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N\u00e3o faz tanto tempo que a falta de criatividade de Hollywood e seu h\u00e1bito de explorar franquias de sucesso era motivo de chacota. De Volta para o Futuro 2<\/em> ilustrou isso bem ao pintar um 2015 fict\u00edcio em que Tubar\u00e3o 19<\/em> chegava aos cinemas. O pr\u00f3prio filme se tornou v\u00edtima da \u201cmaldi\u00e7\u00e3o\u201d em seu terceiro cap\u00edtulo, considerado por todos o mais fraco.<\/p>\n <\/p>\n <\/p>\n N\u00e3o faz tanto tempo, de fato, que sequels<\/em> eram t\u00e3o mal vistas que apenas sobreviviam (e olhe l\u00e1) gra\u00e7as \u00e0s locadoras. O Escorpi\u00e3o Rei<\/em>, ele mesmo um spin-off<\/em> de uma sequel<\/em>\u00a0de A M\u00famia<\/em>, ganhou duas<\/a> sequ\u00eancias<\/a> pr\u00f3prias. Dr. Dolittle, <\/em>sucesso de Eddie Murphy, bateu o recorde com QUATRO sequels<\/em>, tr\u00eas das quais sem a participa\u00e7\u00e3o do ator principal.<\/p>\n <\/p>\n O caso est\u00e1 longe de ser o primeiro \u2013 ou o mais rid\u00edculo. Nem Psicose, <\/em>obra-prima de Alfred Hitchcock, escapou da gan\u00e2ncia dos produtores. Acredite ou n\u00e3o, o terror\u00a0deu origem a uma franquia com o pr\u00f3prio nome.<\/p>\n <\/p>\n Ao avan\u00e7ar a fita para os dias de hoje, no entanto, parece que o mundo virou de ponta cabe\u00e7a. O que antes era visto com desprezo ou sarcasmo virou motivo de orgulho. Sequels, reboots, spin-offs<\/em>, \u201csucessores espirituais\u201d e todo tipo de continua\u00e7\u00e3o tornaram-se campe\u00f5es de cr\u00edtica e bilheteria.<\/p>\n Basta navegar alguns minutos em p\u00e1ginas nerds para encontrar imagens como a abaixo\u00a0em meio a coment\u00e1rios efusivos de que \u201cessa \u00e9 a melhor \u00e9poca para estar vivo.\u201d<\/p>\n <\/p>\n Reparem que entre as listas dos \u201ccelebrados\u201d est\u00e3o at\u00e9 continua\u00e7\u00f5es de franquias zumbificadas (Piratas do Caribe<\/em>) e de filmes malhados pela cr\u00edtica (Alice no Pa\u00eds das Maravilhas<\/em>).<\/p>\n Em outras \u00e9pocas, isso seria motivo de risada. Hoje, aplaudimos de p\u00e9. O que, afinal de contas, aconteceu?<\/p>\n Para responder a essa pergunta, \u00e9 preciso voltar no tempo.<\/p>\n Ao contr\u00e1rio do que dizem os puristas de plant\u00e3o, n\u00e3o h\u00e1 nada de novo nas mal-faladas \u201cmodinhas\u201d. \u00a0Ryan Lambie<\/a> encontra o \u201cpecado\u201d j\u00e1 na obra de \u00a0George M\u00e8lies, um dos primeiros cineastas. Seu Viagem ao Imposs\u00edvel <\/em>nada mais seria do que uma tentativa de capitalizar em cima de seu filme mais conhecido, Viagem \u00e0 Lua. <\/em><\/p>\nA hist\u00f3ria das sequels<\/em><\/strong><\/h3>\n