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{"id":20800,"date":"2019-01-21T20:23:48","date_gmt":"2019-01-21T22:23:48","guid":{"rendered":"http:\/\/www.finisgeekis.com\/?p=20800"},"modified":"2019-02-24T09:45:20","modified_gmt":"2019-02-24T12:45:20","slug":"o-assassinato-do-comendador-ate-a-imaginacao-precisa-de-ordem","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/www.finisgeekis.com\/2019\/01\/21\/o-assassinato-do-comendador-ate-a-imaginacao-precisa-de-ordem\/","title":{"rendered":"“O Assassinato do Comendador”: at\u00e9 a imagina\u00e7\u00e3o precisa de ordem"},"content":{"rendered":"

Nenhum escritor est\u00e1 \u00e0 prova de cr\u00edticas. Mesmo assim, h\u00e1 aqueles que cimentaram t\u00e3o bem sua voz no mercado liter\u00e1rio que conseguem perseverar ao sabor das opini\u00f5es.<\/p>\n

Haruki Murakami, de volta \u00e0 ativa em 2017 com O Assassinato do Comendador<\/em>, \u00e9 um desses autores. Nem o desprezo de alguns cr\u00edticos<\/a> japoneses nem o desd\u00e9m do comit\u00ea do Nobel foram suficientes para reduzir sua popularidade \u2013 no Jap\u00e3o e no estrangeiro.<\/p>\n

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O escritor Haruki Murakami<\/p><\/div>\n

Lan\u00e7ado no Brasil em duas partes (a segunda das quais ainda n\u00e3o chegou \u00e0s prateleiras), O Assassinato do Comendador <\/em>\u00e9 uma verdadeira enciclop\u00e9dia de tudo o que faz de sua fic\u00e7\u00e3o \u00fanica \u2013 para o bem e para o mal.<\/p>\n

O Assassinato do Comendador<\/strong><\/h2>\n
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Capa da edi\u00e7\u00e3o brasileira<\/p><\/div>\n

O romance \u00e9 narrado pelo t\u00edpico homem sem mulher<\/a> que Murakami transformou, hist\u00f3ria ap\u00f3s hist\u00f3ria, em sua marca registrada: melanc\u00f3lico, amargando a meia-idade em uma rotina dom\u00e9stica, abandonado ou menosprezado pelo sexo oposto.<\/p>\n

O protagonista (cujo nome nunca conhecemos) \u00e9 um pintor de retratos em crise com a vida. Ap\u00f3s se separar de sua mulher, ele aceita a oferta de um amigo para ocupar a antiga casa de seu pai, Tomohiko Amada, nas montanhas de Kanagawa.<\/p>\n

Amada \u00e9 um conhecido pintor de arte japonesa, cuja vida \u00e9 cercada de mais mist\u00e9rio que suas telas de visitantes. Ao descobrir uma obra in\u00e9dita escondida em seu s\u00f3t\u00e3o, o protagonista engatilha um domin\u00f3 de coincid\u00eancias, surpresas e absurdos que o levar\u00e3o aos limites da pr\u00f3pria realidade.<\/p>\n

Parte desses mist\u00e9rios chegam at\u00e9 ele por meio de Menshiki, um vizinho milion\u00e1rio obcecado pelos seus retratos \u2013 e por uma jovem adolescente que vive em uma casa ao lado.\u00a0 N\u00e3o \u00e9 preciso muito para saber que ele n\u00e3o \u00e9 o que parece.<\/p>\n

\u201cEu n\u00e3o pude deixar de sentir\u201d o narrador nos diz \u201cl\u00e1 fundo em seu sorriso, uma solid\u00e3o que vem de um certo tipo de segredo\u201d.<\/p>\n

Na medida em que o enredo avan\u00e7a, esses segredos envolver\u00e3o monges budistas mumificados, um perigoso mundo subterr\u00e2neo, um sino sobrenatural e uma assombra\u00e7\u00e3o que se apresenta como O Comendador: personagem da \u00f3pera Don Giovanni <\/em>de Mozart, cujo assassinato inspirou Amada a compor sua \u00faltima e misteriosa tela.<\/p>\n

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Capa sueca de “O Assassinato do Comendador”<\/p><\/div>\n

Esses elementos talvez seriam incompat\u00edveis se n\u00e3o tivessem sido escritos pelo autor de 1Q84 <\/em>e Cr\u00f4nica do P\u00e1ssaro de Cordas.<\/em><\/p>\n

Todo escritor possui um rol de imagens favoritas. Murakami parece ter um universo inteiro, e seu novo romance soa quase um trabalho antol\u00f3gico, trazendo todas \u00e0 linha de frente.<\/p>\n

Temos a obsess\u00e3o com subterr\u00e2neos (o po\u00e7o de P\u00e1ssaro de Corda<\/em>, o submundo de Impiedoso Pa\u00eds das Maravilhas<\/em>), as mulheres inseminadas em sonhos (a irm\u00e3 de Kafka de Kafka, <\/em>a Aomame de 1Q84<\/em>), as entidades extramundanas (a ovelha de Ca\u00e7ando Carneiros, <\/em>o Povo Pequeno de 1Q84), \u00a0<\/em>o fasc\u00ednio por m\u00fasica cl\u00e1ssica (Murakami j\u00e1 escreveu um livro<\/a> com o mastro Seiji Ozawa), as in\u00fameras descri\u00e7\u00f5es de vida dom\u00e9stica.<\/p>\n

\u00c9 dif\u00edcil, por\u00e9m, afastar a impress\u00e3o de que j\u00e1 vimos essas mesmas ideias \u2013 melhor articuladas \u2013 em outros lugares. Amada, pintor em cuja casa o protagonista vem a morar, participou de um atentado contra um oficial nazista nos anos 1930. Os esqueletos em seu arm\u00e1rio v\u00eam \u00e0 tona ao longo do romance, mas parecem uma c\u00f3pia t\u00edmida da hist\u00f3ria de Tenente Mamiya, o misterioso veterano de guerra de Cr\u00f4nica do P\u00e1ssaro de Corda. <\/em><\/p>\n

Exemplo de seu realismo fant\u00e1stico, o Comendador \u00e9 o ponto alto do livro, mas n\u00e3o t\u00e3o alto quanto Johnny Walker ou Coronel Sanders de Kafta \u00e0 Beira Mar. <\/em>Entre as entidades extramundanas, o motorista de um Subaru Forrester e uma vers\u00e3o sinistra de Menshiki repetem o papel do cobrador da NHK, pai do protagonista Tengo em 1Q84. <\/em><\/p>\n

Isso n\u00e3o significa que o romance n\u00e3o agregue ao c\u00e2none murakamiano. Uma troca espec\u00edfica, entre o protagonista e uma apari\u00e7\u00e3o que se apresenta como uma \u201cmet\u00e1fora\u201d, \u00e9 um dos di\u00e1logos mais deliciosos que j\u00e1 pude encontrar em sua obra:<\/p>\n

\u201c- Ent\u00e3o o que raios voc\u00ea \u00e9? Outro tipo de Ideia?<\/p>\n

– Deus me livre! Eu sou uma Met\u00e1fora, nada mais.<\/p>\n

– Uma Met\u00e1fora?<\/p>\n

– Sim. Uma simples Met\u00e1fora. Usada para ligar duas coisas juntas. Ent\u00e3o por favor, desfa\u00e7a minhas amarras, por favor, eu imploro.<\/p>\n

Eu estava ficando confuso.<\/p>\n

– Se voc\u00ea \u00e9 quem voc\u00ea diz que \u00e9, me d\u00ea uma met\u00e1fora agora, de cabe\u00e7a.<\/p>\n

– Eu sou a forma mais baixa e humilde de Met\u00e1fora, senhor. Eu n\u00e3o consigo conceber nada de qualidade.<\/p>\n

– Uma met\u00e1fora de qualquer tipo est\u00e1 bem. Ela n\u00e3o precisa ser brilhante.<\/p>\n

– Ele era algu\u00e9m que chamava a aten\u00e7\u00e3o \u2013 ele disse ap\u00f3s uma pausa moment\u00e2nea \u2013 como um homem vestindo um chap\u00e9u de cone laranja em um vag\u00e3o de trem.<\/p>\n

N\u00e3o era uma met\u00e1fora impressionante, de fato. Na verdade, n\u00e3o era sequer uma met\u00e1fora.<\/p>\n

– Isso \u00e9 uma compara\u00e7\u00e3o, n\u00e3o uma met\u00e1fora.\u201d<\/p>\n

 <\/p><\/blockquote>\n

Murakami escreve com uma prosa simples que nunca falha em nos morder quando necess\u00e1rio.<\/p>\n

Nos seus melhores trabalhos, ela resulta em agulhadas memor\u00e1veis (\u201cQuem na Terra deseja a coisa certa afinal de contas? Mas que sentido poderia existir se nada fosse certo?\u201d), p\u00e9rolas de imagina\u00e7\u00e3o (\u201cExistem sonhos simb\u00f3licos \u2013 sonhos que simbolizam alguma realidade. E tamb\u00e9m existem realidades simb\u00f3licas \u2013 realidades que simbolizam um sonho\u201d) e descri\u00e7\u00f5es de uma melancolia visceral (\u201cSeu choro foi o mais triste som de orgasmo que eu j\u00e1 tinha escutado\u201d).<\/p>\n

O Assassinato do Comendador tamb\u00e9m <\/em>possui seus momentos inspirados. \u00a0O port\u00e3o de Menshiki, o narrador nos conta, era digno de um filme do Kurosawa, \u201cdo tipo que cairia bem com algumas flechas crivadas\u201d. \u201cN\u00e3o que algu\u00e9m se importe\u201d diz o Comendador sobre a origem de sua forma f\u00edsica. \u201c[O] Comendador n\u00e3o \u00e9 uma marca registrada. Se eu tivesse aparecido como o Mickey Mouse ou a Pocahontas a Walt Disney Company teria o maior prazer em me processar\u201d.<\/p>\n

N\u00e3o obstante, boa parte de suas 700 p\u00e1ginas s\u00e3o perdidas em divaga\u00e7\u00f5es pseudo-profundas. \u201cSe isso foi um sonho, ent\u00e3o o mundo em que eu estou vivendo deve ele pr\u00f3prio ser um sonho\u201d; \u201cEsse era o momento que eu mais gostava. O momento quando exist\u00eancia e n\u00e3o-exist\u00eancia coalesciam\u201d; \u201cNenhum de n\u00f3s est\u00e1 acabado. Cada um de n\u00f3s \u00e9 uma obra em andamento\u201d; \u201cNesse nosso mundo real, afinal de contas, nada permanece o mesmo para sempre\u201d.<\/p>\n

N\u00e3o h\u00e1 nada de muito errado nessas reflex\u00f5es. Mas, tamb\u00e9m, nada de muito certo, sobretudo porque s\u00e3o meros slogans <\/em>de ideias j\u00e1 desenvolvidas em seus outros livros.<\/p>\n

A indica\u00e7\u00e3o de seu livro para o Bad Sex Award<\/a> \u2013 premia\u00e7\u00e3o liter\u00e1ria que celebra a pior descri\u00e7\u00e3o de coito do ano \u2013 foi um exagero dos cr\u00edticos. Ainda assim, Murakami deveria ter se lembrado da li\u00e7\u00e3o de Oshima, sua pr\u00f3pria personagem em Kafka \u00e0 Beira Mar: <\/em>\u201cOs artistas s\u00e3o aqueles que conseguem escapar da verborragia.\u201d:<\/p>\n

“Minha ejacula\u00e7\u00e3o foi violenta e repetida. De novo e de novo o s\u00eamen escapava de mim, transbordando sua vagina, tornando os len\u00e7\u00f3is grudentos. N\u00e3o havia nada que eu pudesse fazer para faz\u00ea-lo parar. Se eu continuasse, eu pensava, eu me secaria por completo. Yuzu dormiu profundamente durante todo o ato sem produzir um \u00fanico ruido, sua respira\u00e7\u00e3o regular. Seu sexo, por\u00e9m, havia contra\u00eddo ao redor do meu e n\u00e3o me deixava sair. Como se tivesse ele pr\u00f3prio uma vontade inabal\u00e1vel e estivesse determinado a arrancar cada \u00faltima gota do meu corpo. “<\/p><\/blockquote>\n

\u00c9 dif\u00edcil culpar o autor quando o livro \u2013 defeitos e tudo \u2013 \u00e9 t\u00e3o autenticamente seu.<\/p>\n

Murakami, afinal, \u00e9 o autor que diz que livros s\u00e3o met\u00e1foras, e que met\u00e1foras s\u00e3o coisas que n\u00e3o podemos explicar<\/a>, apenas aceitar. Que seu trabalho como escritor \u00e9 \u201cregistrar o que aparece\u201d, n\u00e3o o analisar, pois isso \u00e9 trabalho para pessoas inteligentes, e escritores n\u00e3o precisam ser inteligentes<\/a>.<\/p>\n

H\u00e1 uma poesia \u00fanica nessa insanidade criativa. E \u00e9 prov\u00e1vel que, sem ela, Murakami n\u00e3o seria Murakami.<\/p>\n

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Livros de Murakami em sua edi\u00e7\u00e3o brasileira, pelo selo Alfaguara<\/p><\/div>\n

O autor ganhou espa\u00e7o na literatura mundial por sua capacidade de traduzir sonhos em palavras. Poucos escritores, antigos ou modernos, chegam perto da sensa\u00e7\u00e3o de que as experi\u00eancias que lemos em suas p\u00e1ginas poderiam ter vindo de nossa pr\u00f3pria mente \u2013 e n\u00e3o saber\u00edamos apontar a diferen\u00e7a.<\/p>\n

Sonhos, de fato, s\u00e3o confusos, inacabados e pessoais. Em forma, n\u00e3o s\u00f3 em conte\u00fado, O Assassino do Comendador <\/em>nos faz sentir que estamos em sono REM<\/a> \u2013 acessando, como Murakami diz<\/a>, nosso pr\u00f3prio subconsciente.<\/p>\n

Mesmo assim, seus outros trabalhos conseguiram conciliar esse estilo freestyle <\/em>com um sentimento de conclus\u00e3o que falta a sua nova obra. Quando Hoshino e Nakata desviram a Pedra da Entrada em Kafka \u00e0 Beira Mar\u2013<\/em> ou Aomame e Tengo voltam a 1984 em 1Q84<\/em> \u2013 temos algo maior que a conclus\u00e3o de uma trama.<\/p>\n

\u00c9 lema conhecido na literatura que a realidade n\u00e3o corresponde \u00e0 melhor fic\u00e7\u00e3o. De onde as obras decepcionantes de escritores iniciantes que sabem apenas falar de si pr\u00f3prios.<\/p>\n

Talvez, no fundo, isso tamb\u00e9m valha para os sonhos. Mesmo a mais selvagem imagina\u00e7\u00e3o precisa de uma pitada de ordem.<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

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