Olá Vitor.
Muito obrigado! Fico lisonjeado que tenha curtido.
Eu ando muito ocupado com meu trabalho acadêmico, por isso não dei atenção ao blog nesse último ano. Mas eu pretendo voltar a escrever para ele quando a poeira baixar. Inscreva-se na lista de e-mails, caso ainda não o tenha feito, daí você receberá notificação quando um novo texto for lançado.
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]]>O cara fez o melhor texto sobre Lain e desapareceu, sensacional cara que isso
]]>Carol, interessante vc pensar assim, pq eu tb já tinha considerado essa possibilidade, dentre inúmeras outras interpretações que já tive (ou já li) sobre SE Lain.
É engraçado pq seu comentário é pequeno e parece simplório, mas se vc assistir toda a série de novo sempre tendo em mente a sua premissa como norte elementar pra compreender tudo, a coisa toda fica bem mais fácil de entender a passa a fazer todo o sentido.
Mas é claro, tem que presumir algo que o autor da série não explicita em momento nenhum, mas que nós sabemos que faz parte do imaginário do povo japonês: a certeza da existência de um mundo espiritual e da vida após a morte. Daí talvez “Lain” possa ser na verdade o alter-ego da alma da suicida, e que estaria se perdendo na sua própria loucura.
Enfim, apenas mais uma possibilidade, apenas mais um PDV, que só serve pra corroborar que SE Lain é uma das coisas mais impressionantes já produzidas pelo gênero humano em todos os tempos, e a masterpiece do nosso zeitgeist.
]]>Cara, adorei seu texto, li ele por inteiro, tanto essa publicação quanto o seu texto me fizeram enxergar ainda mais sobre o que Lain tem a oferecer.
]]>Caro Mensageiro,
Obrigado pelo comentário e pelo aviso. Esse tipo de coisa são ossos do ofício ao se escrever na internet. Tomarei as providências necessárias.
]]>Terminei Lain recentemente e gostei muito da sua análise, me ajudou a pegar muitas referências que tinham passado batido.
Me desculpe por ser portador de uma notícia não tão boa…
Além da sua, procurei algumas outras análises sobre Lain. Encontrei um vídeo no YouTube no qual o cara praticamente lê vários trechos da sua resenha, mas não o vi dando crédito algum no vídeo. Eu acho esse tipo de coisa MUITO errada, então me sinto na obrigação de te avisar.
]]>De certa forma, pensamos o mesmo que vocês Vinícius (no plural), pois me deparo com os dois neste momento e acredito que sou (somos) os muitos que nos antecederam, que caso fossem “fundidos” de forma mais ativa, como já ocorre, e se aprofundará num futuro talvez próximo de ainda maior cyber-conectividade, poderemos ampliar de forma quase que inimaginável a nossa capacidade de compreensão, e eu diria até, de penetração naquilo que podemos chamar “realidade”; da possibilidade de sua desconstrução, tomando como partida os entendimentos e parâmetros daquilo que chamamos de sociedade na contemporaneidade, a despeito das possibilidades do pensamento materialista histórico, com todas as abstrações possíveis.
Ainda não li as obras de Úrsula Le Guin, Bruce Sterling e Willian Gibson, e apesar de não ter muita simpatia, ou na realidade nenhuma, com aspectos metafísicos do pensamento, algo nos leva a pensar que vim parar aqui para pegar essas dicas e desaprender um pouco com tudo isso. Ora, se o “eu” é múltiplo e o inconsciente coletivo se faz presente de alguma forma, talvez possamos dizer que esta conectividade sempre existiu de alguma forma, porém não no patamar que tem tomado forma da maneira mais atual.
Segundo relatos que nos chegaram, Sidarta Gautama, no século quinto A.C já falava coisas como: somos um só, estamos todos interligados, etc. Se partimos da teoria do Big Bang e tudo mais correlato, passando por Darwin e a sua evolução, etc., talvez seja possível vislumbrar o agora como uma continuidade do que se passou, e o amanhã como continuidade do agora, e neste sentido não existiram nenhum dos dois, nem passado, nem futuro, mas só o tempo presente. A própria ideia de tempo nos parece algo bastante artificial e forçada, caso seja possível admitir que as coisas simplesmente vão mudando de forma, e essa mudança nos leva à falsa sensação que já estamos no “depois”.
Debates deste tipo nos interessam muito – novamente, quando uso pronome plural, estamos falando dos diversos “eus”, pois são quase que raros no espaço da “academia”, pra não falar do nosso cotidiano com nossos próximos, fisicamente ou virtualmente falando. Destarte, não temos como não nos lembrarmos de obras recentes tais como “love, death and robots” no episódio especifico da geladeira, Black mirror, com “san junipero”, e na literatura o capítulo “o delírio” de Memórias Póstumas de Brás Cubas, em que Machado traça o desenvolvimento da humanidade até um “futuro” remoto, em seus ciclos intermináveis, bem como Admirável Mundo Novo, se nos atermos aos aspectos mais tecnológicos da coisa, ou a obra de Herman Hesse, caso queiramos pensar a ideia de uno num sentido mais filosófico-transcendental dos budistas mesmo.
Para Sidarta, sempre fomos, somos e seremos um só, interligados em proporções tanto diminutas, quanto cósmicas. A rede tem nos ligado de forma mais avassaladora, tanto para o “bem” quanto para o considerado “mal”. Na união que se intensifica, pergunto eu, tenderemos para quais destes lados? De uma harmonização virtuosa, que poderia nos permitir continuar enquanto espécie ou a de intensificação da violência sobre tudo aquilo que consideramos como “outro”? Infelizmente, essa última possibilidade parece ter prevalecido em larga escala.
Já viram “Páprika”? “A realidade é que vem da ficção”.
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