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Chowitsu – finisgeekis http://www.finisgeekis.com O universo geek para além do óbvio Mon, 25 Feb 2019 17:19:47 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=5.7.11 https://i2.wp.com/www.finisgeekis.com/wp-content/uploads/2019/02/cropped-logo_square.jpg?fit=32%2C32 Chowitsu – finisgeekis http://www.finisgeekis.com 32 32 139639372 Especial: o post número 100 http://www.finisgeekis.com/2016/11/21/especial-o-post-numero-100/ http://www.finisgeekis.com/2016/11/21/especial-o-post-numero-100/#respond Mon, 21 Nov 2016 19:27:42 +0000 http://finisgeekis.com/?p=13156

Parece que foi ontem, mas o Finisgeekis está próximo de completar dois anos. Hoje, batemos a marca dos 100 posts! Número modesto para os grandes portais internet afora, mas um grande feito para o blog, que se preza por textos semanais longos, feitos com muita pesquisa.

Foram 100 posts de anedotas, curiosidades e controvérsias. Dos clássicos dos animes aos fundamentos do game design. De bonecas colecionáveis a revisionismo histórico. De cosplayers profissionais à literatura japonesa.

Foi uma viagem e tanto, com a qual contei o apoio de meus queridos parceiros, seguidores e leitores. E nada mais apropriado para a data do que uma celebração do melhor, do mais surpreendente  – e do mais saudoso –  desses quase dois anos de escrita e nerdice.

(Clique nas imagens para acessar os artigos)

O post mais visualizado

chowitsu

2016 foi um ano especial para o Finisgeekis. O projeto Profissionais do Cosplay, uma série de bate-papo com cosplayers que já fizeram do hobby um trabalho, finalmente saiu do papel. A primeira leva de entrevistas foi ao ar ao longo do ano, trazendo depoimentos de cosplayers do Brasil, Estados Unidos, França, Polônia e Portugal.

O projeto foi de longe a iniciativa mais interessante que já fiz no blog, e pretendo continuá-lo em 2017. Para minha enorme satisfação, foi também uma experiência edificante para meus entrevistados.

A ninguém isso foi mais verdade do que para a portuguesa Chowitsu. Sua entrevista lidera como o post mais visto da história do Finisgeekis e motivou vários brasileiros a começar a seguir seu trabalho.

De todos os cosplayers que entrevistei, Chowitsu é a única que conheci pessoalmente. É, portanto, com muito agrado que vejo seu trabalho alçando voo. Que seu talento continue a crescer e que seja sempre reconhecido!

O termo de pesquisa mais recorrente

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Se alguma métrica já me fez coçar a cabeça, com certeza foi esta. Entre todos os termos de busca daqueles que caem no blog pelo Google, “Attack on Titan” lidera disparado.

É algo que não sei explicar sem invocar a força cabalística dos algoritmos secretos da web.

Por um lado, é verdade que dei alguma atenção ao hit de Hajime Isayama. Em O Titã da Militânciaum dos primeiros textos do blog, falei de como a fábula de humanos cercados por titãs foi apropriada por revoltados de plantão em vários protestos mundo afora. Algum tempo depois, traduzi parte de uma entrevista do ANN com executivos da Kodansha, falando sobre a série.

No entanto, tudo isso nem se compara com a atenção que dei a outras obras, como os games de The Witcher, os longas do Studio Ghibli ou os mangás de Inio Asano. Por uma razão muito simples: não é uma franquia com a qual tenho familiaridade.

Embora tenha acompanhado (e curtido) a primeira temporada do anime, não acompanhei nem tive interesse em acompanhar o mangá. Hoje, devo ser uma das poucas pessoas do mundo que não sabem o que há no porão da casa do Eren.

Que os muitos fãs de Shingeki que caem aqui por acaso não levem isso para o mal. Seja qual for o caso, vocês são muitos bem-vindos!

O post que mostra que a união faz a força

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Esse post especial em duas partes surgiu de uma ideia inusitada. E se juntássemos blogueiros diferentes para responder a questões difíceis? Uma espécie de podcast escrito, ou um equivalente contemporâneo dos diálogos filosóficos?

Assim surgiu o primeiro hangout da Blogosfera Otaku BR. Ao lado de autores dos blogs Anime 21, Animes Tebane, Dissidência Pop, É Só Um Desenho e Otaku Pós-Moderno, mergulhei de cabeça em uma das questões mais capciosas da cultura pop japonesa.

O experimento foi um sucesso, e pouco tempo depois realizamos um segundo hangout, curado pelo Diego Gonçalves do É Só Um Desenho. Quem se interessou pelas discussões pode ficar tranquilo: elas foram apenas as primeiras de muitas!

O post mais polêmico

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Nesses quase 2 anos de Finisgeekis, o blog nunca recebeu um backlash grande a ponto de provocar uma flame war. Para ser sincero, espero que continue assim.

O que não significa que todos os posts tenham sido bem aceitos. Em dezembro de 2015, me aventurei pela história das sequels reboots para entender a obsessão de Hollywood em ressuscitar hits do passado.

Sobre O Despertar da Força, primeiro longa de Star Wars sob a batuta da Disney, não tive palavras muito amigáveis. Eu já havia mostrado algumas reservas à direção corporativa da qual o mundo nerd se tornou escravo e antecipado meus medos em relação à ex-franquia de George Lucas.

O Despertar da Força confirmou boa parte do que eu temia, disfarçando como “tributo” um clone sem alma de A Nova Esperança, decorado com os frufrus favoritos do público millenial. Se os filmes de Lucas prezam pela experimentação (mesmo quando dão errado), O Despertar da Força é um exemplo de cinema “lista de compras”, “ticando” todas as caixas do lucro seguro e nostalgia vazia.

“Mas Vinicius” vários leitores, cada qual com suas palavras, me disseram “eu assisto a Star Wars justamente porque quero ter a mesma experiência de sempre. Se quisesse algo diferente, veria Star Trek ou qualquer outra coisa.”

Justo. Mas, se George Lucas pensasse assim, ainda estaríamos assistindo a Flash Gordon Buck Rogers. E se a humanidade como um todo pensasse assim, nunca teríamos saído das cavernas de Lascaux, admirando nossas pinturas de búfalos como se fossem o ápice da arte.

O Despertar da Força é sintoma de uma dupla tragédia. De produtores calculistas, que destilam clássicos em commodities efêmeras, e dos fãs, aquiescentes em ver sua obra do coração drenada à irrelevância. Se este é o futuro, parem o mundo que eu quero descer.

O post pelo qual preciso agradecer à DICE

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Que Battlefield é um arrasa-quarteirão todo mundo sabe. O que eu até então não imaginava era que essa popularidade pudesse se traduzir em um interesse por história – e pelos textos de quem vos escreve.

Com o lançamento de Battlefield 1, meu post de maio desse ano se tornou o artigo mais consistentemente popular do Finisgeekis. Dia após dia, ele passou a receber mais visualizações que qualquer outro texto.  “Jogos sobre primeira guerra” , por sua vez, tornou-se um dos termos de pesquisa mais recorrentes (atrás, é claro, de Attack on Titan).

A tudo isso, só tenho a agradecer à DICE. Se o seu novo AAA levar algumas pessoas a conhecer a guerra que inaugurou o mundo contemporâneo, ou se interessar por Verdun ou Valiant Hearts (dois dos jogos que menciono no artigo), já será uma missão cumprida.

O post que fez tudo valer a pena.

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Escrever um blog é um hobby ingrato. Pesquisar e redigir posts dá um trabalho desgraçado. Manter uma rotina exige que tratemos nossa página como um segundo emprego. E, no final do dia, o retorno nem sempre é grande.

O drama da protagonista do filme Julie & Julia é um retrato super honesto do que significa fazer escrita pública. Investimos horas de trabalho em um artigo para amargar esquecido em meio aos virais do momento. Buscamos diálogos com os outros e concluímos que estamos falando sozinhos.

Eventualmente desencanamos. Apertamos o “publicar” com resignação, sabendo que, no final das contas, ninguém lerá aquilo mesmo.

Erra quem pensa que a toxicidade é o pior que a internet pode oferecer. Para um blogueiro, o maior pavor não é o ódio. É o silêncio.

É por isso que, quando as coisas finalmente dão certo, a sensação é tão boa. Para mim, este momento veio com meus comentários sobre os mangás The Gods Lie. A Lollipop and a Bullet.

A resposta que tive superou todas as minhas expectativas. Recebi mensagens de leitores me agradecendo pelo texto. Um mangaká brasileiro chegou a me apresentar seu trabalho. Desconhecidos que eu pensava fora do meu alcance disseram compartilhar meus pensamentos.

Esse, afinal, é o endgame, o propósito último. Ser capaz de alcançar os outros e fazer com que ideias solitárias se disseminem e rendam frutos. É com o que sonhei do momento em que criei o blog e o que pretendo continuar enquanto ele existir.

E a vocês, leitores que tornaram isso possível, ofereço minha profunda gratidão – e a certeza de que farei de tudo para continuar a entretê-los, cada vez mais.

Muito obrigado!

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Profissionais do Cosplay: Chowitsu http://www.finisgeekis.com/2016/08/05/profissionais-do-cosplay-chowitsu/ http://www.finisgeekis.com/2016/08/05/profissionais-do-cosplay-chowitsu/#respond Fri, 05 Aug 2016 20:04:32 +0000 http://finisgeekis.com/?p=8534 Nessa coluna, eu trago a vocês depoimentos daqueles que, de uma maneira ou de outra, se transformaram em “profissionais” do cosplay. Para alguns, foi uma atividade paralela, uma forma, muitas vezes, de custear os próprios trajes. Para outros, uma segunda vida fazendo aquilo que mais amam. Para outros, ainda, uma profissão à qual se dedicam noite e dia.

Chowitsu é uma cosplayer portuguesa que trabalha como cosmaker e já fez várias aparições como cosplayer dentro e fora da cena nerd. Na nossa conversa, ela me contou sobre sua rotina de trabalho, suas experiências como boothbabe em um bar de games, a popularidade do cosplay na mídia portuguesa e muito mais.

Confiram a entrevista abaixo:

Qual é a sua idade e há quanto tempo trabalha com cosplay?

Vou fazer 23 anos este ano. Sou cosplayer há 9 anos e trabalho profissionalmente com cosplay há 2.

Como cosmaker, como é sua rotina de trabalho? Do primeiro contato até a entrega, como funcionam suas commissions?

Normalmente as minhas commissions chegam a partir de gente que já conhece o meu trabalho, amigos que me recomendam ou amigos meus. A primeira coisa que custumo perguntar é para quando e qual é o fato. Dependendo do caso, posso não ter tempo de o fazer.

Neste, caso tento sempre não me comprometer com projetos apertados. Em seguida peço imagem de referência. Dependendo da personagem o fato pode ser muito dificil ou ter materiais caros e esse é um fator que aviso logo de partida, visto que o mais comum é ter clientes com um budget pequeno. Já me aconteceu pedirem um orçamento para armaduras e quererem pagar €50 pelo fato… Isto é o minimo que eu cobro por um blazer.

Depois de perceber se está dentro das possibilidade do cliente eu faço dois orçamentos: o ‘ótimo’ e o ‘mínimo possível’. Por exemplo: já fiz um cosplay de Kenshin extremamente proximo ao filme, inclusive com kimono de linho, mas esse cliente priorizava a qualidade. No entanto, eu poderia ter feito o cosplay em algodão ou poliéster. O resultado não seria tão bom, mas ainda assim não tão fraco a ponto de comprometer a minha imagem como cosplayer e cosmaker.

Depois de encontrar o meio termo, funciono sempre a pré-pagamento para poder comprar os materiais. A entrega até agora tem sido feita em mão nos eventos, ou os clientes vêm até minha casa ou meu atelier para buscar.

Como é o seu processo de pesquisa? Você se guia apenas pelo material de origem ou busca inspiração em outras fontes?

Eu como cosplayer baseio-me quase sempre no material mais ‘oficial’. Como cosmaker, faço sempre o que o meu cliente pede.

Existe um intercâmbio (técnico ou interpretativo) entre cosplayers e praticantes de outras formas de performance (LARPG, reenactment, masquerades das convenções americanas etc)?

Esta pergunta é bastante interessante. Existe imenso! Existem muitos cosplayers de varias áreas diferentes, então acabamos por partilhar com as nossas respectivas áreas e com pessoas que conhecemos.

Recentemente, em 2015, participei como organizadora do Lisbon Game Conference junto com o meu namorado, que me chamou para ajudar. O nucleo da organização deste evento são alunos de engenharia informática. Ele me chamou por estar mais inteirada acerca da cultura pop e dos eventos. Embora eles sejam fãs, não estão tão dentro das organizações e das atividades como os cosplayers. Tirando engenheiros informaticos, já trabalhei com: um bar/gaming lounge; marcas de roupa; empresas audio/visuais; teatro; televisão; etc…

Mas atenção: não é qualquer cosplayer que tem estas oportunidades. Estas parcerias e trabalhos têm de ser criadas e cultivadas pelo cosplayer.

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Créditos: Felix Works

Sua página é escrita em inglês. Isto se deve a razões de networking, ou você também já fez encomendas a clientes internacionais?

Tem a ver com duas coisas. A descrição da minha pagina responde um pouco a isso. Na minha página, eu quero não só divulgar o meu trabalho e conseguir fazer do meu hobbie algo lucrativo (dreamjob <3), quero também poder ajudar o maior número de pessoas a começar! Ser cosplayer é algo que me deu muita motivação e força. Acho um ótimo hobbie que desafia a criatividade e a resolução de problemas. Logo com o inglês consigo alcançar muito mais gente!

Outra parte do porquê ser em inglês é também em razão dos meus possíveis clientes estrangeiros. Até agora tive apenas dois casos, mas para os meus futuros projetos é algo extremamente necessário.

É claro, não me posso esquecer dos meus amigos no estrangeiro com quem partilho informações e técnicas para melhorar.

Que tipo de marketing você faz para seu trabalho? Quais canais você explora? Quanto de seu tempo e energia você investe nisso?

Marketing é um processo extremamente demorado. Diria que hoje me dia passo tanto tempo a criar como a tratar a informação para divuldar online, e infelizmente ainda deveria ser mais agressiva do que sou.

Neste momento podem entrar em contato comigo pela página de Facebook, DeviantArt, My World Cosplay, Youtube, Instagram, E-mail… É muita coisa ao mesmo tempo para tratar. Tenho de manter todas as paginas atualizadas e cada atualização tem de ser minimamente pensada para atrair publico e ser interessante. Inclusive, tiro fotos e as edito previamente. Assim, quando estou numa parte do processo em que não tenho o que mostrar ou não tenho tempo para editar e tratar imagem e texto, posso continuar a relembrar as pessoas da minha existencia.

Entre contactar fotógrafos, marcar shoots, tirar fotos até o processo de criação, tirar as fotos perfeitas, escolher quais gosto mais, editar em photoshop, escrever o texto, editar o texto, saber a que horas tenho de fazer as publicações para mais gente ver… Leva muuuuuito tempo.

Lembro-me de ter lido em sua página sobre seu trabalho em um “S.O.S Cosplay” em uma convenção, fazendo reparos e ajustes em quem precisasse. Este foi um trabalho remunerado? Existe um campo de atuação profissional para cosplayers em convenções (para além dos concursos propriamente ditos?)

Este trabalho em específico não foi remunerado, embora com este meu teste ache que poderá haver espaço para este serviço com algum tipo de remuneração.

Sim, não sei se já ouviste falar de boothbabes. Eu ja trabalhei como uma, fiz um cosplay de uma mascote desse tal bar de gaming e tambem para o LGC estive a tentar que fossem contratados cosplayers para dinamizarem o evento. Visto que era uma confêrencia, e não um evento normal, não havia cosplayers além de nós, que estávamos alí a exercer um serviço à organização.

Antes desse mesmo evento, andei tambem de cosplay pela faculdade com alguns organizadores, a destribuir folhetos sobre o evento para efeitos de marketing. Existem muitas outras funções como estas que podem ser desempenhadas pelos cosplayers.

Mas, para isto acontecer, tem de haver uma consciência por parte dos cosplayers. Eles devem exigir remuneração e trabalhar para tal! Se houver um cosplayer medíocre que não se importa de fazer esse tipo de trabalho e em contrapartida um cosplayer super competente que pede remuneração, as organizações, que não entendem nada deste assunto, vão se contentar com o medíocre. Porque, no final das contas, tudo lhes é igual (as pessoas voltam sempre na proxima edição).

Você já fez algum trabalho relacionado a cosplay fora do mundo “nerd” propriamente dito? (eventos corporativos, festas infantis, filantropia, ações promocionais?)

Sim como já referi fui boothbabe da 1up Bar/Gaming Lounge, fiz vestidos de anjo para uma campanha da Paco Rabbane, vários adereços e roupas para filmes, publicidade e teatros.

Para além da realização pessoal, o que uma cosplayer busca em concursos? (Renda, prestígio, networking?) Você participa de muitos concursos? É possível se profissionalizar no âmbito do cosplay sem participar de concursos?

Num concurso acho que a realização pessoal e a capacidade de networking são a maior valia. No entanto, no meu caso eu participei de poucos concursos devido à hostilidade da propria comunidade às pessoas que participam.

No caso de Portugal, por causa deste tipo de mentalidade das pessoas, os nossos concursos internacionais estão practicamente vazios. A maneira como estas pessoas julgam (muitas vezes os próprios cosplayers com quem conversam e até trocam idéias previamente) é negativa, toxica e impede que os cosplayers queiram representar o seu país.

Para evitar problemas desnecessários, eu me mantenho afastada de concursos. Já participei e adorei, mas, tendo em vista os problemas que tive, já chega.

Porém, vivemos na era da internet. Se alguem se quiser se mostrar, pode não ser em cima de um palco.

Como você escolhe os concursos nos quais participa, e como se prepara para eles? Você concebe um cosplay específico para cada evento, ou aproveita para mostrar algum projeto que já tenha em andamento?

Eu tenho toda uma preparação para eventos e sessões fotográficas. Desde já tento sempre escolher um cosplay adequado ao tempo que vai fazer. Gosto muito pouco de passar frio ou calor…

Depois, quanto maior for o evento, normalmente maior é o fato para poder usá-lo sem alguém levar com uma espada ou um cotovelo na cara.

E, finalmente, se houver um grupo de alguma série e que eu gosto, vou tentar levar algo da mesma série para me poder divertir mais.

Uma semana antes, para não ter problemas, tenho uma rotina de verificar as lentes, a maquiagem e fazer um tratamento à pele mais profundo para não ter ainda mais trabalho de edição no photoshop (essas são aquelas fotos maravilhosas que de vez em quando aparecem na internet).

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Créditos: Felix Works

Uma reportagem sobre a Comic Con Experience em São Paulo atiçou a ira de cosplayers ao se referir a cosplayers com trajes menos extravagantes de “cospobres”, e sugerir que eles haviam escolhido seus personagens como forma de reduzir custos e fugir da crise econômica. De uma forma geral, você acredita que certos tipos de cosplay são considerados superiores a outros pela comunidade? Em caso positivo, você acredita que cosplayers estejam planejando seus trajes e performances de acordo para maximizar sua visibilidade? 

Eu sou a favor da positividade no cosplay. Faço minhas as palavras de uma cosplayer que sigo e que tem um conjunto de sketches de ‘cosplay is’: em uma delas, ela defende todo o tipo de cosplay com uma frase no final: “in the end we are all nerds in a costume trying to have fun”. Acho que alguém que ameace isso está a agir mal, seja uma attention whore ou uma empresa a tentar divulgar o seu evento.

Não se deve dar importância a esse tipo de notícias ou de desafios. Infelizmente, na altura em que estamos, não existe má publicidade. Mesmo que seja horrivel, as pessoas querem ver. Quem faz esse tipo de publicações sabe isso, raramente é algo inocente. A melhor maneira de acabar com este tipo de comentarios é não dar visualizações, comentários, reações a esse tipo de provocação.

Sem dúvida, acho que existem ‘preferidos’ entre a comunidade. Em eventos claramente: anime que esta na moda; armaduras; cosplays de LOL; cosplays despidos. Online: o que quer que seja (pode até ser só uma peruca e lentes) mas a foto tem que ser fofa; o que quer que seja (pode até ser só uma peruca e lentes) mas a foto tem que ser sensual (ou quase pornográfica).

Qualquer cosplayer minimamente inteligente e que quer fazer um negócio vai querer público. Porém, fico agradavelmente surprendida com os cosplayers mais conhecidos no momento que realmente têm qualidade. O caso Jessica Nigri, por exemplo: podem dizer o que quiserem dela, mas é uma excelente crafter.

Cosplays frequentemente são mencionados em discussões sobre direitos autorais. Em tese, character designs são propriedade de seus respectivos estúdios/editoras, e qualquer lucro sobre eles é vetado a terceiros. Você já teve ou testemunhou algum problema em relação a isso? Você acredita que isso seja um fator limitante para o crescimento da profissão?

Na minha opinião, é impossivel as empresas pedirem dinheiro aos cosplayers, pois na verdade todos os cosplays são reinterpretações das personagens. Não existem dois cosplays iguais, e nem é interessante para as empresas, porque iam automaticamente perder os fãs.

Como você vê o futuro profissional do cosplay? Você acredita que o mercado esteja crescendo ou diminuindo?

A minha previsão é que haja uma leve subida e depois uma manutenção de interessados, isto no mercado de anime. O que eu vejo a acontecer cada vez mais é o interesse em cosplays de series americanas. Esse eu acho que vai crescer muito nos próximos anos.

É  uma prática que já toda a gente começa a conhecer. Cá em portugal temos um programa de televisão de um amigo, o Paulo Bastos, que se chama NXT. Ele aborda desenvolvimento tecnológico e varias vezes já abordou o cosplay. Inclusive, esteve na ComicCon Portugal.

Estas séries estão na zona cinzenta das pessoas que gostam de séries, mas não de animes. É suficientemente diferente porque toda a gente conhece, mas não tão ‘esquisito’ quanto anime, logo as pessoas se sentem mais confortáveis a fazer este tipo de cosplay.

Este tipo de fenômeno aconteceu muito agora com Star Wars. Gente que nunca faria cosplay de Haruhi, mas com certeza faz cosplay de Leia, porque é bastante mais aceito, visto que existe muito mais gente a gostar.

De uma maneira geral, cosplayers que não subsistem de cosplay mantém profissões não relacionadas ou buscam áreas em que podem aproveitar seu skillset (como confecção de figurinos, fantasias, artes cênicas etc)?

No meu caso eu descobri a minha profissão por causa do cosplay, mas conheço, por exemplo, uma cosplayer que é enfermeira.

É possível para uma cosmaker migrar ou avançar para áreas análogas? Por exemplo, começar a carreira produzindo cosplays e eventualmente trabalhar com vestuário de cinema? Há quem tenha feito isso?

Eu … XD … Qualquer pessoa pode ser o que quer, ser cosplayer apenas dá um extra. Eu descobri que gostava de fazer roupa por causa de cosplay, tenho uma licenciatura e adoro design de moda, que em muito diverge de cosplay. No entanto, apresentaram-se  várias oportunidades no mundo do cinema e do teatro e também enveredei por ai.

Vejo que várias cosplayers utilizam os serviços de fotógrafos profissionais. Já existe um segmento do mercado de fotos dedicado ao cosplay? E quanto a outras profissões análogas?

Fotografia, especialmente para cosplay, existe, mas é muuuuito dificil singrar nela. Tenho um amigo que faz photoshoots inclusive fez-me a mim e faz um trabalho espetacular. Ele vende prints e calendários, porém ainda não consegue tudo o que gostaria.

Eu tento sempre recompensar de alguma maneira os fotógrafos que chamo para sessões. Acho justo e sei como é complicado remar contra tudo para se poder trabalhar naquilo que se gosta. Acho que quem pode deveria fazer o mesmo.

A maioria dos cosplayers usa pseudônimos. Você pode me falar um pouco sobre este hábito? Você sabe qual é a origem da prática?

No meu caso, eu uso um pseudônimo para me proteger. Não sei como começou o habito, mas para mim é uma especie de proteção.

A partir do momento em que uma pessoa escolhe se expor, ela se sujeita a uma série de comentários e de outras situações.

Quando comecei a entrar em concursos, comecei a receber muita gente nas redes sociais, tive tentativas de acesso ao meu facebook (inclusive estrangeiras), tive stalkers e inclusive num photoshoot que apenas tenho no meu DeviantArt (por ser de biquíni, queria pôr este photoshoot em contexto de arte, dai ter escolhido esta plataforma) um photoshoot que tem mais downloads do que ‘favs’… Este tipo de situação me levou a separar a minha vida mais pessoal da de cosplayer.

De onde veio o seu pseudônimo? Como você o escolheu?

O meu pseudonimo veio de uma personagem que criei na minha jovem adolescência… ‘chow’ quer dizer borboleta. Ora, existe a lenda no japão que a borboleta é um ser que muda o destino das pessoas. A Chowitsu (o meu ‘eu’ cosplayer) foi a minha borboleta que me fez descobrir o que queria fazer, então foi o nome que me fez mais sentido.

E você? Trabalha ou trabalhou com cosplay e tem uma história interessante para contar? Entre em contato com a página

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