O fato de uma dada tragédia ter contraparte no mundo real não significa que ela não possa ser abordada de maneira irresponsável, sensacionalista ou nociva.
Há obras sobre bullying que visam a gerar consciência sobre o problema (vide minhas resenhas de Kagami no Kajou e Heaven, aqui no Finisgeekis). Há obras que retratam a prática por mero clichê.
Há obras que incluem cenas de estupro para fomentar indignação com a violência sexual. Já outras o fazem por valor de choque – ou, pior, atender a fetiches do público.
Há obras que citam o Holocausto porque tem algo substantivo a dizer sobre antissemitismo, nazismo e o legado da Segunda Guerra. Já outras querem apenas emprestar uma gravitas que não merecem.
A discussão é válida sim. Ainda mais porque nem sempre é claro quando termina a crítica social e começa o voyeurismo.
Outra coisa: ninguém no mundo detêm, individualmente, o monopólio sobre a palavra das vítimas. Há sobreviventes de abuso que acham positivo quando a mídia aborda seus sofrimentos. Já outras pessoas preferem não ver seus traumas nas telas, a não ser que sejam tratados com a maior responsabilidade. (a Rebecca Silverman, redatora do ANN, várias vezes externou esse juízo sobre animes de bullying). Quem está certo? Quem decide o que significa “ser tratado com responsabilidade”? Só tendo discussões como essa para decidirmos.
]]>Eu concordo com sua leitura. E by the way, adorei seu nick 🙂
]]>Mais pra frente vemos que existe um problema, em troca de ter poderes, as garotas tem que sacrificar o seu tempo de vida que é ilustrado como um símbolo nos pulsos e isso faz com que elas pensem se vale a pena usar seus poderes e satisfazer seus desejos. Existe um certo complô para forçar as garotas a usarem seus sticks para um plano maior. Vemos que, como dito no texto, esses poderes acabam por cair em mãos erradas, sabe esse irmão sádico da Aya? Pois é, o cara tem um puta complexo de superioridade com os demais e acaba descobrindo o segredo das garotas causando uma morte que choca as personagens até o momento no mangá.
FIM DOS SPOILERS
No fim, tenho a sensação de que é mais uma obra trágica onde se mostra o lado podre das pessoas, bons elementos estão lá, há uma evolução constante da história o que é bom, mas não sei se isso só salva a obra já que é possível fazer varias comparações com Madoka nesse sentido de ser dark. Seu texto foi bem legal e feito(diferente desse meu) pondo interrogações nesse “gênero” e suas implicações.
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