Comigo foi assim semana passada. Em uma conversa recente, ouvi um colega dizer que investiu\u00a0U$ 260,00 no kickstarter do Shenmue 3<\/em>. Disse que chorou ao ver o an\u00fancio na E3. Perguntei em que plataforma ele iria jogar; ele disse o PS4. Perguntei se ele tinha um\u00a0PS4; ele disse que compraria s\u00f3 para jogar Shenmue<\/em>. Eis que meu radar de gamer hardcore come\u00e7ou a apitar.<\/p>\n Lancei ent\u00e3o a pergunta: e o Final Fantasy VII<\/em>? O que achavam do remake?<\/p>\n Nesse ponto, o tom mudou. Outro colega disse: \u201cJogava quando era moleque. Hoje em dia \u00e9 imposs\u00edvel.\u201d Parou de jogar videogames? N\u00e3o, jogava ainda, s\u00f3 n\u00e3o mais jogos longos.<\/p>\n <\/p>\n Quando os tempos eram outros<\/p><\/div>\n A situa\u00e7\u00e3o \u00e9 compreens\u00edvel. Segundo o HowLongtoBeat<\/a>, site que cataloga m\u00e9dias de tempo que os gamers levam para terminar seus jogos, FFVII<\/em> demanda\u00a0alguma coisa entre 30h e 70h para ser terminado. E isso contanto apenas a quest principal: um complecionista pode rodar de 60h a absurdas 300h dependendo de qual for seu ritmo de jogo.<\/p>\n O game n\u00e3o \u00e9 um ponto fora da curva. Zelda: Ocarina do Tempo <\/em>podia chegar a 50h (supondo que voc\u00ea n\u00e3o ficasse travado em um dungeon por dias a fio, como acontecia comigo o tempo todo). Secret of Mana<\/em>, o cl\u00e1ssico de SNES, girava em torno de 30h a 70h caso voc\u00ea quisesse esgot\u00e1-lo. A dobradinha Baldur\u2019s Gate 1 <\/em>e 2 <\/em>dificilmente sa\u00eda por menos de 80h para a quest principal\u00a0ou 200h contando miss\u00f5es secund\u00e1rias. Se quiser colocar algum Elder Scrolls <\/em>na lista, prepare-se: explorar tudo o que estes games t\u00eam a oferecer pode levar mais de 1000h.<\/p>\n Por jogo<\/p><\/div>\n N\u00e3o \u00e9 \u00e0 toa que muitos abriram m\u00e3o desse tipo de game em troca de t\u00edtulos multiplayer, de pequeno porte ou vazios do ponto de vista narrativo. Aqueles que criticam FIFA <\/em>e GTA <\/em>como \u201cdivers\u00e3o de ignorantes\u201d cometem uma grande injusti\u00e7a. Nos dias de hoje, quem tem 100h para gastar num jogo?<\/p>\n Por incr\u00edvel que pare\u00e7a, muita gente. \u00c9 quest\u00e3o de saber usar bem o tempo, preparar-se para o desafio e \u2013 \u00e9 claro \u2013 estar disposto a embarcar em jornadas virtuais que durem meses.<\/p>\n Abaixo, passarei algumas dicas para aqueles que sentem saudades das experi\u00eancias digitais da juventude, est\u00e3o dispostos a encarar o desafio, mas sentem\u00a0dificuldade em voltar \u00e0 forma.<\/p>\n O que sempre me espanta na maioria dos gamers \u201cenferrujados\u201d \u00e9 que, ao mesmo tempo em que dizem que n\u00e3o t\u00eam tempo para jogos longos, eu os vejo a torto e a direito fazendo maratonas de s\u00e9ries de TV, virando a noite com reality shows ou passando horas no vaso navegando no 9gag. Por algum motivo, videogames parecem \u201cpesar\u201d mais do que todas essas outras atividades.<\/p>\n Por qu\u00ea?<\/p>\n Games s\u00e3o vistos (n\u00e3o sem raz\u00e3o, diga-se de passagem) como entretenimento que exercita o c\u00e9rebro. Enquanto que a reprise de um programa favorito nos permite deixar a cabe\u00e7a no \u201cautom\u00e1tico\u201d, a concentra\u00e7\u00e3o, multi-tasking e per\u00edcia exigida pelos jogos nos obriga a ficar alertas. Depois de um dia cansativo, ningu\u00e9m quer desperdic\u00e1r as horas de descanso com mais trabalho.\u00a0 Correto?<\/p>\n Em parte. Desenvolvedores tamb\u00e9m s\u00e3o gente, e sabem que \u00e0s vezes n\u00e3o queremos nada al\u00e9m de cair no sof\u00e1 e ligar o protetor de tela da vida\u00a0por algumas horas. Por esta exata raz\u00e3o, muitos games s\u00e3o feitos com isso em mente. Por mais \u201cadulto\u201d, \u201cs\u00e9rio\u201d e \u201ccomplexo\u201d que um t\u00edtulo seja, ele quase sempre vai ter um zilh\u00e3o de atividades meniais, pensadas sob medida para esses momentos do dia em que queremos \u2018desligar\u2019.<\/p>\n Mass Effect <\/em>ganhou os louros da cr\u00edtica por sua hist\u00f3ria comovente. Mas \u00e9 bom lembrar que a maior parte do jogo, quantitativamente falando, se passa viajando \u00e0 toa pela gal\u00e1xia, coletando minerais ou escaneando planetas. Os jogos da Rockstar t\u00eam momentos de grande tens\u00e3o, mas nada nos impede de dirigir \u00e0 esmo ouvindo o r\u00e1dio de nosso carro virtual. E em Skyrim<\/em>, para cada drag\u00e3o que matamos h\u00e1 quil\u00f4metros de montanhas arborizadas com florzinhas para coletarmos<\/a>.<\/p>\n Essas s\u00e3o atividades relaxantes, prazeirosas e que exigem pouco do c\u00e9rebro. Podem ser muito mais legais (e esteticamente mais agrad\u00e1veis) do que rever o mesmo gif de gato pela octag\u00e9sima vez. Como cereja do bolo, elas cumprem uma fun\u00e7\u00e3o pr\u00e1tica. \u00a0Fetch quests, <\/em>por exemplo,\u00a0existem em quase todos os jogos e geralmente d\u00e3o algum benef\u00edcio (seja em experi\u00eancia, itens ou recursos) que pode fazer a diferen\u00e7a\u00a0mais para a frente.<\/p>\n N\u00e3o fosse o bastante, essas atividades simples \u201ctreinam\u201d o jogador para os momentos mais importantes do jogo, ajudando em outro grande por\u00e9m: a dificuldade. Dirigir \u00e0 esmo em GTA<\/em> nos faz, com o tempo, memorizar o mapa das cidades, algo essencial\u00a0para\u00a0persegui\u00e7\u00f5es. O minigame de pugilismo\u00a0do Witcher 3<\/em>, muito mais dif\u00edcil que as batalhas \u201cnormais\u201d, diga-se de passagem, treina reflexos que fazem do combate bem mais tranquilo.<\/p>\n Mais: jogos podem ter 70h de dura\u00e7\u00e3o, mas boa parte das quests t\u00eam come\u00e7o, meio e fim\u00a0e\u00a0podem ser completadas em menos de uma hora. No tempo que leva para assistir a um epis\u00f3dio de CSI: Miami <\/em>d\u00e1 para liberar uma ru\u00edna Dwemer em Skyrim <\/em>ou pegar o trof\u00e9u de\u00a0uma\u00a0arachas\u00a0no Witcher.<\/i><\/p>\n Caia\u00a0dura que eu tenho que preparar o jantar<\/p><\/div>\n E quanto \u00e0s miss\u00f5es principais? Os momentos de decis\u00f5es sem volta, de per\u00edcia e estrat\u00e9gia? As boss fights?\u00a0<\/em>Estes deixamos para os fim de semana livres, f\u00e9rias e feriados; para os momentos em que realmente temos horas \u00e0 fio livres para fazer o que quisermos e curtir a experi\u00eancia sem culpa.\u00a0Main quests <\/em>de games geralmente fluem bem e s\u00e3o, no conjunto, \u00a0mais curtas que o total das atividades secund\u00e1rias. Cuidando do conte\u00fado de \u201cenchimento\u201d ao longo da “semana \u00fatil”, o que resta da experi\u00eancia pode ser terminado em poucos dias.<\/p>\n Essa \u00e9 uma dica que eu dava para os meus jogadores quando mestrava RPG de mesa. Na adolesc\u00eancia, quando n\u00e3o fazemos nada da vida, \u00e9 f\u00e1cil jogar com frequ\u00eancia. J\u00e1 depois de envelhecermos n\u00e3o \u00e9 incomum passarmos semanas sem tocar no console ou PC.<\/p>\n A consequ\u00eancia mais \u00f3bvia \u00e9 \u201cenferrujarmos\u201d e perdemos a\u00a0familiaridade com o sistema ou com os controles. Jogos complexos, que requerem reflexos ou memoriza\u00e7\u00e3o, s\u00e3o os mais afetados. \u00a0Nisso, a rotina do item anterior ajuda em muito. Combinada com uma dificuldade mais baixa (ao menos para o per\u00edodo de \u201caclimata\u00e7\u00e3o\u201d) isto deixa de ser um problema.<\/p>\n No entanto, \u00e9 muito prov\u00e1vel que perdamos tamb\u00e9m qualquer ideia do que acontecia no jogo at\u00e9 aquele momento. Era o que acontecia nos meus\u00a0encontros de RPG: apesar das pessoas guardarem\u00a0uma no\u00e7\u00e3o b\u00e1sica da hist\u00f3ria, os detalhes, sutilezas e atmosfera eram esquecidos. Um jogo narrativo, destilado deste jeito, perde toda a gra\u00e7a.<\/p>\n \u00c9 aqui que entram os di\u00e1rios de campanha. Como todo di\u00e1rio, a ideia \u00e9 que seja uma r\u00e9cita do que aconteceu de importante at\u00e9 aquele momento. Ele pode ser feito dia ap\u00f3s dia, semana ap\u00f3s semana, ou antes de qualquer pausa significativa. Tudo \u00e9 v\u00e1lido: o nome e identidade das personagens, os itens mais utilizados, os controles para as manobras de maior sucesso, desabafos. Para ficar mais interessante, ele pode ser \u201cmultim\u00eddia\u201d, inclu\u00edndo imagens, screenshots, achievements e outras coisas mais.<\/p>\n Di\u00e1rios de campanha podem virar passatempos em si. Eles s\u00e3o muito populares em games de estrat\u00e9gia. Alguns f\u00f3rums t\u00eam inclusive sess\u00f5es espec\u00edficas para os AARs<\/a> (After Action Reports<\/em>), em que um jogador narra sua jornada e os demais comentam.<\/p>\n Independente do n\u00edvel de envolvimento, a estrat\u00e9gia funciona. Um bom di\u00e1rio de campanha \u00e9 capaz de localiz\u00e1-lo na hist\u00f3ria que deixou para traz em uma \u00fanica lida. Ele n\u00e3o precisa ser feito enquanto jogamos; antes, \u00e9 \u00fatil deix\u00e1-lo para as horas perdidas do dia, para as filas de banco e para os chamados da natureza. Aplicativos como o Evernote<\/a> permitem que voc\u00ea exporte o documento para o computador, caso queira retrabalh\u00e1-lo depois.<\/p>\n No final das contas, quando falamos de \u201cjogos longos\u201d single player estamos falando de dois tipos de experi\u00eancia. De um lado, temos os t\u00edtulos abertos, expansivos, que prezam pelo gameplay emergente e trocam profundidade por quantidade. Elder Scrolls<\/em>, e as dezenas de s\u00e9ries que chupinharam seu sucesso, s\u00e3o os maiores exemplos.<\/p>\n Esses jogos, quando bem feitos, s\u00e3o lindos, viciantes e repetitivos. A ideia n\u00e3o \u00e9 vender uma hist\u00f3ria, mas a sensa\u00e7\u00e3o de se estar em outro lugar. Se f\u00f4ssemos fazer um paralelo com o mundo anal\u00f3gico, eles seriam os passeios no parque ou no museu. Voc\u00ea n\u00e3o precisa (e nem deve) fazer ou ver tudo. Foque nas coisas que lhe agradam e, quando cansar, v\u00e1 embora.<\/p>\n Acho que por hoje j\u00e1 deu<\/p><\/div>\n Do outro lado, no entanto, h\u00e1 os jogos que s\u00e3o grandes por que realmente <\/em>s\u00e3o uma montanha-russa de emo\u00e7\u00f5es e esperam se tornar parte de sua vida. S\u00e3o os JRPGs \u00e0 la Final Fantasy<\/em>, os jogos da Bioware, com suas quase 100.000 palavras de di\u00e1logo, as sandboxes <\/em>da Rockstar, que t\u00eam de enredo quase tanto quanto oferecem de filler, e com qualidade semelhante.<\/p>\n “Oh, but you will. You will be responsible”<\/p><\/div>\n Para esses jogos, n\u00e3o adianta fazer um piquenique e ir embora. Eles nos encorajam a comprar o desafio de\u00a0Clarice Lispector, em seu conto Felicidade Clandestina<\/em>. Nele, uma garota fica encantada ao ganhar um livro do Monteiro Lobato porque ele \u00e9 enorme: ela sente que, mais do que l\u00ea-lo, vai viver <\/em>parte da sua vida com ele. Aqueles que j\u00e1 passaram manh\u00e3s pregui\u00e7osas na escola imaginando as aventuras digitais que viveriam quando chegassem em casa, ou que sofreram no trabalho pensando se destruir o genophage <\/em>foi mesmo a escolha certa sabem do que estou falando. Jogos longos vivem <\/em>conosco por um tempo.<\/p>\n Se os primeiros, no mundo real, seriam uma caminhada, esses jogos s\u00e3o\u00a0as s\u00e9ries de TV. Seus enredos s\u00e3o rebuscados, epis\u00f3dicos e cativantes, com muitos altos e baixos\u00a0e suspense. Se voc\u00ea for parar para pensar, o tempo que gastamos nelas \u00e9 mais ou menos o mesmo. Game of Thrones, <\/em>de cabo a rabo, toma dos espectadores 50h; Breaking Bad<\/em>, pouco mais de 60h. The Sopranos\u00a0<\/em>chega a 86h,\u00a0e Mad Men<\/em> passa da marca das 90h. J\u00e1 se voc\u00ea quiser assistir Grey\u2019s Anatomy <\/em>em uma tacada, tenho m\u00e1s not\u00edcias: a s\u00e9rie tem mais de 240h e ainda n\u00e3o acabou.<\/p>\n Ao contr\u00e1rio de sitcons e procedurais de pol\u00edcia,\u00a0essas s\u00e9ries n\u00e3o foram feitas para serem vistas \u201cem migalhas\u201d. \u00c9 a especula\u00e7\u00e3o, a \u00e2nsia pelo final, a empatia a longo prazo com os personagens que fazem a alma do neg\u00f3cio. Longos games narrativos s\u00e3o a mesma coisa. Termin\u00e1-los n\u00e3o \u00e9 f\u00e1cil, mas o pr\u00eamio, como diria Jacob Taylor<\/a>, vale cada gota de suor.<\/p>\n Jonas Mattson, um dos criadores de\u00a0Witcher 3<\/em>, disse isso com todas as letras em uma entrevista<\/a> anos atr\u00e1s:<\/p>\n \u201cEu sou um f\u00e3 de <\/em>Skyrim, v\u00e1rios de n\u00f3s amam\u00a0<\/em>Skyrim. Mas enquanto eles est\u00e3o fazendo a coisa deles, como mundo aberto, pular e correr pelos cantos casualmente, n\u00f3s estamos fazendo um pouco diferente. N\u00f3s estamos investidos pesado em narrativa e mundo aberto. Isto n\u00e3o foi realmente feito antes e n\u00f3s queremos provar que pode ser feito.”<\/em><\/p>\n Agora, se mesmo com toda a boa vontade e organiza\u00e7\u00e3o do mundo terminar um aventura de 100h estiver ainda imposs\u00edvel, acalme-se. Afinal de contas, lembre-se de que…<\/p>\n Na minha inf\u00e2ncia, jogo era algo que se \u201czerava\u201d. A g\u00edria vem das m\u00e1quinas de pinball, cujos marcadores de ponto tinham 6 ou 7 d\u00edgitos e voltavam para o zero quando chegavam a um n\u00famero muito grande. Hoje, fala-se em \u201cplatinar\u201d, oriundo dos achievements <\/em>de n\u00edvel platina, obtidos ao cumprir todos os outros de um dado t\u00edtulo. O sentido \u00e9 o mesmo: h\u00e1 um limite de coisas para se fazer em um jogo. Para \u201ctermin\u00e1-lo\u201d, \u00e9 preciso deixar tudo devidamente feito.<\/p>\n Assim pensa o \u201ccomplecionista\u201d. \u00c9 uma forma incr\u00edvel e desafiadora de se encarar o game<\/em>, desde que se tenha muita paci\u00eancia e tempo de sobra. Exatamente o contr\u00e1rio do que a maioria dos adultos pode dizer que t\u00eam. E n\u00e3o h\u00e1 nada de errado nisso.<\/p>\n Agora volte ao\u00a0mapa do come\u00e7o desse post<\/p><\/div>\n Se voc\u00ea \u00e9 daqueles que se desanima ao saber que est\u00e1 deixando coisas para tr\u00e1s, saiba que n\u00e3o \u00e9 preciso ser um complecionista para curtir um jogo longo at\u00e9 o fim. N\u00e3o porque \u201csomos humanos e ningu\u00e9m \u00e9 perfeito\u201d ou qualquer outra bobagem do tipo. Mas porque boa parte do conte\u00fado em jogos est\u00e1 l\u00e1 s\u00f3 para dar volume.<\/p>\n Mass Effect <\/em>tem miss\u00f5es para se coletar minerais e rel\u00edquias na superf\u00edcie de planetas, mas o n\u00famero destes recursos no jogo \u00e9 muito maior do que o necess\u00e1rio para que as completemos. Na maioria dos RPGs, o ganho monet\u00e1rio \u00e9 t\u00e3o grande que se torna redundante ap\u00f3s certo ponto:\u00a0as recompensas, tesouros e j\u00f3ias encantadas perdem todo o sentido. J\u00e1 certos jogos t\u00eam o\u00a0level cap<\/em>\u00a0t\u00e3o baixo que pode ser atingido antes do final da experi\u00eancia. Ap\u00f3s isto, completar miss\u00f5es vira \u2018esporte\u2019: n\u00e3o h\u00e1 mais nenhum ganho concreto.<\/p>\n![\"Quando](\"https:\/\/i0.wp.com\/www.finisgeekis.com\/wp-content\/uploads\/2015\/07\/longest-journey.jpg\")
<\/a>1. Separe o relaxante do cansativo\u00a0e organize sua agenda de acordo<\/h3>\n
<\/p>\n<\/a><\/p>\n2. Crie um di\u00e1rio de campanha<\/h3>\n
<\/p>\n<\/a><\/p>\n3. Voc\u00ea n\u00e3o \u00e9 obrigado a jogar at\u00e9 o fim, mas vale a pena se esfor\u00e7ar para chegar l\u00e1<\/h3>\n
<\/a><\/p>\n<\/a>4. Chegar ao final n\u00e3o \u00e9 sin\u00f4nimo de \u201ccomplecionismo\u201d<\/h3>\n
<\/p>\n<\/a>