA e Japão fizessem as pazes graças ao poder da amizade?

As personagens desses filmes sem dúvida não reclamariam. Porém, você estaria perdoado de achar que seus diretores perderam completamente o juízo.

Essas histórias, afinal de contas, só foram contadas porque os sofrimentos que retratam aconteceram de verdade. Todo o seu propósito – e a sua beleza – está em despertar a empatia das novas gerações e impedir que estas atrocidades sejam esquecidas.

Museu da Paz em Hiroshima

Quando um diretor decide falar sobre um tema desses, o mínimo que se espera é que esteja disposto a levar essa bagagem em consideração.

Infelizmente, é justamente o oposto que faz Wolfwalkers, novo filme dos criadores de O Segredo de Kells.

Correndo com os lobos

O novo filme do diretor Tomm Moore conta a história de Robyn, filha do caçador Bill Goodfellowe. Ingleses de nascença, Robyn e seu pai são convocados à Irlanda para prestar um serviço ao governo: exterminar os lobos que apavoram a cidade de Kilkenny, recém-tomada dos irlandeses.

A tarefa, Robyn descobre, não é tão simples quanto parece. Durante uma incursão na floresta, Robyn é acidentalmente mordida por um lobo. O animal se transforma em uma garota chamada Mebh (pronuncia-se “Mêive”), que lhe revela ser uma wolfwalker, membro de uma casta de humanos capazes de assumir a forma de lobos.

Ao mordê-la, ainda que sem querer, Mebh inadvertidamente transformou Robyn em uma wolfwalker ela própria. Com seus novos poderes, veio também um novo entendimento do mundo dos animais – e do ônus, invisível à maioria dos humanos, que a civilização impõe à natureza.

Robyn retorna à companhia dos humanos, não mais focada em ajudá-los a exterminar os lobos, e sim em convencê-los de que pessoas e animais podem viver em harmonia.

É um enredo simples, singelo e não particularmente original, do tipo que consegue, sem muito esforço, tirar um sorriso dos espectadores mais sisudos.

O problema é esse filme vem de não outro que Tomm Moore, co-fundador do estúdio Cartoon Saloon. Tal como em seus longas anteriores O Segredo de Kells (ambientado na Irlanda do século VIII) e A Ganha-Pão (ambientado no Afeganistão de 2001), o diretor irlandês decidiu dar a sua fábula uma roupagem época.

Especificamente, uma época que nada teve de simples ou singela.

Para Connacht ou para o Inferno!

A execução de Carlos I, 1649

O filme se passa em 1650, durante a Guerra Civil Inglesa. Tensões entre o rei Carlos I e seu parlamento, motivadas em parte por diferenças religiosas, levaram a uma rebelião nacional liderada pelo estadista Oliver Cromwell.

Descontentes com décadas de perseguição religiosa, os católicos da Irlanda – então uma colônia inglesa – aproveitaram a deixa para se rebelar contra seus líderes protestantes.

O resultado foi um conflito conhecido como as Guerras Confederadas da Irlanda. A carnificina chegou a tal ponto que Cromwell em pessoa precisou invadir a ilha e trazê-la de volta à ordem. Até hoje, esta guerra é lembrada como o embate mais sangrento, devastador e traumático da história irlandesa.

Bebês massacrados por rebeldes irlandeses. Uma das muitas atrocidades (muitas vezes, falsamente) atribuídas a combatentes nas Guerras Confederadas

Seria injustiça dizer que Wolfwalkers não leva sua bagagem histórica a sério. O filme se passa na cidade de Kilkenny, capital dos confederados irlandeses, no exato ano em que se rendeu às tropas inglesas.

Cromwell em pessoa está presente no filme como seu principal antagonista. O enredo captura bem o terror de se viver em uma zona de guerra, tanto para os irlandeses (ocupados por um exército invasor) quanto para os próprios ingleses (que, com um estalo de dedos, podiam ser enviados ao front para lutar).

Oliver Cromwell, lorde protetor da Inglaterra, e sua versão em Wolfwalkers

Ingleses em uma cidade irlandesa, Robyn e seu pai sofrem desde o princípio com a desconfiança da população local. Robyn sofre bullying constante de garotos da cidade. Irlandeses, por sua vez, terminam no pelourinho a troco de qualquer ofensa contra seus mestres ingleses.

Por incrível que apreça, até mesmo o plano maquiavélico de seu vilão – extinguir os lobos e queimar as florestas – tem um fundo histórico. Décadas antes dos eventos do filme, outro político inglês, Sir John Davies,  havia escrito que “Um país bárbaro deveria ser quebrado por uma guerra” que nem a “terra deve ser quebrada e adubada” para que “não se torne selvagem de novo”.

“Quebrar” a terra da Irlanda foi justamente o que Cromwell fez – de uma maneira terrivelmente eficaz. O desastre provocado pelass Guerras Confederadas não foi apenas humanitário. Foi também uma calamidade ecológica.

É aqui que o filme de Moore parece ter colocado areia demais em seu caminhão.

Acontece que, historicamente, o lorde protetor venceu. E fez questão de garantir que os irlandeses jamais se esquecessem disto.

As florestas da Irlanda foram completamente arrasadas. Segundo Eileen McCracken, a cobertura florestal da Irlanda caiu de 12,5% no final do século XVI para apenas 2% em 1800. Nem mesmo a ajuda de Mebh teria mudado esse quadro, pois os lobos foram caçados à extinção.

Entre a população irlandesa, as consequências foram igualmente severas. Um quarto de toda a Irlanda foi morta, a maioria de fome ou doenças espalhadas pelos soldados. Cidades inteiras, como Drogheda, foram deliberadamente massacradas pelo Exército Novo do lorde protetor.

Civis massacrados na cidade de Drogheda, 1649

Cromwell não parou por aí. Para remunerar seus soldados – e punir ainda mais os irlandeses – o lorde protetor ordenou que católicos tivessem suas terras confiscadas e fossem transplantados para as regiões mais pobres da Irlanda. A medida ganhou um slogan: “Para Connacht ou para o inferno”, referência à província irlandesa que recebeu a maioria dos remanejados.

Essas medidas criaram um fosso social gigantesco entre a maioria católica e a elite protestante que os séculos seguintes só agravaram. Esta desigualdade foi uma das principais causas da Grande Fome da Irlanda, que tolheu a vida de cerca de um milhão de pessoas, a maioria católicos.

O estrago de Cromwell foi tão grande que ele ainda era evocado no final do século XX, quando o ódio entre católicos e protestantes descambou para o terrorismo aberto.

Mural protestante celebrando a truculência de Cromwell contra católicos, Irlanda do Norte

Meses atrás, quando soube que Wolfwalkers seria ambientado nessa época, fiquei extasiado.

Depois de tanto silêncio, essa história finalmente viria à tona. A Irlanda finalmente ganharia um Túmulo dos Vagalumes para chamar de seu: uma fábula que trouxesse esse período sombrio para os holofotes do cinema mundial.

Infelizmente, Moore decidiu seguir pelo caminho de menor resistência e fingir que essa tragédia nunca aconteceu. Seu longa termina com Cromwell caindo num poço sem fundo, as florestas de Kilkenny salvas por uma chuva mágica, o pai de Robyn casando-se com a mãe de Mebh e todos vivendo felizes para sempre.

Esse final torna o filme não apenas escandaloso de um ponto de vista histórico, mas também imperdoavelmente banal. Em vez de beber da tradição literária irlandesa – que tão bem lhe serviu em O Segredo de Kells – Moore adota a mesmice blockbuster da Disney-Pixar, segundo a qual nenhum desafio é grande demais que não possa ser resolvido por um Let it Go.

Longe de honrar as trágedias das Guerras Confederadas, Moore as transformou em perfumaria. Se Wolfwakers diz alguma coisa, é uma mensagem que poderia vir de qualquer um, em qualquer filme, sobre qualquer coisa.

O eterno cabo de guerra

Princesa Mononoke, outro filme sobre lobas mágicas e tragédias ecológicas, pisou em cascas de ovos parecidas sem oferecer respostas fáceis.

Sua Cromwell – Eboshi – é uma industrialista predatória, mas também uma revolucionária. As balas que amaldiçoam os javalis da floresta – e que podem trazer abaixo todo o equilíbrio natural – são as mesmas com que protege mulheres e leprosos da violência dos samurais.

Seu Robyn – Ashitaka – percebe isto. Por esta razão, decide se estabelecer entre os mineradores em em vez de correr com os lobos. Sua Mebh – San – é lúcida o suficiente para entender que nenhum dos dois mudará seu caminho, não importa quantas mordidas recebam.

Nenhum dos três termina o filme da forma como desejavam no começo. Tampouco eles compram a ilusão de que podem viver bem graça ao poder da amizade.

Os propósitos de Eboshi e San são incompatíveis, tal como o são aqueles de todos os seres humanos, condenados a um eterno cabo de guerra entre natureza e cultura, passado e futuro. O máximo a que podemos aspirar é uma coexistência aflita, sem garantias de uma paz duradoura.

As personagens de Wolfwakers se encontram em um mesmo cabo de guerra. Infelizmente, o otimismo simplório de sua história a reduz a um Pocahontas de baixo orçamento; anódino na pior das hipóteses, revoltante na pior.

Seus truques visuais e canções contagiantes provavelmente agradarão a crianças bem pequenas. Adultos, que já sofreram um novo Pocahontas em Avatar – e sofrerão um vomitório de sequels suas nos anos vindouros – tem opções melhores com que gastar seu tempo.

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São Patrício e a cultura pop https://www.finisgeekis.com/2019/03/19/sao-patricio-e-a-cultura-pop/ https://www.finisgeekis.com/2019/03/19/sao-patricio-e-a-cultura-pop/#respond Tue, 19 Mar 2019 21:52:13 +0000 http://www.finisgeekis.com/?p=21692 O Dia de São Patrício não é um festival muito popular entre brasileiros. Se você for um fã da cultura irlandesa, porém, já deve ter ouvido desta desculpa para vestir-se de verde e virar alguns pints de Guinness.

Talvez mais do que alguns.

Realizada no dia 17 de março, a festa homenageia o missionário que converteu a Irlanda ao cristianismo. Com o passar dos séculos, ela perdeu as conotações religiosas, tornando-se uma celebração da cultura irlandesa com um todo.

E uma desculpa para beber cerveja.

Para quem está acostumado com esse carnaval fora de época (ou com o santo sisudo que lhe serve de inspiração), a imagem que abre esse artigo deve parecer estranha.

Não devia. São Patrício, afinal, é muito mais que uma figura histórica ou (pior) um simples ícone da Igreja. Para o bem e para o mal, o missionário de roupas verdes é um símbolo da Irlanda que já inspirou livros, músicas e até batalhões de soldados.

“San Patrícios”, desertores irlandeses que lutaram ao lado dos mexicanos durante a Guerra Mexicano-Americana. Fonte.

Não era de se espantar, portanto, que ele (ou suas façanhas) ganhassem um pé na cultura pop. A imagem da capa, da autoria de Jim FitzPatrick (autor da famosa arte do Che Guevara) é apenas uma das muitas homenagens modernas à era lendária de Patrício e seus sucessores.

Com o último St Patrick’s Day fresco na memória, essa é uma oportunidade perfeita para relembrar algumas delas.

O algoz de Crom Cruach

São Patrício expulsando as serpentes por JimFitzPatrick

A Patrício é atribuído o milagre de ter expulsado as cobras da Irlanda. Incluindo Crom Cruach, um Deus ou demônio ou aparição em forma de serpente que (supostamente) era adorado pelos antigos pagãos.

Se você é um fã de animação esse nome talvez lhe soe familiar. De fato, o arqui-inimigo de Patrício é o vilão principal de O Segredo de Kells, animação do estúdio irlandês Cartoon Saloon indicada ao Oscar em 2009.

 

O longa é uma fantasia sobre a criação do Livro de Kells, uma cópia dos evangelhos tida por muitos como o livro mais belo da Idade Média.

Seu protagonista é Brendan, um jovem noviço que se vê, ao lado de um grupo de monges, na tarefa de escrever o tomo. E protegê-lo de saqueadores vikings que ameaçam passar a Irlanda inteira ao ferro e ao fogo.

Tudo isso às sombras de Crom Cruach, um demônio ancestral de quem deve obter um artefato vital para o término do livro.

Brendan não é Patrício, mas sua luta contra seu velho algoz (uma alegoria clara à serpente da Bíblia) bebe da mesma fonte que transformou o padroeiro num ícone nacional.

Sua missão maior, terminar “o livro que transforma a escuridão em luz”, não poderia contribuir mais à imagem do missionário como um pioneiro destemido, desbravando perigos indizíveis para trazer a salvação aos homens.

 

 

O Escravo, O Mensageiro

Se O Segredo de Kells toca apenas de leve na figura de Patrício, não é o caso de outras obras de Tomm Moore, co-fundador do Cartoon Saloon.

Anos antes de ganhar as telas, o ilustrador trabalhou com o escritor Colmán Ó Raghallaigh para trazer a lenda do santo aos dias de hoje.

O resultado foram duas graphic novels, que juntas esmiúçam a lenda fascinante do padroeiro da Irlanda. An Sclábhaí (“O Escravo”) como como Patrício, um pagão da Britânia romana, é capturado e vendido por piratas irlandesas. Seis anos de cativeiro o aproximam da fé cristã – e da coragem para fugir de volta à casa.

Em An Teachtaire (“O Mensageiro”) ele retorna aos braços de seus captores, armado com a convicção de um pioneiro e o peso de todo o reino dos céus. Nas páginas de Moore e Ó Raghallaigh, a conversão da Irlanda se torna quase um conto de vingança, em que druidas e reis gaélicos se defrontarão com um escravo e sua missão divina.

Infelizmente, as HQs só foram publicadas em irlandês (embora sua editora, a Cló Mhaigh Eo, tenha disponibilizado uma tradução de seu roteiro).

Por sorte (e como era de se esperar), também em inglês escrevem os quadrinistas da Ilha Esmeralda.

A Estrada do Pântano

The Bog Road (“A Estrada do Pântano”) escrita ano passado por Barry Keegan, é a HQ sobre uma Irlanda desencantada que nunca soubemos precisar.

Como O Segredo de Kells, a HQ não foca diretamente em Patrício. Ele é, porém, o estopim do conflito que se desenrola nas páginas da trama:

A derrota dos Antigos Deuses.

Moradores de uma cidade no interior da Irlanda descobrem que uma antiga criatura vive em seus poços de turfa. Quando uma estrada é construída sobre o pântano – e motoristas começam a tombar mortos – o medo se transforma em guerra aberta.

Para nossa (nem tão grande) surpresa, a criatura não é o herói de uma fábula ecológica, e sim Na Sliogán, uma das antigas deusas da Irlanda pré-cristã.

De seu conflito com os moradores se desenrola um pequeno panteão de divindades esquecidas, batalhando para sobreviver em um mundo que não mais as venera.

A HQ, que já foi comparada aos trabalhos de Neil Gaiman, é ao mesmo tempo familiar e inusitado. Keegan evita rostos conhecidos, trazendo à vida criaturas do folclore local em vez de deuses celebrados da mitologia celta.

Nada mais justo para retratar a Irlanda que o próprio Patrício deve ter conhecido. Não uma ilha regida por uma religião homogênea e unificada, e sim por uma variedade de deuses locais, associados a rios, montanhas e, é claro, pântanos.

De São Patrício ao St. Patrick’s Day.

São Patrício na St. Patrick Day’s parade

Tudo diz respeito a São Patrício, ou à Irlanda meio histórica, meio fictícia em que ele fez sua fama.

Mas e sobre o St. Patrick’s Day? O carnaval da Ilha Esmeralda, que enlouquece turistas na mesma medida em que faz irlandeses barricarem suas casas?

Curiosamente, quem melhor o trouxe à ficção foi ninguém menos que um escritor brasileiro.

Diga a Satã que o Recado foi Entendido de Daniel Pellizzari retrata o caos de uma Dublin boêmia de maneira a dar inveja até a seus pubs.

Seu protagonista é Magnus Factor, golpista que lucra sobre turistas na capital irlandesa. Sócio de uma empresa que oferece passeios guiados, Magnus se especializa em criar roteiros inventados. Nenhuma das pessoas, edifícios ou eventos mencionados em seus tours existem de verdade.

Ao longo de uma narrativa rápida e endiabrada (com o perdão do trocadilho), Factor trombará com o crime organizado, uma cabala de estudantes iconoclastas e até mesmo uma seita que pretende ressuscitar Crom Cruach, o velho algoz de São Patrício.

O romance faz parte do projeto Amores Expressos, iniciativa que enviou escritores brasileiros a cidades ao redor do mundo para escreverem um livro quando retornassem.

Isto fica evidente no texto, que em momento algum esconde seu sotaque estrangeiro. Pellizzari, de fato, escreve como um perfeito estrangeiro, gabaritando paradas turísticas como o Trinity College, Glendalough e a Península de Howth.

Justamente por isso, ele é um retrato cirúrgico, cruel e irreverente de uma Dublin assediada por viajantes. Seu livro é uma descrição perfeita da capital irlandesa na alta temporada, dividida entre uma cultura gaélica reduzida a souvenirs e turbas de beberrões que falam todas as línguas – menos, às vezes, o inglês.

Temple Bar, no coração de Dublin, durante o St Patrick’s Day

Pellizzari diz ter se surpreendido com o número estrangeiros em Dublin, impressão que o bairro do Temple Bar, coração do St. Patrick’s dublinense, não falha em passar.

Navegando por suas ruelas numa noite de euforia, é impossível não se lembrar dos personagens de Pellizzari, reféns, como diz um crítico, de uma “desorientação geral”.

Mentira. Desorientados eles podem estar, mas saber muito bem para onde ir: o balcão do pub mais próximo.

Faça uma homenagem você também e dedique uma cerveja à memória do santo. Patrício agradece.

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