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Mahou Shoujo Site – finisgeekis https://www.finisgeekis.com O universo geek para além do óbvio Wed, 27 Feb 2019 17:33:20 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=5.7.11 https://i2.wp.com/www.finisgeekis.com/wp-content/uploads/2019/02/cropped-logo_square.jpg?fit=32%2C32&ssl=1 Mahou Shoujo Site – finisgeekis https://www.finisgeekis.com 32 32 139639372 Teriam as garotas mágicas “dark” ido longe demais? https://www.finisgeekis.com/2018/04/17/teriam-as-garotas-magicas-dark-ido-longe-demais/ https://www.finisgeekis.com/2018/04/17/teriam-as-garotas-magicas-dark-ido-longe-demais/#comments Tue, 17 Apr 2018 18:42:48 +0000 http://www.finisgeekis.com/?p=20110 Muito tempo atrás, os quadrinhos norte-americanos passaram por uma revolução. Inspiradas pelo sucesso de Watchmen e O Retorno do Cavaleiro das Trevas, editoras apostaram em versões “dark” de seus heróis favoritos.

A virada solidificou a chamada Era das Trevas dos comics. Entretanto, seus excessos levaram a algumas das histórias mais cínicas, apelativas e datadas do gênero.

As garotas mágicas dos animes fizeram um percurso similar, que teve seu auge em 2011 com Puella Magi Madoka Magica. E, tal como seus predecessores americanos, a magia parece  ter começado a falhar.

Mahou Shoujo Site, um dos mais chocantes exemplos de mahou shoujo “dark”, acaba de ganhar uma adaptação. E a recepção… não foi das melhores.

A obra, que já no primeiro episódio nos joga cenas de bullying, violência contra animais e garotas dançando entre espermatozoides, de fato nos obriga a fazer algumas perguntas.

Onde termina a “desconstrução” e começa o exploitation? Quando que o cinismo se torna excessivo? Até que ponto o comentário justifica o sadismo?

Para responder a essas questões, é preciso ir além da superfície.

O sofrimento que corrompe

É difícil assistir Mahou Shoujo Site e não se sentir repugnado pela violência gratuita. Quando uma cena de transformação faz uma garota chorar (literalmente) lágrimas de sangue sabemos que já não estamos mais no Kansas.

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Aqueles que aguentarem o bastante, porém, terão uma agradável surpresa. Por trás da nojeira e do mau-gosto, há muito a se gostar na história de Kentarou Satou.

Como eu argumentei em uma coluna passada, Mahou Shoujo Site é uma obra sobre agência. Garotas mágicas, Satou nos lembra, não são apenas super heroínas. Elas são verdadeiras deusas, com o poder de mudar a própria realidade.

Os familiares dessas histórias lutam para encontrar alguém digno de usá-lo. Usagi, Sakura e companhia são pessoa especiais, escolhidas a dedo porque têm a capacidade de fazer do mundo um lugar melhor.

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Mas e se tal poder caísse nas mãos de desajustados? E se Luna, Artemis ou Kero-chan escolhessem não garotas-modelo, mas o pior que a humanidade tem a oferecer?

Mahou Shoujo Site nos faz essa pergunta. Em capítulos que testam o estômago até dos mais fortes, vemos órfãs, vítimas de bullying e abuso sexual redistribuindo sofrimento com seus báculos mágicos. Contra aqueles que as fizeram sofrer, mas também (e sobretudo) contra si próprias.

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É uma mensagem tão poderosa quanto suas anti-heroínas, que se sobressaí mesmo na gorefest descompromissada de Satou.

O sofrimento, por si só, não molda caráter. Dar poder a vítimas pode ser o caminho mais rápido para formar novos vilões. Se o poder for absoluto, tanto pior o resultado.

Não é uma mensagem inventada por Mahou Shoujo Site. Pelo contrário, ela circula nos animes há anos, chocando-nos, surpreendendo-nos e fazendo-nos pensar muito antes de uma certa Homura aprender a voltar no tempo.

Muito antes de Madoka

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Uta Kata, lançado em 2004, é um desses precursores.

A série acompanha Ichika Tachibana, uma garota que leva uma vida normal até encontrar um espelho misterioso. No lugar de seu reflexo, ela encontra outra pessoa, com roupas e trejeitos que não parecem do nosso mundo.

Uta-Kata Anime Meninas

Manatsu, como ela se apresenta, lhe dá o poder de invocar gênios mágicos. O que se segue é um mahou shoujo que tica todos os requisitos que viemos a esperar do gênero.

Ao menos na superfície.

Na medida em que ela e seus amigos se colocam em apuros, Ichika usa seus novos dons para que tudo acabe bem. Cada episódio consiste numa “lição” sobre alguma virtude humana.

Para a surpresa de Ichika – e a nossa própria – estas lições são muito mais difíceis do que aparentam à primeira vista.

Não demora para que Ichika aprenda, tal como Peter Parker, que grandes poderes trazem grandes responsabilidades. Para começar porque os desafios que tem de enfrentar não são vilões cartunescos, mas a boa, velha e cruel natureza humana.

Uma de suas amigas foi estuprada por um familiar. Outra é filha de yakuza, com todas as consequências que isto acarreta. Em um dos primeiros episódios, Ichika encontra um stalker. E uma tentativa de trazer alívio a uma paciente psiquiátrica quase resulta na pior das tragédias.

Os problemas não param por aí. Ichika descobre que os gênios são uma via de mão dupla. Quanto mais usa seus poderes, mais é consumida por eles. Suas intervenções se tornam mais extremas, e ela começa a perder controle sobre sua própria vida.

Como outras garotas mágicas, Ichika descobre que seus desafios são parte de um teste. Uma prova, contudo, que não implica em salvar o mundo das forças do mal ou capturar cartas perdidas. Sua tarefa é muito mais fácil. Ela só precisa responder a uma pergunta:

Todo o sofrimento que ela própria causou com a ajuda de seus poderes. Todo o sofrimento que ela fracassou em aliviar. Tudo o que ela viu de podre, de revoltante ao longo dos doze episódios.

De quem é a culpa?

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Quem é o culpado pelo que há de errado no mundo? O indivíduo que executa as crueldades, ou a sociedade que o cria, incentiva e falha em corrigi-lo?

Ouvimos do vilão por trás dos gênios que a pergunta já foi feita uma vez, mas que o candidato escolheu a resposta ruim. Mas haveria de fato uma resposta ruim?

Pergunta errada. Haveria uma boa?

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Se você acha que o dilema é simples, Alien 9 existe para provar o contrário. Lançada em quatro OVAs em 2001, a série não é um mahou shoujo stritu sensu, mas nos ensina mais sobre garotas mágicas que muitos exemplos do gênero.

Ele nos conta de uma escola que sofre com ataques alienígenas. Para proteger os alunos da ameaça, um representante de cada turma é escolhido para integrar uma brigada especial.

Para combater monstros, porém, é preciso que nós também nos tornemos monstros. Assim, alunas da brigada são forçadas a “vestir” um alien simbionte, que se gruda à sua cabeça e se alimenta do seu suor.

Da forma mais nojenta possível

Yuri Otani, escolhida contra a vontade, reage como qualquer pré-adolescente reagiria. Seu desespero não vem nem tanto dos aliens, mas da completa indiferença daqueles ao redor.

Os alienígenas são perigosos, mas ninguém parece se importar com a ameaça. Quando o alarme a avisa de uma nova invasão, uma das colegas de Otani responde com um sorriso blasé: “pelo menos você matará aula!”

Otani não tem o menor talento para a luta e recorre a todo instante a seu simbionte. Suas companheiras de brigada a criticam por ser chorona. A professora que as gerencia insiste em dar a ela os trabalhos mais perigosos.

Em momento algum Otani (ou a gente) recebe qualquer explicação. Por que ensinar garotas a lutar, se os simbiontes parecem capazes de fazer tudo por conta própria? Por que insistir em recrutar meninas à força quando há várias que o fariam por conta própria? Por que aliens caem justamente naquela escola?

Alien 9 prende Otani em uma distopia kafkiana em que tudo dá errado à protagonista, mas ninguém parece entender (ou se importar) com seu sofrimento.  Como Gregor Samsa transformado em uma barata, a garota vive um terror que parece só existir na sua cabeça.

Isso fica mais claro quando a série avança e o realismo é tacado pela janela. O absurdo cresce a tal ponto que Otani – e novamente a gente, enxergando o mundo pelos seus olhos – se torna incapaz de separar pesadelo e realidade.

Para alguns, a série é uma alegoria sobre o abuso sexual e a pressão que as vítimas sofrem para ficar caladas. De fato, é difícil assistir o anime sem pensar no gaslighting, fenômeno em que uma pessoa, por pressão externa, chega a duvidar das próprias memórias.

Para outros, é uma crítica às nossas próprias relações sociais, tão engessadas por protocolos, metas e deveres que ficamos cegos ao seu conteúdo humano.

Seja como for, é possível ver uma ligação direta entre o anime e a moda das garotas mágicas dark. Se mahou shoujo são fábulas de empoderamento, Alien 9, tal como suas versões sombrias, são uma viagem claustrofóbica de impotência.

Mas seria isso um mal? Ou uma faceta inescapável da vida?

As coisas ficam mais confusas quando descobrimos que os próprios adultos são aliens em disfarce.

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Durante um momento de pânico, uma Otani chorosa descobre que todos na sua escola se transformaram em alienígenas. Eles riem da sua desgraça, cantando alegremente:

Todo mundo, todo mundo é um alienígena

Todo mundo virará alienígena

Todo mundo vai virar um

Todas as crianças vão se graduar

Seus corpos vão mudar

Elas se tornarão adultas

E todo mundo é um alienígena

Qual seria a moral da história? Estamos todos condenados a nos transformar em monstros? A realidade é um pesadelo que aprendemos a tolerar? A puberdade é assustadora?

Talvez a moral seja justamente não ter uma moral. E a decisão de Alien 9 de encerrar sua história pela metade, adaptando apenas parte do mangá original, seja um testemunho em favor disso.

O choro de Otani, que ocupa quase todo o tempo de exibição de Alien 9, não é lá tão diferente do de Aya Asagiri, protagonista de Mahou Shoujo Site. Como eu já disse em outra ocasião, o que mais assusta não é a violência. É a arbitrariedade.

Conclusão

Yuuki Yuuna, um dos clones mais famosos de Madoka, termina com uma apresentação de teatro feita por suas personagens. “O mundo é cheio de miséria e desespero” diz a bruxa má. Cedo ou tarde, você terá de aceitar isso.

“Não” diz a heroína. É tudo questão de coragem. E heroínas nunca perdem, porque sua força de vontade é infinita.

É um final digno da série, que leva suas garotas a superar até mesmo a morte, num clímax que mais tem de Sailor Moon que do mahou shoujo dark que diz ser. Com doses suficientes de girl power, não há nada que não possa ser vencido. Nem mesmo a realidade.

Uta Kata e Alien 9, cada qual à sua maneira, provam que as coisas não são tão simples. Primeiro porque a realidade não é um quadro em branco à espera das nossas pinceladas.

É, sim, uma experiência angustiante, alienígena e sem propósito em que as coisas nunca são o que parecem. E nossas tentativas de deixar nossa marca muitas vezes nos transformam nos próprios monstros contra que lutamos.

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Segundo porque não depende só da gente. E os “outros”, longe de serem o clube serelepe de amigas da Yuuna, são pessoas com suas próprias mentes, seus próprios objetivos, seu próprio certo e errado.

Como Ichika, que termina seu anime literalmente crucificada, estamos entre a cruz e a espada da ambição individual e da pressão coletiva.

Quem deve prevalecer? Nossos desejos particulares ou a vontade conjunta (e conflitante) de todos à nossa volta?

As garotas torturadas de Mahou Shoujo Site escolheram a primeira opção. Madoka Kaname, como a Esmeralda de Rayearth, optaram pela segunda.

No meio desses extremos estão as nuances de um dos gêneros mais ricos que o anime nos trouxe. E uma pergunta tão simples, mas ao mesmo tempo tão séria, que nunca acabaremos de responder.

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Café com Anime Primavera 2018: Expectativas da Temporada https://www.finisgeekis.com/2018/04/10/cafe-com-anime-primavera-2018-expectativas-da-temporada/ https://www.finisgeekis.com/2018/04/10/cafe-com-anime-primavera-2018-expectativas-da-temporada/#comments Tue, 10 Apr 2018 23:52:35 +0000 http://www.finisgeekis.com/?p=20095 Bem vindo ao Café com Anime, sua dose semanal de bom papo e animação japonesa!

Uma velha temporada termina, mas outra começa. E a Primavera 2018 promete trazer os melhores (e mais polêmicos) animes que já passaram por aqui!

Confiram nossas apostas para os novos lançamentos.

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  • booker finisgeekis 1Vinicius Marino
    Olha só, como o tempo passa! Já chegamos na terceira edição do Café com Anime, sua dose semanal de animes e bom papo. Eu sou Vinicius Marino, criador do blog Finisgeekis. E esse são meus colegas.
  • diego gonçalvesDiego
    Olá novamente a todos o/ Diego aqui, do É Só Um Desenho. E realmente, o tempo voa: parece que foi ontem que começamos esse projeto
  • cat ultharGato de Ulthar
    Pois é, já estamos na terceira edição, passamos por muitas coisas, animes ótimos, animes bons, animes mais ou menos, e animes ruins (leia-se Kujira). Estou curioso para saber como nos sairemos nesta nova fase. Bom, vou me apresentar novamente, sou o Gato de Ulthar, do blog Dissidência Pop!
  • buniiito4Fábio “Mexicano”
    Mas precisam sempre me lembrar de Kujira? Blerg! Dessa vez o meu anime vai ser o melhor da temporada, vocês vão ver só!
    Fábio do Anime21 fazendo previsões aqui
  • diego gonçalvesDiego
    Veremos se dessa vez vai Mas bom, já que você mencionou, quer falar um pouco do anime que você escolheu, Fábio?
  • buniiito4Fábio “Mexicano”
    Opa, opa, é pra já!
    O anime que escolhi é tipo Como Treinar seu Dragão, mas no Japão contemporâneo e escrito por uma das roteiristas mais melodramáticas da indústria
    Hisone to Masotan, com roteiros da Mari Okada e direção do Hiroshi Kobayashi, produzido pelo estúdio Bones
    Antes de continuar, vejam o trailer.
    Imagem relacionada
  • cat ultharGato de Ulthar
    Eu achei esse anime muito simpático, o character design é bem bonitinho, e teve choro de todas as personagens já no trailer, espero um dilúvio com este anime.
  • booker finisgeekis 1Vinicius Marino
    Sou um grande fã de Como Treinar o Seu Dragão e da Mari Okada. Win-win para mim
  • diego gonçalvesDiego
    Como Treinar o Seu Dragão é um dos melhores filmes animados da dreamworks, basicamente. Mas falando desse anime, eu não realmente sei o que esperar – fora o clássico melodrama da Okada. Parece que será uma história fofinha, ou pelo menos é a impressão que eu tenho com esse estilo de arte, ainda que a paleta de cores pareça também apropriada a cenas mais tristes, algo que provavelmente teremos em abundância rs.
  • buniiito4Fábio “Mexicano”
    Um slice of life profissional? Como as pilotas aparentam ser muito jovens, talvez um coming of age? O cenário militar tem cara de ser só pretexto, mas pode ter alguma importância também.
  • cat ultharGato de Ulthar
    Esse anime me lembrou um pouco Shoujo Shuumatsu Ryokou, não sei se somente pelo aspecto moe das personagens e o tipo de animação…
    Prevejo também bastante drama, como é bem a cara da Okada, com um slice-of-life com temática militar.
  • buniiito4Fábio “Mexicano”
    Acaba de sair a tradução de uma entrevista do produtor executivo e do character designer de Hisone to Masotan (eu preferia uma entrevista com a Mari Okada, mas ok).
  • diego gonçalvesDiego
    “Uma história sobre como as pessoas não podem sobreviver por si mesmas” (Aoki Toshinao, o character design). Interessante. Mas também bem comum, uma mensagem até que bem genérica, inclusive. Quero só ver como a entregarão.
  • buniiito4Fábio “Mexicano”
    Trazer só isso é sacanagem, né? Ele complementa: “Porém, não é ‘Se não consegue sobreviver sozinho então por que não se cercar de pessoas?’, é sobre encontrar alguém de quem você pode depender e aprender a viver junto com.”(editado)
  • diego gonçalvesDiego
    Não muda em nada o meu ponto, na real XD. É uma variante um pouquinho mais específica do trope “encontrar um lugar ao qual pertencer”.
    (só uma coisa: isso ta soando bem pior do que eu queria que soasse, não é como se eu tivesse odiado a premissa nem nada, ok? kkkkkk)
  • buniiito4Fábio “Mexicano”
    Acho que o cuidado em procurar a especificidade faz diferença. Você amou Yuru Camp, não foi? Eu gostei bastante também. Foi sobre fazer amizades e ter um hobby em comum. O detalhe que fez toda a diferença é que o anime nunca forçou as garotas a ficarem juntas, a coisa fluiu de forma natural, e mesmo depois que elas de fato se tornaram amigas e acamparam juntas, cada uma continuou fazendo suas coisas por conta própria do jeito que sempre fez também.
    Claro que não se compara um anime inteiro a uma resposta de um character designer, só estou tentando dizer como o detalhe é importante, e aposto que você não vai discordar de mim.
  • diego gonçalvesDiego
    Ah não, eu concordo. Só quis dizer que vai ser interessante ver que “spin” diferente a Okada vai colocar numa premissa como essa.
  • buniiito4Fábio “Mexicano”
    (É da Mari Okada. Ou vai ser um tédio, como Koufuku Graffiti, ou vai ser horrível, como Mayoiga ou M3, ou vai ser muito bom e melodramático, como Anohana, Kiznaiver ou Gundam Orphans; não existe meio termo com essa mulher)
  • diego gonçalvesDiego
    Mayoiga foi horrível, mas ainda foi divertido ver o quão horrível ele foi. É aquela história que por ruim que seja ainda assim não chega a te ofender. Mas eu aposto em algo mais pro melodrama relativamente bem executado.
  • buniiito4Fábio “Mexicano”
    Leva mais jeito de melodrama mesmo, por tudo o que foi revelado até aqui.
  • cat ultharGato de Ulthar
    Nem tem muito o que dizer, é uma premissa simples, mas e dai? Temos que esperar para ver o que vai sair disso tudo. E como o próprio Fábio disse, com a Mari Okada é oito ou oitenta, ou é bom ou é ruim, mas se serve de consolo, ela acerta mais do que erra.
  • booker finisgeekis 1Vinicius Marino
    Para um melodrama, um enredo bare bones pode ser até melhor do que uma trama complexa. Uma roteirista competente pode nos jogar direto onde interessa, apertar nossos botões sem perder tempo com malabarismos narrativos. A Mari Okada é essa roteirista? Não tenho certeza. Como vocês apontaram, seu trabalho é notoriamente inconsistente, embora eu precise lembrar que sua estreia na direção ( Sayonara no Asa ni Yakusoku no Hana o Kazarou ) têm sido bem avaliada
    Por essa e por outras, prefiro ser otimista. Há uma chance que nossa querida Okada esteja encontrando seu ponto ótimo. E vale lembrar: quando ela acerta, acerta muito bem. Hisone to Masotan merece o benefício da dúvida, se nada mais
  • cat ultharGato de Ulthar
    No mais, se tudo der errado, ainda será um anime de garotas fofas pilotando dragões mecanizados
  • buniiito4Fábio “Mexicano”
    Vai ser fofo que nem seu anime, né Gato?
  • diego gonçalvesDiego
    É o mahou shoujo dark da vez, não? Nos fale um pouco sobre ele, Gato
  • cat ultharGato de Ulthar
    Pois bem, vi que fui colocado na berlinda!
    Neste novo Café com Anime finalmente estrearei um anime novo, Mahou Shoujo Site.
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    Como o nome pode sugerir, trata-se de um anime de garotas mágicas, só que numa atmosfera muito mais “dark”. Está bem que mahou shoujos darks não são mais novidade, mas nunca é demais ver algumas garotas fofas sofrendo né? Sou sádico realmente
    Basicamente esse anime conta ahistória de Aya Asagiri, uma menina vítima de bullying na escola e que sofre abusos de seu irmão. Um belo dia, navegando na internet, ela dá de caras com um site muito “creepy”, que parece que a conhece e lhe dá a oportunidade de ser uma garota mágica.
    Não preciso dizer que nem tudo é uma maravilha quando se ganha poderes mágicos, e que muitas outras meninas, algumas bem psicopatas, também ganharam poderes, e que isso dá uma merda das grandes. Além disso, há um relógio com contagem regressiva, que prenuncia uma tragédia misteriosa.
    Escolhi esse anime pois já li um pouco do mangá uns anos atrás e gostei bastante, não estou muito atualizado com a leitura, mas foi o suficiente para despertar minha atenção.
    Esse anime é uma incógnita, a história tem potencial e é bastante polêmica, mas tanto o diretor como o estúdio são completamente inexperientes, então, não descarto a possibilidade de ser uma bomba, mas vamos torcer para isso não acontecer!
  • buniiito4Fábio “Mexicano”
    Seu autor já é famoso pelo tema, o Vinicius escreveu um artigo muito bom sobre.
  • cat ultharGato de Ulthar
    Sim, ele é o autor de Mahou Shoujo of the End, outro mangá bastante famoso sobre garotas mágicas das trevas.
    Aparentemente esse é um tema que o autor aprecia bastante
  • buniiito4Fábio “Mexicano”
    Quem é que não gosta de ver garotinhas sofrendo?
  • cat ultharGato de Ulthar
    Ou fazendo sofrer, no caso de Mahou Shoujo of the End. Em ambos os casos eu aprecio bastante
  • booker finisgeekis 1Vinicius Marino
    Os dois mangás do Kentarou Satou, Mahou Shoujo Site e Mahou Shoujo of the End, são interpretações violentas das garotas mágicas. Em alguns quesitos, muito mais brutais que Madoka, que ganhou fama por causa disso.
    São, realmente, histórias sobre sofrimento. Só que de uma forma muita mais cínica que em outros mahou shoujo. Como eu disse no meu artigo, bem poderiam ser fábulas sobre abuso e revanchismo.
    Poderiam, se fossem dramas. E aí está meu maior problema com Mahou Shoujo Site. Ele é tão sarcástico que confunde as bolas. E como aborda barras pesadíssimas (como abuso sexual e tortura) é de um mau-gosto tão descarado que nos dá culpa de assistir.
  • buniiito4Fábio “Mexicano”
    Talvez o anime mude um pouco o tom e melhore isso? Claro, aí virão os fãs do mangá reclamar, mas eu não ligo para eles. Acha possível resolver esses problemas de Mahou Shoujo Site só com direção?
  • cat ultharGato de Ulthar
    Eu nem sei se podem ser chamados de problemas propriamente ditos. Por vezes, no próprio anime, mesmo que adaptado ao pé da letra, dá uma impressão totalmente diferente pelo simples fato de ser uma animação.
    E a questão de achar as abordagens de mau-gosto é algo bastante subjetivo.
  • diego gonçalvesDiego
    Só vou dizer que vou pra esse anime com dois pés atrás Enquanto eu não gosto do termo “edgy”, ele bem define o que eu costumo esperar de obras demasiado focadas na violência: sangue pelo sangue e tragédia pela tragédia, tentando parecer mais maduro do que realmente é. Não sei se é o caso com Mahou Shoujo Site, e espero ser surpreendido positivamente, mas vou com expectativas baixas.
  • buniiito4Fábio “Mexicano”
    Diego já achou seu novo Junji Ito.
  • diego gonçalvesDiego
    Também não precisa jogar praga, Fábio
  • cat ultharGato de Ulthar
    Já perdi as esperanças de um dia agradar o Diego…
  • buniiito4Fábio “Mexicano”
    Isso é curioso porque eu achava que o Diego gosta de gatos…
  • diego gonçalvesDiego
    Eu gosto de gatos, mas não necessariamente dos animes que os gatos gostam
  • buniiito4Fábio “Mexicano”
    Vou perguntar pra Mei e pra Miu (minhas gatas) de que animes elas gostam.
  • diego gonçalvesDiego
    Bananya, talvez?
  • buniiito4Fábio “Mexicano”
    Talvez, elas gostem de dormir.
     
  • booker finisgeekis 1Vinicius Marino
    De fato, mau gosto está nos olhos de quem vê. Porém, é inegável que o Satou se esforça para chocar o maior número de pessoas possível.
    Enfim, tal como o Gato, não acho isso um defeito. É uma obra fascinante, que estou ansioso para ver. Só estejam preparados que ela foi feita para polemizar.
  • cat ultharGato de Ulthar
    Polêmicas são boas para o Café com Anime.
    Outra característica interessante dessa obra, as garotas mágicas não possuem uniformes característicos!
  • diego gonçalvesDiego
    Não? Do tipo, elas não se transformam? Da pra ser mahou shoujo sem transformação? Isso não faria delas tecnicamente só… sei lá, bruxas? Estou confuso agora
  • buniiito4Fábio “Mexicano”
    Essa é uma questão difícil em alguns casos. Tomem por exemplo O Serviço de Entregas da Kiki, Little Witch Academia ou Flying Witch: por todos os meios, nós provavelmente as chamaríamos de bruxas, mesmo que elas tenham alguns elementos de garota mágica. Märchen Mädchen, um anime da temporada de inverno, tem uma escola de magia, assim como Little Witch Academia, mas é esteticamente muito mais próximo ao gênero garota mágica. E nem vamos começar a falar sobre animes como Junketsu no Maria, Shuumatsu no Izetta, ou o que acabamos de cobrir, Mahou Tsukai no Yome. Mahou Shoujo Site, para mim, é garota mágica porque têm vários elementos clássicos do gênero, como o contrato, e alguns elementos novos, como a realidade cruel que as garotas mágicas enfrentam. E até se chama “Mahou Shoujo”!
    Enfim, tudo isso para dizer que não é tão fácil distinguir, e provavelmente os japoneses distinguem ainda menos do que nós, já que as garotas mágicas surgiram a partir de uma bruxa ocidental, A Feiticeira. A gente tende a chamar de “garota mágica” quando soa mais “japonês” e “bruxa” quando parece mais “ocidental”, mas para eles talvez essa distinção não faça sentido para começo de conversa. Sei que o Vinicius pesquisou um bocado sobre isso também, talvez possa acrescentar algo ou me corrigir
  • booker finisgeekis 1Vinicius Marino
    Posso ser sincero? Acho que essa distinção só existe para você, Fábio. Um dos primeiros (senão o primeiro) mahou shoujo foi Mahoutsukai Sally. Mahoutsukai significa bruxa, feiticeira, maga. E a Sally, de fato, andava numa vassoura.
  • buniiito4Fábio “Mexicano”
    O primeiro anime, segundo mangá. A abertura lembra muito A Feiticeira.
  • booker finisgeekis 1Vinicius Marino
    Que também era uma bruxa, não uma garota mágica. Embora viesse a antecipar muito do que se tornaria corrente no gênero
  • buniiito4Fábio “Mexicano”
    Mas eu não disse que existe ou deixa de existir. O Diego perguntou. Outros além dele certamente têm essa percepção também. “Algo” existe. Faz sentido separar? Quem separa? Quais os critérios? Eu falei que é complicado, só isso.
  • booker finisgeekis 1Vinicius Marino
    Bom, sobre Mahou Shoujo Site especificamente, elas se transformam de fato, mas não no sentido que vocês estão imaginando. Na série, as meninas viram garotas mágicas encomendando um báculo de um site (daí o título). Os báculos são a fonte de poder, não as garotas, de maneira que as garotas podem usar báculos de outras ou colecionar báculos de oponentes mortas.
    O problema é que isso drena suas energias vitais, por motivos que ainda não foram explicados no mangá.
  • cat ultharGato de Ulthar
    Lembrando que os “báculos” podem ser qualquer coisa.
    Desde revólveres, celulares e até marretas. Enfim, o que define a garota mágica é um objeto mágico com determinado poder. E se não me enganos elas ganham uma tatuagem né? Agora não me lembro direito.
    Falando sobre roupas em mahou shoujos, lembrei de um anime muito singular, Uta Kata, onde a protagonista é uma garota mágica que possui um número limitado de transformações e em cada transformação ela possui um poder diferente e uma roupa específica.
  • booker finisgeekis 1Vinicius Marino
    Eu AMO Uta Kata! E sim, cada episódio possui uma roupa, que foi criada por um desenhista diferente da indústria. Um deles foi o próprio Ken Akamatsu, criador de Love Hina e Negima!
  • cat ultharGato de Ulthar
    E Sakura Cardcaptors é a mesma coisa que Mahou Shoujo Site em questão de vestimentas, a menina Sakura só usa roupas especiais por causa da Tomoyo, se não fosse isso, ela só usaria o uniforme normal…
    E falando em Sakura, creio que o Vinicius não irá abandoná-la no segundo cour de seu anime, estou certo?
  • booker finisgeekis 1Vinicius Marino
    De forma alguma! E acho que não estarei exagerando ao dizer que Sakura, até agora, foi uma das maiores surpresas do ano para mim.
    E olha que não digo isso levianamente. Como fã inveterado de Sakura nos bons tempos, tinha terríveis pressentimentos. Meu medo é que Clear Card barateasse o anime original, como tantos reboots “nostálgicos” do mercado. Bom, nostálgico Sakura é, mas conseguiu agregar ao cânone de maneira tão singela que conquistou minha simpatia.
    Essa era a sequel com que meu eu de 11 anos sempre sonhou. E sou agradecido à CLAMP por ter me proporcionado essa experiência.
  • buniiito4Fábio “Mexicano”
    Outra possibilidade ruim que Sakura vem evitando era se tornar Tsubasa
  • cat ultharGato de Ulthar
    Esse é um ponto bastante relevante. Deixo registrado que eu gostei do universo expandido em Tsubasa, mesmo com todos os seus defeitos, mesmo assim, também não acho que o novo Sakura devesse se encaminhar para esse tipo de abordagem, visto ser um anime com uma atmosférica bem única, não combinando com viagens dimensionais e clones de clones.
  • buniiito4Fábio “Mexicano”
    Ah, nada contra Tsubasa (mentira, tenho algumas coisas contra Tsubasa), o ponto aqui é outro: se eu vim assistir Sakura, eu quero assistir Sakura, não Tsubasa.
  • diego gonçalvesDiego
    Eu nunca vi Tsubasa, então não tenho nada contra nem a favor Mas com essa onda de revivals na qual a maioria das obras é bem mediana (e olhe lá), eu fui pra Sakura com algumas ressalvas. Felizmente, ele de fato surpreendeu muito positivamente, e espero que essa sua segunda metade mantenha o padrão de qualidade.
  • booker finisgeekis 1Vinicius Marino
    Acho que Sakura emprestou o que precisava de Tsubasa, sem excessos. Um easter egg aqui e ali, os poderes novos do Shoran. Clear Card respeita seu passado, mas não se limita a ele. É mais do que posso dizer da maioria dos revivals.
  • buniiito4Fábio “Mexicano”
    É uma continuação legítima. Poderia ter saído um ano ou dois após o fim do original.
  • diego gonçalvesDiego
    Pouco antes de começar a ver Clear Card eu revi os primeiros episódios do anime original (o plano era rever tudo, mas né, cá estou ), e é incrível como Clear Card consegue capturar bem o “feel” do que era o anime original – talvez só com um pouquinho menos de comédia, por mais que ela ainda definitivamente se faça presente.
    Concordo com o Fábio, é uma continuação que bem poderia ter saído tempos atrás sem nenhum problema. Agora, falando em termos do que esperar daqui pra frente – estas são as nossas expectativas, afinal -, tomara que o anime comece logo a responder as várias perguntas e mistérios que ele vem lançando desde o seu início.
  • buniiito4Fábio “Mexicano”
    Será que Sakura vai ter um meio-clímax?
  • cat ultharGato de Ulthar
    Realmente não sei, creio que não. se fosse um anime maior talvez.
  • diego gonçalvesDiego
    Só se a Sakura descobrir que a pessoa mascarada é… er, podemos dar spoilers aqui? Pelo sim, pelo não, vou dizer “aquela pessoa” e ficar por isso mesmo Mas acho que mesmo isso virá mais para o final do anime (mas posso estar errado, né?)
  • booker finisgeekis 1Vinicius Marino
    Há de se lembrar que a maioria das cenas memoráveis da série original vieram na terceira temporada. E por um motivo: foi necessário viver nos pés dessas personagens por algum tempo para sentir seu poder. Será que esse novo anime, mais curto, repetirá o feito? Eu espero pelo menos uma grande cena emotiva, na linha do que tivemos na conclusão de A Carta Selada.
    E se não tiver nenhuma? Olha, muita gente têm criticado Sakura por ser morno demais. Mas eu preciso dizer que, de todos os animes que cobrimos temporada passada, esse foi o mais consistentemente bom. Houve episódios em outras séries que morderam mais fundo que Sakura (o décimo de Violet, por exemplo), mas essa nova produção ainda está por escorregar feio.
  • cat ultharGato de Ulthar
    Esse é o ponto principal, Sakura é muito consistente em sua qualidade, se manter esse ritmo já estou por satisfeito, mas é claro que haverá pelo menos um clímax no final ao melhor estilo da série clássica, pelo menos é o que eu espero.
    E como o Diego disse, quando a Sakura e a Akiho se derem conta que estão se observando no sonho será um momento e tensão.
  • diego gonçalvesDiego
    Eu penso se deveria evitar o spoiler, enquanto isso o Gato vai e já joga logo dois
    Mas vou concordar com o Vinicius que dentre os animes da última “leva” do Café, Sakura foi o melhor de maneira geral.
  • booker finisgeekis 1Vinicius Marino
    Fico feliz de ouvir isso! Mas será que ele manterá o posto nessa nova temporada?
    Já ouvimos dos outros, mas e você, Diego? O que trará para a gente nessa nova edição?
  • diego gonçalvesDiego
    Mantendo nossa tradição de cinco animes discutidos, nesta temporada será a minha vez de trazer dois títulos para os nossos debates. Falemos do segundo muito em breve, mas vamos começar com aquele que parece ser um dos mais aguardados dessa temporada: Sword Art Online Alternative: Gun Gale Online /o/
    Resultado de imagem para sao gun gale online
  • booker finisgeekis 1Vinicius Marino
    Também conhecido como Call of Duty: Loli Warfare
  • buniiito4Fábio “Mexicano”
    Oh, esse é aquele tropo, “tenho uma notícia boa e uma notícia ruim”!
    Espero que essa não seja a boa…
  • cat ultharGato de Ulthar
    Ele é um dos mais aguardados? Eu não tinha captado o hype dele…
  • diego gonçalvesDiego
    Ele é o sexto anime mais popular dessa temporada no MyAnimeList, gato.
  • cat ultharGato de Ulthar
    Eita.
  • booker finisgeekis 1Vinicius Marino
    Call of Duty sempre é popular….
  • buniiito4Fábio “Mexicano”
    Pelo menos ela é bem camuflada, de magenta.
  • booker finisgeekis 1Vinicius Marino
    É a skin paga. Para mostrar para todo mundo que ela tem grana.
  • cat ultharGato de Ulthar
    Pena que pelo visto terá só uma loli! Só uma loli! Quando você coloca lolis com armas não pode só ter uma no anime todo não!
  • buniiito4Fábio “Mexicano”
    Se GGO se passar na terra dos doces ela é imbatível.
  • diego gonçalvesDiego
    Podemos ver que a excitação é generalizada /s
  • buniiito4Fábio “Mexicano”
    Bom, minha experiência com SAO não foi exatamente positiva
  • cat ultharGato de Ulthar
    Falando na camuflagem magenta da protagonista, me lembrou das camuflagens coloridas e chamativas que as meninas de Girls und Panzer usaram na primeira batalha:

    E já adianto que deu merda essa disputa….
  • diego gonçalvesDiego
    Sword Art Online não tem realmente a melhor das reputações, mas eu estou francamente esperançoso para com esse título. No mínimo eu espero que ele será bastante divertido, com algumas lutas legais.
    Como curiosidade, a light novel na qual esse anime de baseia foi em fato escrita pelo Keichi Sigsawa, o mesmo autor das light novels de Kino no Tabi. E se tem uma coisa que esse cara gosta, são armas
  • buniiito4Fábio “Mexicano”
    E em Girls und Panzer elas percebem logo o quanto cores berrantes são uma má ideia
  • cat ultharGato de Ulthar
    Sim.
  • booker finisgeekis 1Vinicius Marino
    Ou seja, é isso que nos aguarda:

    Bom saber
  • buniiito4Fábio “Mexicano”
    Ahhh, o cara de Kino no Tabi, agora sim!
  • diego gonçalvesDiego
    Sobre a roupa dela: ao menos ela usa uma capa!
  • cat ultharGato de Ulthar
    Caramba, me rachei aqui com a lembrança do Vinicius. Mas se tem o cara de Kino no Tabi, faz um sentido do Diego ter escolhido esse anime.
  • buniiito4Fábio “Mexicano”
    Bom, a minha experiência com Kino no Tabi não foi exatamente positiva
  • cat ultharGato de Ulthar
    Eu nunca vi nada de SAO além de memes e gente falando mal, mas até que parece que vai ser no mínimo divertido.
  • booker finisgeekis 1Vinicius Marino
    Eu tenho tolerância zero com animes de “viagem aos MMOs”. Justamente porque tenho tolerância zero com MMOs.. E Kino… bom, deixou uma recordação amarga
  • buniiito4Fábio “Mexicano”
    Falando sério, se for só o trash de Kino no Tabi, e uma skin de loli magenta aponta nessa direção, talvez seja divertido
  • cat ultharGato de Ulthar
    Sim, e muito.
    E olhem isso, esta imagem indica que teremos mais de uma loli com armas, amém!
  • diego gonçalvesDiego
    A segunda loli ao menos parece mais bem preparada… Bom saber
  • booker finisgeekis 1Vinicius Marino
    Ou podemos só ir ao cinema. Tem um filme muito bom com uma premissa parecida em cartaz
  • buniiito4Fábio “Mexicano”
    O Gato mora longe e estou sem dinheiro pro cinema ️.
  • diego gonçalvesDiego
    Mas o que você tem contra MMOs Vinicius? .-. (São legais poxa… ao menos eu achava…)
  • buniiito4Fábio “Mexicano”
    (só gosto de .hack, o original; sou hipster do gênero isekai MMO)
  • diego gonçalvesDiego
    (poser, hipster de verdade é quem gosta do primeiro TRON )
  • buniiito4Fábio “Mexicano”
    (eu sou weeaboo e só gosto de anime)
  • cat ultharGato de Ulthar
    Caramba, a segunda loli tem uma fucking lançadora de granadas!

    Será um ótimo anime
  • diego gonçalvesDiego
    O Gato sabe definir as suas prioridades.
  • booker finisgeekis 1Vinicius Marino
    A ideia dos MMOs é muito boa. Um mundo virtual onde podemos brincar com amiguinhos. Na prática, são caixas de Skinner feitas para te viciar e te induzir a gastar dinheiro, povoadas pelos adolescentes mais tóxicos da face da terra
  • buniiito4Fábio “Mexicano”
    Hahahaha, o Gato você já conquistou, Diego
    Ah, teve um legal em dezembro também
    Aquele do diretor nazista
  • diego gonçalvesDiego
    Bom, eu nunca gastei grana com MMOs e passava o tempo andando por ai e subindo montanhas, então nunca tive uma experiência realmente ruim com os poucos que joguei
  • booker finisgeekis 1Vinicius Marino
    Eu comprava esse maravilhamento com o virtual na era do Tron, quando a internet ainda era uma abstração. Ou em Jogador No 1, que deliberadamente sonha com um mundo diferente. Mas no run of the mill japonês fica difícil para mim separar. É tudo muito parecido com os milhões de jogos medíocres que o Japão vomita no mercado todo ano
  • cat ultharGato de Ulthar
    Sou do tempo do Tibia e olhe lá.
    Foi o único jogo online que joguei frequentemente.
  • booker finisgeekis 1Vinicius Marino
    MMO é que nem droga. O primeiro trago é gratuito, mas quando você se dá por si, já está viciado. Dê graças a Deus por ter caído fora antes
  • diego gonçalvesDiego
    Acho que existe a questão do contexto de SAO de maneira geral. A primeira novel data lá do começo dos anos 2000, então é compreensível a premissa. Por que exatamente o anime explodiu em popularidade com uma premissa dessas em fucking 2012 é algo que não poucas pessoas já tentaram responder, mas é fato que esse spin off só existe porque o primeiro SAO deu certo (sim, eu adoro falar o óbvio)
  • buniiito4Fábio “Mexicano”
    Se é pra se gabar, eu não queria falar nada não, mas por anos fui admin de um MUD, que é o avô dos MMOs e em modo somente texto
  • cat ultharGato de Ulthar
    A quem estou enganando, eu jogo muito World of tanks, tudo culpa de Girls und Panzer e as skins do anime no jogo….
  • booker finisgeekis 1Vinicius Marino
    O gênero hoje é super popular. E creio que o boom de isekai também ajudou
    E também é algo que tem uma consonância com o público. Há muitos MMOs no mercado. Sobretudo no Japão, em que são disponibilizados até em mobile
    Não é mais coisa de “nicho” , como os games eram no passado
  • diego gonçalvesDiego
    Vamos e venhamos, o boom de isekai veio por causa do sucesso de SAO.
    É um loop de feedback
    Uma coisa reforça a outra.
  • buniiito4Fábio “Mexicano”
    Não exatamente. Já li um longo texto a respeito mas nunca vou achar o link agora
  • cat ultharGato de Ulthar
    Não consigo me interessar por isekais, todo mundo só fala nisso e chega a me dar náuseas.
  • buniiito4Fábio “Mexicano”
    O gênero isekai já era popular em light novels quando SAO explodiu
  • cat ultharGato de Ulthar
    O único isekai possível é Caverna do Dragão.
  • booker finisgeekis 1Vinicius Marino
    Ni no Kuni, o game do Studio Ghibli, é um excelente isekai
    Mas ele faz alguma coisa com o conceito. Não é só “uuuu, mundo de fantasia!”
  • buniiito4Fábio “Mexicano”
    Não se esqueçam de isekais clássicos dos anos 1990 como El Hazard e Caçadores de Elfas
    Acho que .hack foi o primeiro que propôs que o “outro mundo” fosse um MMO
  • diego gonçalvesDiego
    Mas para a gente voltar de toda essa tangente que eu comecei, uma curiosidade interessante é que esse novo anime contará com uma equipe completamente diferente das outras temporadas de SAO. O estúdio responsável é o 3Hz, o mesmo de Flip Flappers e Princess Principal, e tanto o diretor quanto o roteirista aparentemente nunca trabalharam em SAO.
  • cat ultharGato de Ulthar
    Sei que estou sendo repetitivo e inconveniente, mas a outra loli está usando duas lançadoras de granada, isso mesmo, duas!
  • buniiito4Fábio “Mexicano”
    Hahahahahhaha Gato! Desempolga um pouco Parece criança com brinquedo novo
    Enfim, ser o mesmo estúdio sem ser a mesma equipe não significa tanto assim, exceto em raros casos
    Mas ok, sejamos positivos: 3Hz, me traga mais um anime divertido com lolis, por favor!
    Pena que esse não é original, mas não se pode ter tudo
  • cat ultharGato de Ulthar
    Claro, se fossem somente lolis o anime seria muito melhor, mas como nem tudo é perfeito, acho que me divertirei com esse anime.
  • diego gonçalvesDiego
    Bom, o estúdio parece ser pequeno (se eu mencionar Dimension W e Sora no Method eu termino de falar tudo o que eles já produziram), e pelo menos o diretor já esteve previamente envolvido em Flip Flappers e em Princess Principal, então é alguma coisa.
  • buniiito4Fábio “Mexicano”
    Dimension W, não original, foi uma bagunça.
  • diego gonçalvesDiego
    Mas ainda foi divertido, vai (ao menos eu achei alguns momentos bem legais)
  • buniiito4Fábio “Mexicano”
    Eu gostei. Mas nem se compara a Princess Principal. Ou aos 5 primeiros episódios de Flip Flappers (preciso terminar de assistir…)
    Achei o artigo de que falei, e ele foca em light novels:.
    Tem esse também, mais carne de vaca e cheio de besteira, mas ele fala de animes então serve de complemento para o anterior.
  • diego gonçalvesDiego
    Bom, mas voltando ao anime em questão, eu diria que pelo menos Sword Art Online Alternative tem tudo para ser diferente das demais entradas na franquia. Os personagens são outros, o autor da novel original é outro, o estúdio e equipe por trás do anime também… Eu tenho esperanças de que será um anime promissor, ou, como já disse, no mínimo divertido.
  • buniiito4Fábio “Mexicano”
    Eu estou esperando um anime de MMO que só usa a marca Sword Art Online porque é conveniente, e isso é muito curioso.
    Aliás, conta aí, Diego, qual o mote desse, além de ser um Counter-Strike com uma jogadora com skin loli. Qual o drama da temporada, essas paradas. Ou você também não tem noção e só tá nessa porque é fanboy de SAO?
  • diego gonçalvesDiego
    Não tenho a menor ideia Do pouco que vi a respeito, aparentemente é um drama bem mais pessoal – a protagonista é uma garota alta complexada com a própria altura, e justamente por isso usa no jogo o avatar de uma personagem baixinha. Mais do que isso eu não sei, mas espero que seja uma história mais focada nos personagens do que em alguma premissa de “jogo de morte” ou coisa parecida.
  • cat ultharGato de Ulthar
    Olha, eu até pesquisei alguma coisa sobre o plot desse anime, mas parece que vai ser algo mais “humano”, sobre um garota que quer ser aceita, sem reviravoltas de conspirações e coisas do gênero.
  • buniiito4Fábio “Mexicano”
    Se o Kirito não trair a Asuna com ela já vai ser 100% melhor. E como eles não existem nesse SAO até onde eu sei, isso é garantido.
  • booker finisgeekis 1Vinicius Marino
    Bom, se for algo mais humano, que eles mantenham o pé no chão e nos dêem um enredo simples, eficiente e sem firulas. Digno de um anime de ação.
    Digamos que já tivemos umas experiências ruins aqui mesmo no Café com animes que morderam mais do que conseguiam engolir
  • diego gonçalvesDiego
    Tenhamos fé nas lolis armadas Mas vamos lá, porque o novo Sword Art Online não foi o único anime que escolhi para nossas discussões semanais E o segundo título é um que tem tudo para ser um dos melhores ou piores animes dessa temporada: o mais novo anime de Ginga Eiyuu Densetsu, popularmente mais conhecido como Legend of The Galactic Heroes. E bom, vamos à pergunta: alguém aqui além de mim tem alguma experiência com o anime antigo?
    Resultado de imagem para legend of the galactic heroes 2018
  • cat ultharGato de Ulthar
    Eu só sei que é um marco dos animes, e uma das Space Operas mais relevantes do mundo das animações.
  • booker finisgeekis 1Vinicius Marino
    Idem. Um daqueles clássicos de que já ouvi falar em todo lugar, mas que nunca tive coragem para assistir.
  • buniiito4Fábio “Mexicano”
    Eu gosto de guerras espaciais. O único jogo que já comprei na Steam se chama Space Empires e é um jogo de estratégia por turnos com um puta micro-gerenciamento, você desenvolve tecnologias, projeta naves, coloniza planetas, asteróides, constrói satélites, sondas, estações espaciais, é uma loucura.
    Bom, Legend of the Galactic Heroes obviamente é muito menos complexo do que isso, mas o pew-pew pareceu bem bonito nos trailers (e dizem que eles eram horrorosos nos animes anteriores).
  • diego gonçalvesDiego
    Há um bom motivo pelo qual todo mundo lembra das discussões políticas e temas abordados pelo anime anterior: porque a animação em si variava entre “perfeitamente normal para a época” e “uh… ah se isso fosse feito hoje…” As batalhas espaciais caem bem nesse segundo quesito, sendo legais pelo lado da estratégia, mas não exatamente as mais visualmente estimulantes (ainda que eu diria que passam bem longe de “horrorosas”, isso já seria meio hiperbólico).
    Felizmente, eu tenho fé no trabalho de animação do estúdio Production I.G., e imagino que teremos um anime consistentemente impressionante visualmente – e o episódio 1 parece comprovar essa hipótese (embora falamos mais dele quando da nossa discussão semanal rs)
    A nova adaptação aparentemente tem apenas dois pontos mais fracos: primeiro, o seu character design, que enquanto eu não acho nem remotamente tão ruim quanto a internet vem fazendo parecer, eu vou dizer que prefiro sim o anterior; e segundo, o seu tamanho, dado que serão apenas 12 episódios seguidos de 3 filmes, o que torna bem altas as chances da história terminar num baita clifhanger.
  • buniiito4Fábio “Mexicano”
    Um problema que um anime sobre guerra pode ter é táticas e batalhas que não pareçam verossímeis. O deslumbre visual ajuda a disfarçar isso, distraindo a atenção para o outro lado.
  • diego gonçalvesDiego
    Bom, eu não tenho reclamações quanto às táticas apresentadas no anime antigo – mas não sou nem de longe a pessoa mais qualificada para julgar algo do tipo Veremos o que vocês terão a dizer sobre elas nessa nova encarnação do título XD
  • cat ultharGato de Ulthar
    Estou muito curioso com esse anime, pelo trailer fiquei relativamente fascinado. Apreciei bastante a estética apresentada em LOGH.
  • buniiito4Fábio “Mexicano”
    Acho que nenhum de nós é especialista, mas isso não deixa de ser uma vantagem: se for algo tão sem sentido que nós acharmos que estão tomando decisões estúpidas, então devem estar mesmo muito ruins.
  • booker finisgeekis 1Vinicius Marino
    Eu não me incomodei com o character design. Ok, é bem mais genérico que o de sua versão original, mas também menos datado. LOGH é um anime dos anos 1980-1990 e deixa isto bem claro. Alguma modernização de visual seria necessária.
    De resto, tal como o Fábio também sou fã de jogos 4x de estratégia espacial. Se LOGH for tão legal quando uma partida de Stellaris, já me sentirei no lucro.
  • diego gonçalvesDiego
    Francamente não acho o visual moderno menos datado – talvez pareça isso por ser um visual mais recente. Se mais nada, acho o visual antigo bem menos “anos 80” do que muita coisa dos anos 80 rs (isso, claro, falando dos designs dos personagens). Mas mudando um pouco o assunto, vou aproveitar para perguntar: o que acham do estúdio production I.G.? Eu pergunto por ser um estúdio que eu tendo a gostar bastante, e que já entregaram pelo menos um outro excelente “revival” (antes disso ser moda rs), que foi Ghost In The Shell Stand Alone Complex.
  • buniiito4Fábio “Mexicano”
    Nada contra nem à favor, muito pelo contrário.
    Tendo a não ter opiniões fortes sobre estúdios grandes que basicamente subcontratam toda a produção e não tem exatamente uma marca registrada, um tipo de obra ou gênero ou qualquer coisa que os seja intimamente relacionado.
  • cat ultharGato de Ulthar
    Também não tenho uma opinião formada, mas várias coisas que vi desse estúdio eu curti, bastante ou moderadamente, como o ótimo Shinreigari: Ghost Hound, além de outros como Tsubasa: Tokyo Revelations, Psycho-Pass, Ghost in the Shell, Blood-C, etc.
  • booker finisgeekis 1Vinicius Marino
    Eu também não tenho opinião formada, mas confesso que meu caso é singular. Eu raramente checo estúdios antes de ver animes. Sou meio aventureiro nesse sentido. Salto às cegas no que me parece interessante.
    Ok, vez ou outra eu quebro a cara. Mas é muito gratificante quando tenho uma surpresa positiva.
  • buniiito4Fábio “Mexicano”
    Eu até checo, mas como dificilmente me importo, nem me lembro depois. Poucos estúdios me chamam a atenção, acho que só Kyoto Animation, Trigger e Shaft mesmo, que têm estilos únicos e facilmente reconhecíveis.
    Enfim, se já estamos falando de estúdio acho que esgotamos o assunto
    Vamos passar às palavras finais? O que esperam da temporada como um todo, e das nossas escolhas em particular, essas coisas.
  • booker finisgeekis 1Vinicius Marino
    Olha, eu não me lembro de estar tão ansioso com uma temporada há um bom tempo. Acredito que essa tem o potencial de ser a melhor (e mais polêmica) edição do nosso café
  • buniiito4Fábio “Mexicano”
    Se Mahou Shoujo Site mantiver o nível (de polêmica ) do primeiro episódio, a coisa vai ser tensa!
  • cat ultharGato de Ulthar
    Tomara, acho que fiz a escolha certa de anime para acompanhar! Claro, que isso não seria suficiente sem o antagonismo do Diego em desfavor do anime
    Mas tirando isso, todos os animes, penso eu, se mostraram interessantes, e essa será uma grande temporada do Café com Anime.
  • diego gonçalvesDiego
    Antagonismo meu em Mahou Shoujo Site e do Fábio e do Vinicius em SAO. Gato precisa pislotar em Hisone to Maso-tan pra manter o equilíbrio kkkkkk Mas ao que tudo indica será uma temporada interessante. Mesmo fora do Café já tivemos algumas ótimas estreias, e outros títulos com potencial ainda por estrearem. Estou animado pelo que os próximos meses nos trarão ^-^
  • booker finisgeekis 1Vinicius Marino
    Eu digo o mesmo. Vejo vocês no Finisgeekis para nossa discussão de Cardcaptor Sakura!
  • buniiito4Fábio “Mexicano”
    Mal posso esperar pela estreia de Hisone to Masotan, espero que todos gostem. Ou se for para não gostar, que dê o que falar pelo menos!
  • diego gonçalvesDiego
    Quero só ver como serão as conversas de LOGH e SAO Alternativa. Vejo vocês no É Só Um Desenho o/
  • cat ultharGato de Ulthar
    E por último, vejo vocês no Dissidência Pop acompanhando Mahou Shoujo Site!
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https://www.finisgeekis.com/2018/04/10/cafe-com-anime-primavera-2018-expectativas-da-temporada/feed/ 1 20095
Sadismo, humor e garotas mágicas: a visão perturbadora de Kentarou Satou https://www.finisgeekis.com/2018/03/20/sadismo-humor-e-garotas-magicas-a-visao-perturbadora-de-kentarou-satou/ https://www.finisgeekis.com/2018/03/20/sadismo-humor-e-garotas-magicas-a-visao-perturbadora-de-kentarou-satou/#comments Tue, 20 Mar 2018 20:53:44 +0000 http://www.finisgeekis.com/?p=20047  

Uma gothic Lolita chega à escola, cachos de parafuso e olhos vítreos. O professor a encara divertido. “Cosplay?” A resposta nunca vem. Em questão de segundos, seus miolos estão espalhados pelo chão.

O professor não é um único. A lolita invade a escola e chacina indiscriminadamente todos que vê. Cidade afora, garotas parecidas iniciam sua própria matança. De suas bocas, uma única palavra:

A abertura de Mahou Shoujo of the End, de Kentarou Satou, é uma das cenas mais criativas, inusitadas e chocantes do mangá contemporâneo.

Releituras sombrias de garotas mágicas não são exatamente novidade. Satou, porém, carregou tanto nas tintas, na surpresa e no mau-gosto que encontrou seu nicho entre os talentos da atualidade.

Com outra de suas obras, Mahou Shoujo Site, prestes a receber uma adaptação, vale a pena viajar pelo mundo torpe do autor. E entender (ou pelo menos tentar) a fascinação mórbida que suas histórias despertam.

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O que você faria se garotas mágicas existissem?

E se elas não fossem as colegiais samaritanas que conhecemos, mas entes assassinos desprovidos de vontade própria? Que transformam todos que matam em zumbis?

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Mahou Shoujo of the End é o que espera figures de Sailor Moon se caíssem nas mãos de Sid Phillips do filme Toy Story.  Sua trama não apenas desconstrói as heroínas fofas dos animes, como as transforma em antagonistas de um apocalipse zumbi.

O desastre é narrado pelos olhos de Tsukune, testemunha do ataque à escola que abre a trama. Com o passar dos capítulos, acompanhamos o garoto e uma aliança improvável de sobreviventes batalhando para escapar do pesadelo. E descobrir o que raios aconteceu com o mundo.

Satou estudou direitinho a cartilha da ficção zumbi. O mangá nos enche com um misto de pavor e esperança sádica na medida em que tememos (e torcemos) pela próxima morte perturbadora.

Os heróis são perseguidos por uma coleção diversa de garotas mágicas, com designs que vão da fofura kitsch de Sally the Witch às guerreiras high tech de Yuuki Yuuna. Algumas, como Parasyte M, não ficariam deslocadas em um pesadelo do Junji Ito.

Se você gostará ou não do mangá dependerá da sua tolerância aos excessos do gênero zumbi. Satou abusa do mau-gosto em um nível raramente visto em obras mainstream.

Suas personagens femininas estouram os limites do fanservice diretamente para o grotesco. Algumas de seus protagonistas – como um policial sociopata necrófilo – parecem um insulto deliberado aos leitores. Que nós nos flagramos torcendo por seu sucesso é um sinal do brilhantismo do autor, a despeito de seus esforços para nos repugnar.

Satou veste sua irreverência na manga. A obra nunca traz a pretensão de ser séria, mesmo quando seu enredo atravessa temas espinhosos.

A descoberta de que o apocalipse de mahou shoujo pode ter sido orquestrada por uma vítima de bullying traz à mente os atentados armados às escolas e o revanchismo (muitas vezes violento) praticado por aqueles que sofreram abuso.

Ao visitarmos a casa da vítima e encontrarmos desenhos das garotas mágicas assassinas, feitos ainda na sua infância, é difícil não se lembrar do twist final de Paranoia Agent.

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Seria aquele o mundo real? Ou apenas uma fantasia de vingança transformada em histeria coletiva?

Mahou Shoujo of the End, Satou está compenetrado demais em seu horror nonsense para responder à questão. Felizmente, não é o caso de seu segundo trabalho, em vias de ganhar as telas.

Mahou Shoujo Site

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Mahou Shoujo Site nasceu como um spin-off da obra anterior de Satou, embora se sustente pelas próprias pernas. É, também, uma obra muito mais afiada – e intrigante – que o hit que o lançou ao estrelato.

Aya Asagiri é uma garota introvertida que sofre bullying na escola. Seu irmão é um pedófilo sádico que sente prazer em torturá-la.

Quando as coisas pareciam não poder mais piorar, Aya descobre um site misterioso. Sua porta-voz, uma admin que se identifica apenas como Nana (“Sete” em japonês), promete lhe enviar um báculo pelo correio.

O “báculo”, Aya descobre, é a arma encantada de uma mahou shoujo. Ao usá-la contra as veteranas que a violentam, a garota se surpreende ao vê-las arremessadas à morte.

Não demora para que Aya seja contatada por outra mahou shoujo, Tsuyuno Tamatsura. Com a experiência de uma Mami Tomoe e a agressividade de uma Kyoko Sakura, Tsuyuno se torna sua mentora nesse mundo de magia e violência.

O contrato contém todas as letras miúdas da era pós-Madoka. Seus báculos se alimentam de suas energias vitais. Nana é uma presença desconcertante, desenhada no traço difuso dos creepypastas dos anos 2000.

A origem do site parece estar na Tempestade, um cataclismo misterioso anunciado na página principal. Seria ele um apocalipse? Um expurgo? Uma tragédia a ser evitada?

Motivadas por instruções ambíguas de Nana, algumas garotas passam a crer que ele é uma espécie de teste. Um que, para “vencer”, exige que as mahou shoujo matem umas às outras.

Com sangue, cinismo e humor negro, Kentarou Satou nos traz a versão “garotas mágicas” de Batalha Real Jogos Vorazes. 

A tirania da realidade

Ambos os mangás chegam, por vias estranhas, a uma verdade de que já falei em uma coluna passada.

Garotas mágicas não são apenas “mágicas”. Elas têm o poder de moldar a realidade aos seus desejos. Às vezes, mesmo dentro de suas histórias elas são vistas como dei ex machina, cartadas finais para solucionar os problemas da humanidade.

Não digo aqui o poder literal de decidir o que existe ou inexiste (muito embora ele seja parte de seu arsenal). Sua luta pelo “amor e justiça” atravessa testes cósmicos, profecias e juízos finais porque elas são a engrenagem necessária para fazer o mundo girar. Quer elas saibam – e queiram – ou não.

É um poder grande. Grande demais, talvez, para um único indivíduo possuir. E cujo aprendizado não raro leva ao julgamento de que o melhor uso para báculos – como bombas atômicas e decretos de exceção – é não os usar de forma alguma.

Isso soa bem àqueles que estão satisfeitos. Aos fracos e oprimidos, porém, a conversa é outra. Não é preciso muito para convencer alguém que amargou a vida na injustiça a virar as mesas de como o mundo funciona. Nem que isto implique em violência, revanchismos e novas tiranias.

É uma posição que o vilão de Mahou Shoujo of the End leva às últimas consequências. Após um percurso que envolve viagens no tempo, conspirações industriais e pactos com demônios, descobrimos que o apocalipse é apenas fachada para uma transformação ainda maior: reescrever a própria existência.

As garotas de Mahou Shoujo Site são as vítimas que trarão a mudança. Suas histórias são quase caricaturas de sofrimento, com episódios de abuso e violência tão brutais que arrepiariam até mesmo serial killers.

“Que tristeza!” diz Nana ao se apresentar a suas possíveis recrutas. E nós, espectadores, nos perguntamos qual seria a verdadeira “tristeza”. A tragédia por que passaram ou o fato de que sua revolta será canalizada para os piores fins possíveis.

Nas mãos de escritor temperado, Mahou Shoujo Site poderia se tornar um comentário fulminante sobre abuso, revanchismo e a pior face da natureza humana.

Infelizmente, Satou cai na armadilha de tantos que já escreveram sobre a violência. Ao carregar nas tintas para vender seu ponto, o mangaká confunde denúncia com apologia.

Suas personagens são tão bidimensionais e seus vilões, tão perversos, que não convencem como humanos de carne e osso. A sanguinolência de seu mangá é tão pornográfica que nos perguntamos se devemos nos arrepiar com o sofrimento ou sorrir dos membros decepados, troncos partidos ao meio e miolos esparramados.

Em uma cena icônica, uma garota tem a família chacinada por um mendigo. Transformada em mahou shoujo, ela o captura, prende a uma engenhoca e o tortura por meses. O episódio soa como uma releitura de A Pele que Habito reimaginada como uma gorefest de Robert Rodriguez. Que o mendigo morra de maneira inesperada, fatiado por um “fogo amigo” durante o duelo com outra mahou shoujo¸só reforça a impressão.

É correto esperar diferente? Talvez não. Satou é muito claro em sua proposta e a executa à perfeição. Infelizmente, há uma outra história dentro de Mahou Shoujo Site, tão reprimida quanto suas protagonistas, que busca a todo custo a pena que lhes dê a luz.

Quiçá um dia, na visão de outro autor, ela venha a ser contada.

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