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{"id":22817,"date":"2021-04-28T17:42:00","date_gmt":"2021-04-28T20:42:00","guid":{"rendered":"http:\/\/www.finisgeekis.com\/?p=22817"},"modified":"2021-04-28T18:17:44","modified_gmt":"2021-04-28T21:17:44","slug":"first-person-singular-retrato-de-um-murakami-sob-ataque","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/www.finisgeekis.com\/2021\/04\/28\/first-person-singular-retrato-de-um-murakami-sob-ataque\/","title":{"rendered":"“First Person Singular”: retrato de um Murakami sob ataque"},"content":{"rendered":"

Haruki Murakami \u00e9 conhecido por um estilo inimit\u00e1vel de realismo fant\u00e1stico. E por retratos t\u00e3o comoventes sobre a solid\u00e3o que fazem qualquer um procurar um copo de whisky ao som de um jazz melanc\u00f3lico.<\/p>\n

Suas hist\u00f3rias reproduzem\u00a0 a esquisitice t\u00edpica dos sonhos. Nos seus melhores momentos, sua prosa empresta a vida e imagina\u00e7\u00e3o de um de seus maiores \u00eddolos, Raymond Chandler<\/a>.<\/p>\n

O Assassinato do Comendador, <\/em>seu \u00faltimo romance publicado no Jap\u00e3o em 2017 e aqui no Brasil em 2019, n\u00e3o foi um desses trabalhos.<\/p>\n

O New York Times<\/a> o chamou de \u201cuma decep\u00e7\u00e3o vinda de um autor que j\u00e1 escreveu trabalhos muito melhores.\u201d O Irish Times<\/a> comparou suas personagens a m\u00f3veis baratos que o autor esqueceu de montar. Uma de suas cenas de amor foi nomeada ao Bad Sex award<\/a>, premia\u00e7\u00e3o que \u201cprestigia\u201d as piores descri\u00e7\u00f5es de sexo da literatura.<\/p>\n

Na minha pr\u00f3pria resenha<\/a>, comentei que \u201cboa parte de suas 700 p\u00e1ginas s\u00e3o perdidas em divaga\u00e7\u00f5es pseudo-profundas\u201d e ideias recauchutadas de seus livros mais inspirados.<\/p>\n

O pr\u00f3prio Murakami n\u00e3o ajudou a si pr\u00f3prio. Em entrevista para o site The Guardian<\/a>, ele argumentou que dar sentido a hist\u00f3rias \u00e9 tarefa de “pessoas inteligentes” \u2013 coisa que escritores n\u00e3o precisam ser.<\/p>\n

First Person Singular, <\/em>sua primeira obra depois de Comendador<\/em>, pode n\u00e3o ser o livro que seus f\u00e3s merecem. Mas ele \u00e9, sem d\u00favida aquele de que o pr\u00f3prio Murakami precisava.<\/p>\n

Colet\u00e2nea de contos com um forte tom autobiogr\u00e1fico, \u00e9 um retrato tragic\u00f4mico de um escritor cuja prosa j\u00e1 viu dias melhores \u2013 e que veste seus defeitos como uma confort\u00e1vel e pu\u00edda camiseta de estima\u00e7\u00e3o.<\/p>\n

<\/p>\n

Primeira pessoa do singular<\/strong><\/h3>\n
\"\"

Algumas das edi\u00e7\u00f5es do livro ao redor do mundo<\/p><\/div>\n

First Person Singular <\/em>\u00e9 o t\u00edtulo de uma das hist\u00f3rias que livro traz, mas tamb\u00e9m uma assinatura que f\u00e3 nenhum do autor falhar\u00e1 em identificar. Por mais que tenha experimentado com outras vozes em obras como 1Q84 <\/em>e Ap\u00f3s o Anoitecer<\/em>, a l\u00edngua natal de Murakami \u00e9 a primeira pessoa.<\/p>\n

\u00c9 dif\u00edcil saber onde os homens solit\u00e1rios, auto-depreciativos e intelectualmente sofisticados de suas hist\u00f3rias terminam e o \u00a0autor que os escreve come\u00e7a. Em sua nova colet\u00e2nea, Murakami joga a distin\u00e7\u00e3o pela janela, com contos que se passariam pela autofic\u00e7\u00e3o n\u00e3o fosse a presen\u00e7a de macacos falantes e LPs sobrenaturais.<\/p>\n

Um de seus contos\u00a0 (The Yakult Swallows Poetry Collection<\/em>) \u00e9 explicitamente narrado por um \u201cHaruki Murakami\u201d. Mesmo nos outros, por\u00e9m, n\u00e3o \u00e9 preciso muito para saber que estamos enxergando o mundo atrav\u00e9s de seus olhos \u2013 e de mais de 40 anos de carreira liter\u00e1ria.<\/p>\n

De fato, First Person Singular <\/em>\u00e9 praticamente uma retrospectiva dos tiques mais marcantes de sua fic\u00e7\u00e3o, convenientemente agrupados em uma esp\u00e9cie de bingo mental.<\/p>\n

H\u00e1 aqui o prazer vazio \u2013 e solit\u00e1rio \u2013 do sexo casual (On Stone Pillow<\/em>), que tanto atormentou Toru, protagonista de Norwegian Wood<\/em>. O paralelo com os Beetles <\/em>aparece no t\u00edtulo de outra hist\u00f3ria (With the Beetles<\/em>), que bem poderia ser um cap\u00edtulo cortado de seu celebrado romance.<\/p>\n

H\u00e1 o surrealismo-assinatura de Ca\u00e7ando Carneiros <\/em>e boa parte de sua obra (Confessions of a Shinagawa Monkey<\/em>), desta vez encarnado por um macaco sapiente que trabalha em uma esta\u00e7\u00e3o de termas.<\/p>\n

H\u00e1 sua paix\u00e3o caracter\u00edstica por jazz (Charlie Parker Plays Bossa Nova<\/em>), em um conto sobre uma resenha musical que subitamente traz um \u00e1lbum \u00e0 vida (quem dera os textos do Finisgeekis tivessem o mesmo poder!).<\/p>\n

Por fim, h\u00e1 os \u201chomens sem mulheres\u201d que batizaram uma de suas colet\u00e2neas anteriores: narradores masculinos irremediavelmente fascinados, amea\u00e7ados e frustrado pelo sexo oposto (praticamente todos os contos, mas em especial Carnaval <\/em>e First Person Singular<\/em>).<\/p>\n

A morte de um sonho<\/strong><\/h3>\n
\"\"

Ilustra\u00e7\u00e3o para o conto “With the Beetles”, publicado na revista New Yorker<\/a><\/p><\/div>\n

A bem da verdade, nem todas essas hist\u00f3rias funcionam como contos. Mas talvez encar\u00e1-las como hist\u00f3rias separadas seja perder de vista o que realmente tentam dizer. Mais do que em qualquer outro livro de sua carreira, o tema de First Person Singular <\/em>\u00e9 o pr\u00f3prio Murakami.<\/p>\n

N\u00e3o \u00e9 sempre que a idade de um escritor pesa sobre sua escrita – ainda mais no caso de um autor reconhecido por sua incr\u00edvel sa\u00fade. Cada uma dessas hist\u00f3rias, contudo, parecem carregar a melancolia pr\u00f3pria de quem percebe que o melhor da vida j\u00e1 passou.<\/p>\n

\u201cPessoas envelhecem em um piscar de olhos\u201d ele escreve em um dos contos. \u201cEm todo e cada momento, nossos corpos est\u00e3o em uma jornada s\u00f3 de ida em dire\u00e7\u00e3o ao colapso e a deteriora\u00e7\u00e3o\u201d.<\/p>\n

\u201cO que eu acho estranho sobre envelhecer n\u00e3o \u00e9 o fato de que eu fiquei mais velho\u201d ele diz amargamente em outro \u201c\u00e9 que me for\u00e7a a admitir, de novo e de novo, que meus sonhos de juventude acabaram para sempre.\u201d<\/p>\n

\u201cA morte de um sonho pode ser, de uma certa maneira, mais triste que aquela de um ser vivo\u201d.<\/p>\n

Por mais que doa admitir, essa \u00e9 uma deteriora\u00e7\u00e3o que se reflete na escrita.<\/p>\n

Nenhum conto da colet\u00e2nea chega aos p\u00e9s de Sono<\/em>, hist\u00f3ria publicada na revista New Yorker em 1992 que o tornou um queridinho do mercado americano. Sua prosa repete a mesma banalidade de O Assassinato do Comendador <\/em>e partes de 1Q84. <\/em><\/p>\n

Ao topar com frases ins\u00edpidas como \u201cesse artigo [… ] reemergiu na minha vida como um bumerangue que voc\u00ea jogou e rodopia de volta quando voc\u00ea menos espera\u201d, \u00e9 dif\u00edcil acreditar que esse \u00e9 o mesmo escritor que produziu Kafka \u00e0 Beira Mar <\/em>e um dia foi cotado para o Nobel.<\/p>\n

Nesse sentido, \u00e9 chocante, mas tamb\u00e9m explicativo as recentes revela\u00e7\u00f5es<\/a> de que as primeiras edi\u00e7\u00f5es de seus livros para o ingl\u00eas foram significativamente maquiadas por seus tradutores.<\/strong><\/p>\n

Segundo David Karashima em seu livro Quem N\u00f3s Estamos Lendo quando Lemos Murakami<\/em>, os tradutores do autor para a l\u00edngua inglesa tomarem liberdades brutais<\/strong> com seu conte\u00fado. E n\u00e3o falo apenas de honor\u00edficos traduzidos ou refer\u00eanciais culturais, mas de p\u00e1ginas cortadas \u00e0s centenas. <\/strong><\/p>\n

O Impiedoso Pa\u00eds das Maravilhas e o Fim do Mundo <\/em>teve mais de cem p\u00e1ginas omitidas. As Cr\u00f4nicas do P\u00e1ssaro de Corda, <\/em>cerca de 25 mil palavras. Ca\u00e7ando Carneiros <\/em>foi \u201catualizado\u201d dos anos 1970 aos 1980 para surfar na onda da nostalgia que cercava a \u00e9poca no mundo americano.<\/p>\n

\"\"

Livro de Karashima<\/a>, publicado em 2020<\/p><\/div>\n

Karashima explica que essas mudan\u00e7as foram feitas para eliminar passagens mais ca\u00f3ticas e tornar seus livros mais \u00e1geis, \u201cocidentalizados\u201d e diferentes da literatura japonesa ent\u00e3o popular no mercado ocidental.<\/p>\n

Esse n\u00e3o \u00e9, at\u00e9 onde eu sei, o caso das tradu\u00e7\u00f5es ao portugu\u00eas. Por\u00e9m, para leitores como eu, que leram boa parte de sua obra antes de estarem dispon\u00edveis no mercado nacional, gera uma d\u00favida aterradora.<\/p>\n

At\u00e9 que ponto o Murakami modernoso, americanizado e criativo de seus primeiros livros n\u00e3o foi um fen\u00f4meno liter\u00e1rio inflado por uma jogada de marketing<\/strong>?<\/p>\n

Escrevendo na defensiva<\/strong><\/h3>\n

Diga o que for dos defeitos de First Person Singular, <\/em>h\u00e1 nele uma diferen\u00e7a crucial em rela\u00e7\u00e3o a Comendador. <\/em>Murakami mostra estar completamente a par de seus defeitos – e os assume com uma ousadia que beira o atrevimento.<\/p>\n

\u201cEu n\u00e3o fa\u00e7o ideia se isso pode ser chamado de poema\u201d ele escreve ao nos presentear com alguns versos \u201cSe voc\u00ea o fizesse, \u00e9 capaz de deixar poetas de verdades irritados, de faz\u00ea-los querer me amarrar no poste mais pr\u00f3ximo.\u201d<\/p>\n

Ainda mais evidente \u00e9 o caso de sua inexplic\u00e1vel necessidade de descrever o corpo feminino, h\u00e1bito que levou a escritora Mieko Kawakami a critic\u00e1-lo como mis\u00f3gino<\/a>.<\/p>\n

Carnaval <\/em>inicia com seu narrator contando que \u201c[D]e todas as mulheres que conheci at\u00e9 agora, ele foi a mais feia\u201d. Ao que procede, com um sarcasmo pouco disfar\u00e7ado: \u201cEu poderia usar um eufemismo, obviamente, e dizer menos bonita <\/em>no lugar de feia, <\/em>o que poderia ser mais f\u00e1cil aos leitores, especialmente \u00e0s leitoras, aceitar\u201d.<\/p>\n

Menos sarc\u00e1stico \u00e9 o conto que d\u00e1 nome ao volume, possivelmente a melhor hist\u00f3ria da colet\u00e2nea.\u00a0 Sua trama acompanha um narrador acostado por uma mulher vingativa, que o acusa de ter feito um grande mal a uma amiga. \u201cVoc\u00ea deveria ter vergonha de si mesmo\u201d, ela rosna.<\/p>\n

Nunca sabemos o que aconteceu entre eles \u2013 um qu\u00ea de subjetividade que eleva esse conto acima dos outros. Ao l\u00ea-lo, fico me perguntando se o pr\u00f3prio Murakami n\u00e3o se sente igualmente confuso com a recep\u00e7\u00e3o morna de seus \u00faltimos trabalhos.<\/p>\n

\u201cMas naquele dia […] eu fui acometido por um sentimento desconfort\u00e1vel.\u201d Ele escreve \u201cEu estou apenas imaginando isto, mas pode ser parecido ao sentimento de homens que secretamente se vestem de mulher\u201d. Se isto n\u00e3o \u00e9 uma indireta \u00e0s cr\u00edticas<\/a> que tem recebido por conta de suas personagens femininas, devo um \u00e1lbum do Charlie Parker em desculpas ao ilustre escritor.<\/p>\n

\"\"

Entrevista de Murakami com Mieko Kawakami, em 2017. Fonte<\/a><\/p><\/div>\n

First Person Singular<\/em> \u00e9 um livro escrito na defensiva, admitindo erros mais do que tentando corrigi-los, respondendo com bom-humor em vez de orgulho ferido.<\/p>\n

Mais do que um livro narrado por Murakami, \u00e9 um livro, parece, escrito para <\/strong>Murakami. E, interpretado dessa maneira, \u00e9 dif\u00edcil n\u00e3o sentir um certo carinho pela sua honestidade desajeitada.<\/p>\n

Como ele escreve em The Yakult Swallows Poetry Collection, <\/em>essencialmente uma compara\u00e7\u00e3o entre o sucesso liter\u00e1rio e a vit\u00f3ria no beisebol,<\/p>\n

\u201cClaro, vencer \u00e9 muito melhor do que perder. N\u00e3o h\u00e1 o que discutir. Mas vencer ou perder n\u00e3o afeta o peso e o valor do tempo. \u00c9 o mesmo tempo, de uma forma ou de outra. Um minuto \u00e9 um minuto, uma hora \u00e9 uma hora. N\u00f3s temos de curti-lo. N\u00f3s temos de nos reconciliar com o tempo e deixar para o futuro o maior n\u00famero de mem\u00f3rias que pudermos.”<\/em><\/p><\/blockquote>\n

\u00c9 uma \u201cfilosofagem\u201d que disputa, em profundidade, com o mais med\u00edocre dos animes slice of life. <\/em>Ainda assim, ela \u00e9 escrita de forma t\u00e3o humilde, t\u00e3o sincera em sua auto-piedade que desarma o mais r\u00e1bido dos cr\u00edticos.<\/p>\n

Se Murakami agora mesmo batesse na minha porta, n\u00e3o teria o que lhe dizer al\u00e9m de oferecer um abra\u00e7o.<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

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